Bolsas mundiais e índices futuros de NY operam em alta na expectativa das eleições parlamentares e dados da inflação dos EUA

A eleição de meio de mandato, que será realizada amanhã (8), determinará qual partido controlará o Congresso e, portanto, a influência do resultado na condução do governo americano
7 de novembro de 2022

As bolsas internacionais e os índices futuros de Nova York estão em trajetória de alta nesta manhã de segunda-feira (7), com os investidores aguardando o início das eleições parlamentares nos EUA e, do lado econômico, a divulgação da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

A eleição de meio de mandato, que será realizada amanhã (8), determinará qual partido controlará o Congresso, dando a direção dos gastos futuros do governo de Joe Biden. Hoje, há um equilíbrio no número de democratas e republicanos entre os senadores. Contudo, pesquisas apontam que esse quadro pode mudar, pois a disputa entre os dois partidos está acirrada.

Do lado econômico, investidores aguardam os dados da inflação do consumidor, que sairá na quinta-feira (10). O resultado sinalizará se tem dado resultado a política monetária do Fed (Federal Reserve) para conter a alta do indicador, tendo como principal instrumento o aumento nos juros. Consenso Refinitiv aponta para uma alta mensal de 0,7% e uma variação anual de 8%.

Os índices futuros dos EUA também operam em alta, após abrirem em baixa nesta manhã de início da semana, também levados pela expectativa da eleição no Congresso e os dados da inflação.

Por outro lado, as ações da Apple recuam no pré-mercado depois que a empresa disse que a produção do iPhone 14 foi temporariamente reduzida por causa das restrições do Covid-19 na China. A suspensão pode ser um indicativo de que empresa de tecnologia pode ter dificuldades para atender à demanda em dezembro.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (4) em alta, em um dia mais positivo no exterior e com as ações da Vale puxando o desempenho para cima. O principal índice da Bolsa brasileira 1,08%, a 118.155 pontos. Na máxima do dia, o índice superou os 120.000 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o dia nos mercados globais foi bastante positivo, o que animou os investidores a investirem em outros ativos além daqueles considerados mais seguros, como é o caso do dólar e dos títulos públicos dos EUA. Assim, ativos de países emergentes ganham força, como o mercado de ações brasileiro com o Ibovespa.

Nas negociações do dia, o dólar perdeu 1,24% frente ao real, negociado a R$ 5,061 na compra e a R$ 5,062 na venda.

Europa

A maioria das bolsas europeias opera em alta, com investidores de olho nas eleições de meio de mandato no Congresso americano e inflação dos EUA. O pregão desta segunda-feira (7) acontece depois de uma semana movimentada para os mercados, com os bancos centrais mantendo um ritmo agressivo de aperto monetário para tentar conter a inflação.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,01%
DAX (Alemanha), +0,37%
CAC 40 (França), +0,38%
FTSE MIB (Itália), +0,35%

Estados Unidos

Depois de começarem operando em baixa, os índices futuros dos EUA viraram para alta, com investidores também na expectativa do início das eleições de meio de mandato no Congresso e os dados da inflação de outubro (CPI, na sigla em inglês).

Dow Jones Futuro (EUA), +0,16%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,19%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,30%

Ásia

Os mercados asiáticos também fecharam em alta hoje, mas lá as razões foram um pouco diferentes. Os dados comerciais da China, que saíram muito abaixo das expectativas, mexeram com o humor dos mercados. Foi o primeiro declínio anual nas exportações do gigante asiático desde maio de 2020. Além disso, o governo chinês reiterou seu plano de Covid Zero.

Shanghai SE (China), +0,23%
Nikkei (Japão), +1,21%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,69%
Kospi (Coreia do Sul), +0,99%

Petróleo

Por outro lado, as cotações do petróleo operam em baixa nesta manhã, após autoridades da China reforçarem no fim de semana seu compromisso com uma abordagem mais rigorosa de contenção da Covid, frustrando as expectativas de uma recuperação da demanda de petróleo no maior importador de petróleo do mundo.

Petróleo WTI, -0,66%, a US$ 92,00 o barril
Petróleo Brent, -0,21%, a US$ 98,31 o barril

Agenda

Na agenda americana, os novos dados de inflação e discursos de dirigentes do Fed (Federal Reserve) ao longo da semana marcam a pauta de dados econômicos. Do ponto de vista econômico, na quinta-feira será divulgado o aguardado índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente ao mês de outubro. O consenso Refinitiv aponta para uma alta mensal de 0,7% e uma variação anual de 8%.

Por aqui, no Brasil, do ponto de vista político, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará em Brasília para decidir entre uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ou MP (medida provisória) para cumprir as promessas de campanha dentro do orçamento de 2023. Já no campo econômico, na quinta-feira (10) será divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de outubro. O consenso Refinitiv prevê variação mensal positiva de 0,47%, interrompendo uma sequência de três meses de deflação. Na agenda de hoje, sai o boletim Focus, do BC (Banco Central).

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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