Os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias operam em trajetória de alta nesta manhã de terça-feira (29). As bolsas da Ásia também fecharam no positivo, recuperando-se em parte do movimento de baixa da semana passada, devido aos sinais de que as restrições impostas pelo governo chinês para tentar controlar o avanço dos casos de Covid-19 possam estar perto do fim.
A China tenta aumentar as taxas de vacinação de idosos, o que é considerado por especialistas como crucial para que o gigante asiático possa reabrir a economia e acabar com a política Covid Zero. Ontem (28), dados do governo chinês mostravam queda nas infecções diárias, sendo a primeira baixa desde 19 de novembro.
Várias manifestações contra as restrições ocorreram em localidades chinesas no fim de semana. Os manifestantes chegaram até a pedir a saída de Xi Jinping, presidente do país. A mobilização contra a Política Covid Zero tem provocado várias oscilações nos mercados mundiais.
Nos Estados Unidos, os investidores também estão atentos ao discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que acontece amanhã (30), às vésperas da próxima reunião da autoridade monetária. Os investidores buscam sinais para saber se o banco central americano vai mesmo reduzir o ritmo do aperto monetário para controlar a inflação.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (28) em leve queda em dia de poucos negócios por conta do jogo do Brasil na Copa do Mundo Catar e também com investidores aguardando o texto final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,18%, a 108.782 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o rumo da política fiscal brasileira continua no radar dos investidores. Na semana passada, o mercado financeiro reagiu mal à fala do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, cotado para o Ministério da Fazenda, em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Para os empresários, não há sinais claros da equipe de Lula sobre o controle de gastos.
Nas negociações do dia, o dólar fechou em em baixa de 0,82%, cotado a R$ 5,365 na compra e R$ 5,366 na venda.
Europa
As bolsas europeias operam no campo positivo nesta manhã, enquanto investidores seguem monitorando as notícias sobre as restrições da Covid na China e aguardam a fala do presidente do Fed amanhã. Na região, o mercado também espera pela divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,82%
DAX (Alemanha), +0,19%
CAC 40 (França), +0,33%
FTSE MIB (Itália), +0,25%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta hoje. Assim como ocorre em outros mercados mundiais, os investidores estão de olho para ver se o governo chinês vai recuar na política de Covid Zero. Ontem, devido aos protestos na China, os principais indicadores de Nova York recuaram. O mercado americano também aguarda para hoje os dados da confiança do consumidor e a fala do presidente do Fed amanhã.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,29%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,47%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,73%
Ásia
A maioria das bolsas asiáticas fechou no positivo. O destaque foi para a alta de 5% da bolsa de Hong Kong, levada pela primeira redução diária de casos de Covid-19 registrados na China desde 19 de novembro.
Shanghai SE (China), +2,31%
Nikkei (Japão), -0,48%
Hang Seng Index (Hong Kong), +5,24%
Kospi (Coreia do Sul), +1,04%
Petróleo
As cotações do petróleo sobem nesta manhã, levadas pela redução das preocupações com a desaceleração da demanda por combustível na China, principal importador de petróleo. Na véspera, houve rumores de um corte de produção da Opep+, que compensou as preocupações com restrições rígidas da Covid-19 na China, fazendo com que o WTI encerrasse o pregão no positivo.
Petróleo WTI, +2,10%, a US$ 78,86 o barril
Petróleo Brent, +2,40%, a US$ 85,19 o barril
Agenda
Na agenda internacional, saem os dados da confiança do consumidor de novembro dos EUA e os estoques de petróleo API semanal.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, protocolou ontem no Senado a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, retirando o Bolsa Família do teto de gastos por quatro anos. Na agenda econômica, destaque para o resultado primário e dados da arrecadação do governo brasileiro em outubro, além do IGP-M, índice de preços ao produtor e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Redação ICL Economia
Com informações das agências