Índices futuros em alta e bolsas da Europa em baixa, com PIB dos EUA no radar dos investidores

No Brasil, o Banco Central traz o relatório trimestral de inflação (RTI) e o Conselho Monetário Nacional faz reunião à tarde.
21 de dezembro de 2023

Os índices futuros dos EUA amanhecem no campo positivo, nesta quinta-feira (21), enquanto as bolsas da Europa operam no campo negativo e os mercados asiáticos também fecharam no vermelho. Hoje, os investidores estarão de olho nas divulgações dos pedidos de auxílio-desemprego e do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre dos EUA, antes da leitura desta sexta-feira (22) do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), que é o indicador de inflação acompanhado de perto pelo Federal Reserve (Fed).

Depois de um rali que durou semanas no mercado acionário, ainda há muitos ganhos que embolsar, como ocorreu na sessão de ontem (20) nos Estados Unidos. Mas a expectativa de estreia de uma temporada de corte de juros pelos principais bancos centrais globais alimenta o otimismo entre os investidores.

Sobre o PIB dos EUA, economistas consultados pela Reuters esperam crescimento anual de 5,2% no terceiro trimestre, enquanto a inflação PCE deverá subir 2,3% no mesmo período – o seu aumento mais lento desde o quarto trimestre de 2020.

No Brasil, o Banco Central traz o relatório trimestral de inflação (RTI), com as mais recentes projeções do banco, seguido por entrevista do presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e o diretor de Política Econômica da instituição, Diogo Guillen.

Às 15h, ocorre a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que poderá decidir sobre o rotativo dos cartões de crédito.

Brasil

Um dia depois de bater recorde histórico, o Ibovespa não conseguiu fazer frente à volatilidade das bolsas de Nova York, e terminou o pregão com recuo de 0,79%, aos 130.804,17 pontos.

Na abertura do pregão, o principal indicador da bolsa brasileira começou em tom positivo, inclusive renovando outra vez o recorde intraday, aos 132.340,75 pontos. Porém, sentiu os efeitos do mercado externo e recuou.

Por aqui, o destaque do dia foi a divulgação do IBC-Br de outubro. O índice considerado a prévia do PIB desacelerou 0,06% no mês, recuo menor do que a queda de 0,20% esperada pelo mercado.

Mas o dia foi mesmo quente em Brasília. Em sessão histórica, com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, e outros membros do governo, foi promulgada no Congresso Nacional a reforma tributária do consumo.

Nas negociações do dia, o dólar fechou a R$ 4,9120, com alta de 0,99%, no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam no vermelho após fecharem mistas ontem, com os investidores digerindo novos dados de inflação do Reino Unido, que mostrou desaceleração mais acentuada que o esperado em novembro.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,16%
DAX (Alemanha), -0,29%
CAC 40 (França), -0,12%
FTSE MIB (Itália), -0,20%
STOXX 600, -0,27%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta, depois que Wall Street interrompeu uma sequência de nove altas na véspera. Os investidores estão atentos à agenda de indicadores hoje, que incluem os pedidos de auxílio-desemprego e do PIB do 3º trimestre.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,40%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,52%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,62%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente no negativo hoje, após a queda de Wall Street na véspera, enquanto os investidores aguardam a leitura do produto interno bruto e os números da inflação dos EUA.

Shanghai SE (China), +0,57%
Nikkei (Japão), -1,59%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,04%
Kospi (Coreia do Sul), -0,55%
ASX 200 (Austrália), -0,45%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem após abertura negativa, com investidores de olho nas tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Petróleo WTI, +0,40%, a US$ 74,52 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 80,07 o barril

Agenda

A agenda de hoje tem como destaque a divulgação do PIB dos EUA no terceiro trimestre, em sua terceira revisão. A expectativa do mercado é de crescimento de 5,2% em termos anualizados na comparação trimestral. Também é aguardada a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o plenário do Senado aprovou ontem o projeto de lei de conversão (PLV 20/2023) para a medida provisória que altera as regras de tributação para subvenções (MPV 1185/2023) – modalidade de incentivo fiscal concedida por Estados a empresas. O texto, relatado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE), agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A medida é uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no esforço para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024. A equipe econômica do governo estima que a iniciativa possa gerar uma arrecadação de R$ 137,9 bilhões até o fim de 2027, sendo R$ 35,3 bilhões só no próximo ano. Na agenda do dia, há a reunião do Conselho Monetário Nacional e a divulgação do relatório de inflação trimestral (RTI) do Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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