Índices futuros operam em alta com fala de Powell e leitura do PIB do 2º tri no radar

Por aqui, o Banco Central divulga hoje, às 8h (horário de Brasília), o Relatório Trimestral de Inflação (RIT), que pode ajudar a calibrar as apostas sobre a duração do ciclo de aperto monetário por aqui; a FGV (Fundação Getulio Vargas) também divulga a Sondagem da Indústria de setembro; e o Tesouro Nacional, o Relatório Mensal da Dívida Pública.
26 de setembro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória positiva, nesta manhã de quinta-feira (26), com os investidores à espera das falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), incluindo o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, a leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre e dados do seguro-desemprego.

O discurso de Powell, previsto para às 10h20 (horário de Brasília), é importante para os investidores balizarem as expectativas sobre o futuro da política monetária americana, especialmente depois que o Fed baixar os juros em 0,50 ponto percentual na última reunião.

A respeito dos dados do seguro-desemprego, a expectativa é de que tenham sido feitos 225 mil pedidos.

Esses indicadores fornecerão pistas sobre a saúde do mercado de trabalho e, consequentemente, da maior economia do mundo.

Na Europa, as ações também sobem, no embalo dos mercados asiáticos, que também fecharam no positivo, após a China prometer novos estímulos fiscais e as ações de tecnologia avançarem. Uma injeção de capital em bancos estatais poderia chegar a US$ 142 bilhões, segundo a Bloomberg News.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta de Nova York (EUA), onde esteve participando da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

O Banco Central divulga hoje, às 8h (horário de Brasília), o Relatório Trimestral de Inflação (RIT), que pode ajudar a calibrar as apostas sobre a duração do ciclo de aperto monetário por aqui; a FGV (Fundação Getulio Vargas) também divulga a Sondagem da Indústria de setembro; e o Tesouro Nacional, o Relatório Mensal da Dívida Pública.

Brasil

O Ibovespa surfou na onda pessimista que tomou conta do mercado externo ontem (25), e acabou o pregão com queda de 0,43%, aos 131.586,45 pontos, uma perda de 569,45 pontos. O indicador tinha tudo para fechar mais um dia no azul, mas não deu.

Logo pela manhã, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o IPCA-15, indicador considerado uma prévia da inflação oficial, que veio abaixo das expectativas, avançando 0,13% no período, quando o mercado esperava que chegasse a 0,29%. O dado positivo até chegou a surtir efeito na bolsa no início do dia, mas não segurou.

Na avaliação de analistas, o IPCA-15 de setembro veio muito melhor do que o esperado. Mas como sempre tem um “mas” para o mercado, as preocupações com o fiscal do governo, somado ao exterior, impactaram os negócios do dia.

O dólar comercial subiu 0,23%, cotado a R$ 5,47.

Europa

As bolsas europeias sobem, embaladas pelos mercados asiáticos, impulsionadas pela promessa de mais estímulos fiscais por parte da China.

Hoje, estará no foco dos agentes os discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e do Banco Central Europeu. As falas devem trazer pistas sobre os próximos passos para as taxas de juros, com o BCE sinalizando uma postura mais cautelosa em relação a cortes em comparação com o Fed.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,65%
DAX (Alemanha): +1,25%
CAC 40 (França): +1,83%
FTSE MIB (Itália): +1,46%
STOXX 600: +1,28%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York sobem hoje, com falas de membros do Fed, a leitura do PIB do segundo trimestre e dados do seguro-desemprego no radar dos investidores, enquanto aguardam a divulgação da inflação de consumo PCE amanhã (27). O índice é o favorito do banco central estadunidense para balizar a política monetária.

Economistas esperam que os preços básicos do PCE, excluindo alimentos e energia voláteis, tenham subido 0,2% em agosto em relação a julho. Em uma base anual, eles preveem uma taxa de 2,7% para o PCE básico, acima dos 2,6% nos 12 meses até julho. Se for confirmada a projeção, o indicador estará acima da meta de 2% ao ano perseguida pelo Fed.

• Dow Jones Futuro: +0,46%
• S&P 500 Futuro: +0,79%
• Nasdaq Futuro: +1,39%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam no campo positivo, liderados pelos ganhos no setor imobiliário, que vem enfrentando problemas nos últimos anos, mas principalmente após a pandemia de Covid-19.

O governo chinês prometeu mais medidas para estimular o crescimento poucos dias após anunciar grandes cortes nas taxas e financiamento para os mercados.

Shanghai SE (China): +3,62%
Nikkei (Japão): +2,41%
Hang Seng Index (Hong Kong): +4,16%
Kospi (Coreia do Sul): +2,90%
ASX 200 (Austrália): 0,95%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com forte queda, ampliando as perdas da sessão anterior, à medida que as preocupações com interrupções no fornecimento na Líbia diminuíram e as preocupações com a demanda continuaram, apesar dos últimos planos de estímulo da China.

Petróleo WTI, -2,32%, a US$ 68,07 o barril
Petróleo Brent, -2,25%, a US$ 71,81 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem a leitura final do PIB do segundo trimestre e os pedidos de seguro-desemprego, além do discurso do presidente do Fed, o banco central dos EUA, Jerome Powell.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (25) que “pessoas fantasiam” uma possibilidade que não existe de o governo forçar a elaboração de um Orçamento irreal, defendendo que a equipe econômica atua para corrigir “maquiagens” fiscais de gestões anteriores. Em evento promovido pelo banco J. Safra em São Paulo, Haddad disse que medidas no campo do controle da despesa pública estão “no radar” e citou possíveis revisões adicionais em programas sociais, mas ponderou que apenas poderá apresentar as iniciativas após validação do Palácio do Planalto. O ministro afirmou que a Fazenda sempre teve preocupação com o lado estrutural das contas públicas e disse estar confortável com o Orçamento de 2025, argumentando que o governo não tem como fugir das previsões de receitas e despesas apresentadas pelas áreas técnicas. Na agenda econômica, o Banco Central divulga hoje, às 8h (horário de Brasília), o Relatório Trimestral de Inflação (RIT), que pode ajudar a calibrar as apostas sobre a duração do ciclo de aperto monetário por aqui; a FGV (Fundação Getulio Vargas) também divulga a Sondagem da Indústria de setembro; e o Tesouro Nacional, o Relatório Mensal da Dívida Pública.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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