Os índices futuros dos Estados Unidos estão operando com leves ganhos nesta manhã de terça-feira (6), enquanto na véspera os principais índices à vista fecharem em baixa. Os investidores temem que o Fed (Federal Reserve) continue aumentando as taxas de juros por mais tempo, uma vez que os últimos indicadores econômicos divulgados mostram que a economia norte-americana segue robusta.
Os dados do setor industrial (ISM, na sigla em inglês), divulgados ontem (5), vieram acima do previsto e reforçou que a economia dos EUA está mais aquecida do que o esperado, o que pode contribuir para que o Fed mantenha o ritmo do aperto monetário.
Assim como o ISM, o relatório de empregos divulgado na semana passada também trouxe informações mais robustas do que o esperado pelo mercado, o que põe em dúvida se, na próxima reunião para definir os juros, o Fed subirá a taxa em 0,50 ponto percentual ou manterá os 0,75 ponto percentual como fez nas três vezes anteriores.
Já na Europa, as bolsas operam com leves perdas nesta manhã, devido a temores de que as taxas de juros das principais economias mundiais permanecerão em patamar elevado para controlar a inflação. A indicação veio do próprio economista-chefe do BCE (Banco Central Europeu), Philip Lane, que disse que as taxas de juros precisarão subir várias vezes para conter a inflação, mas que os aumentos de preços na zona do euro estão chegando ao pico.
Na Ásia, os mercados fecharam a sessão de hoje sem direção definida, ainda que a China esteja flexibilizando a política de Covid Zero.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (5) em queda, em dia de volume de negócios reduzido por conta do jogo do Brasil na Copa do Catar. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 2,25%, a 109.401 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a primeira semana de dezembro será marcada por dados econômicos importantes. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne e divulga na quarta-feira (07) a nova Taxa Selic, que hoje está em 13,75% ao ano.
Nas negociações do dia, o dólar subiu 1,25%, cotado a R$ 5,28.
Europa
A maioria das bolsas da Europa opera em baixa na sessão de hoje, com os investidores temendo que as autoridades monetárias mantenham os juros em patamares mais elevados para conter a inflação. Em relação a dados econômicos da região, as encomendas industriais da Alemanha subiram 0,8% em relação ao mês anterior em outubro, superando as expectativas de que subiriam 0,1%. Em setembro, o indicador apontou queda de 2,9%.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,08%
DAX (Alemanha), +0,05%
CAC 40 (França), +0,07%
FTSE MIB (Itália), +0,03%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em leve alta nesta manhã após forte queda da véspera, com investidores preocupados com a trajetória da política de monetária do Fed.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,17%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,20%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,19%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem rumo certo depois de um avanço na véspera, mesmo com as medidas de flexibilização da política de Covid Zero na China. Na Austrália, o banco central aumentou as taxas de juros em 25 pontos base, para 3,1%, em linha com a previsão de analistas.
Shanghai SE (China), +0,02%
Nikkei (Japão), +0,24%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,40%
Kospi (Coreia do Sul), -1,08%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em alta, após um teto de preço do G-7 para o petróleo russo transportado por via marítima entrar em vigor ontem, além de um embargo da União Europeia às importações de petróleo da Rússia por via marítima.
Petróleo WTI, +0,45%, a US$ 77,28 o barril
Petróleo Brent, +0,70%, a US$ 83,26 o barril
Agenda
Nos EUA, serão divulgados dados da balança comercial de outubro, com o consenso Refinitiv prevendo déficit de US$ 80 bilhões, e dos estoques de petróleo API semanal.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), agendou a reunião do colegiado em que terá início a análise da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição para às 9h30 desta terça-feira. No campo econômico, começa hoje a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do ano. O encontro termina amanhã (7) e os economistas são praticamente unânimes sobre uma manutenção da taxa básica de juros (Selic) no atual patamar, de 13,75% ao ano.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
