Índices futuros de NY operam mistos; inflação de preços ao consumidor dos EUA é destaque do dia

No Brasil, o IBGE divulga nesta manhã as vendas no varejo de junho, com uma projeção do consenso LSEG de queda de 0,2% em relação a maio.
14 de agosto de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, nesta manhã de quarta-feira (14), com a divulgação do índice de preços ao consumidor norte-americano (CPI, na sigla em inglês) no radar dos investidores, após a inflação ao produtor (PPI, também na sigla em inglês) ter vindo abaixo do esperado na véspera.

O consenso LSEG projeta que o indicador CPI registre avanço de 0,2% em julho em relação ao mês anterior e alta de 3% na base anual.

Ontem, o PPI veio abaixo das expectativas, comprovando o desaquecimento da economia dos Estados Unidos e renovando as apostas a respeito da redução da taxa de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) na reunião de setembro.

Em relação ao CPI, a expectativa de analistas é que o indicador mostre outro aumento modesto em julho, ajudando a incrementar a expectativa de corte dos juros pelo Fed. O consenso LSEG projeta uma inflação de 0,2% no mês passado em relação ao mês imediatamente anterior e avanço de 3% na comparação anual.

Na Europa, os traders aumentaram as apostas em cortes nas taxas de juros do Banco da Inglaterra ainda este ano, precificando completamente mais duas reduções de 0,25 p.p., após dados mostrarem que a inflação acelerou menos do que o previsto.

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga nesta manhã as vendas no varejo de junho, com uma projeção do consenso LSEG de queda de 0,2% em relação a maio, mas avanço de 5,5% sobre igual período do ano passado.

Na política, o Senado deverá votar hoje duas das principais matérias em tramitação na Casa, que é projeto da dívida de Estados junto à União e proposta que trata da compensação para a desoneração de setores econômicos e municípios de pequeno porte. Ambos têm forte impacto nas contas públicas.

Brasil

O Ibovespa fechou a terça-feira (13) com a sexta alta consecutiva, puxado pelo exterior. Desta vez, o principal indicador da Bolsa brasileira subiu 0,98%, aos 132.397,97 pontos, um ganho de 1.282,07 pontos.

Esse é o maior patamar de fechamento do Ibovespa desde janeiro deste ano. No dia 8 do primeiro mês do ano, o indicador encerrou o pregão com alta de 0,31%, aos 132.427 pontos.

Nos seis últimos dias, o Ibovespa saiu de um patamar de 125,2 mil pontos e acumula um ganho de mais de 7 mil pontos até ontem. Lembrando que, a cada dia, o fechamento foi com ganhos bastante consistentes.

O que puxou o Ibovespa foi principalmente o mercado externo. Ontem foi divulgada a inflação ao produtor dos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês), com avanço de 0,1% em julho ante junho, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho do país.

O dólar comercial segue o bom momento do Ibovespa e caiu pela sexta vez seguida, agora com 0,84%, a R$ 5,44.

Europa

As bolsas da Europa operam com ganhos hoje, enquanto investidores monitoram dados de inflação dos EUA e do Reino Unido.

A inflação no Reino Unido subiu para 2,2% em julho, ficando um pouco abaixo dos 2,3% previstos pelo consenso LSEG, mas voltando a ficar acima da meta de 2% do Banco da Inglaterra.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,42%
DAX (Alemanha): +0,36%
CAC 40 (França): +0,66%
FTSE MIB (Itália): +0,96%
STOXX 600: +0,38%

Estados Unidos

Os índices futuros operam mistos, ainda repercutindo os dados do PPI na véspera, que mostrou uma inflação mais fraca do que o esperado. O CPI hoje pode, de forma semelhante, alimentar movimentos de negociação na próxima sessão.

Dow Jones Futuro: +0,10%
S&P 500 Futuro: +0,01%
Nasdaq Futuro: -0,06%

Ásia

As ações da Ásia fecharam majoritariamente com alta. O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciou que deixaria o cargo em setembro. Ele disse que não concorrerá a um segundo mandato como líder do Partido Liberal Democrata, que está no poder há muito tempo.

O iene, por sua vez, se estabilizou após fortalecimento anterior em direção à marca de 146 por dólar.

Shanghai SE (China), -0,60%
Nikkei (Japão): +0,58%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,35%
Kospi (Coreia do Sul): +0,88%
ASX 200 (Austrália): +0,31%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta com queda estimada nos estoques de petróleo bruto dos EUA, enquanto o mercado observa uma possível ampliação da guerra no Oriente Médio, o que poderia reduzir o fornecimento global de petróleo.

Petróleo WTI, +0,66%, a US$ 78,87 o barril
Petróleo Brent, +0,62%, a US$ 81,19 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgada hoje a inflação ao consumidor dos EUA de julho (CPI, na sigla em inglês).

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem à noite (13) que a troca do comando do Banco Central “entrou no radar” do presidente Lula e que o nome a substituir Roberto Campos Neto pode ser anunciado “nas próximas semanas”. “Entrou no radar do presidente essa questão e ele ficou de discutir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a questão da sabatina, em virtude do calendário eleitoral.” O ‘timing’ da indicação, disse o ministro, depende da conversa entre Lula e Pacheco. Hoje, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, é considerado franco favorito para a vaga. Na seara de indicadores, o IBGE divulga nesta manhã os dados das vendas no varejo do Brasil em junho.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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