Índices futuros operam com alta no último pregão do ano. S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caminham para fechar 2023 com bons ganhos

Este foi um ano agitado para o mercado de ações dos Estados Unidos, mas os investidores estão otimistas com 2024.
29 de dezembro de 2023

Os índices futuros dos EUA operam em trajetória de alta, nesta manhã de sexta-feira (29), último pregão do ano lá fora. Todos os índices caminham para encerrar 2023 com ganhos, na expectativa de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) inicie a trajetória de cortes de juros.

Este foi um ano agitado para o mercado de ações dos Estados Unidos, e 2024 se aproxima com um sentimento de otimismo entre os investidores. O índice S&P 500 está prestes a atingir um novo recorde, o primeiro em quase dois anos. O indicador está a menos de 0,5% de um novo recorde.

No ano, o S&P e Dow Jones devem terminar com alta de quase 24,6% e 13,8%, respectivamente.

Enquanto isso, o Nasdaq, de alta tecnologia, está a caminho de seu melhor ano desde 2003, subindo 44,2%. Esse desempenho superior foi impulsionado, principalmente, pelo otimismo em torno das empresas de inteligência artificial.

Ainda a respeito de 2024, estão no radar dos investidores, com o contrapeso das tensões geopolíticas com as guerras Rússia-Ucrânia e Israel-Hamas: a queda dos juros pelo Fed, com projeções de cortes de até 150 pontos-base; e as sete maiores empresas de tecnologia dos EUA – Nvidia, Microsoft, Amazon, Apple, Alphabet, Meta Platforms e Tesla – devem ter lucros 22% maiores no próximo ano, duas vezes o avanço previsto para o S&P 500, segundo dados da Bloomberg Intelligence.

Além disso, as eleições presidenciais nos EUA é outro fator que conta muito para os mercados. Em anos de eleição com um presidente em exercício historicamente resultam em ganhos para o S&P 500, com média anual de quase 13% de alta desde 1949.

Na Ásia, enquanto o Japão enfrenta desafios com a política ultrafrouxa de seu banco central e um iene fraco, a Índia mostra otimismo com avanços na manufatura de alta tecnologia e infraestrutura e a China se concentra em estímulos fiscais e crescimento.

Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 se aproxima de um pico de dois anos, com expectativas de redução de taxas pelos principais bancos centrais da região.

Por aqui, o Ibovespa teve seu último pregão do ano ontem, com ganhos de 22,3% acumulados.

Na agenda do dia, saem os dados da Pnad Contínua, do IBGE.

Brasil

O Ibovespa encerrou na quinta-feira (28) as atividades do ano. O principal índice da bolsa brasileira fechou o dia aos 134.185,24 pontos, com leve baixa de 0,01%. Em 2023, o indicador acumulou ganhos de 22,3%, no melhor desempenho anual desde 2019.

A exemplo do que aconteceu na véspera, o último pregão local foi marcado pela baixa liquidez dos mercados e recuo das commodities. Contudo, o dia teve uma agenda agitada por aqui.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou medidas para limitar a renúncia fiscal do governo, que inclui compensação da desoneração da folha de pagamentos promulgada pelo Congresso Nacional. A proposta do governo é uma reoneração gradual dos 17 setores da economia que mais empregam no país.

Houve também a divulgação do IPCA-15, considerado uma prévia da inflação, que avançou 0,40% em dezembro, de acordo com o IBGE. A prévia da inflação veio acima do teto das projeções de analistas.

Nas negociações do dia, o dólar avançou 0,49%, a R$ 4,8534. Porém, a moeda norte-americana fechou 2023 com baixa de 8,08% — o maior recuo anual desde 2016.

Europa

Os mercados da Europa também operam com alta nesta manhã de sexta-feira, marcando um final de ano positivo, embora se espere um dia mais fraco nas negociações, com as bolsas de Londres fechando mais cedo.

O Stoxx 600 subiu 0,18% logo após a abertura, com todos os setores no verde, exceto petróleo e gás, que caíram 0,2%.

O DAX, da Alemanha, subiu quase 20%, apesar do quadro econômico sombrio do país, enquanto o CAC 40, da França, e o FTSE 100, do Reino Unido, ganharam 16,3% e 3,64%, respectivamente.

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa, exceto os mercados da China, à medida que as empresas de tecnologia do país continuavam a avançar.

A empresa chinesa de eletrônicos Xiaomi detalhou ontem (28) planos para entrar no mercado de veículos elétricos da China, competindo com gigantes como Tesla e Porsche. Após o anúncio, as ações da empresa em Hong Kong caíram mais de 4% nas negociações da tarde.

O índice CSI 300, da China, caiu 11,8% no ano, enquanto o Hang Seng despencou 14% em 2023.

Já Nikkei 225, do Japão, terminou com queda de 0,22%, encerrando o ano com ganhos de mais de 28%, registrando o melhor desempenho entre os índices da Ásia.

Os mercados da Coreia do Sul foram fechados na sexta-feira, com o Kospi encerrando o ano com aumento de 18,7%.

Petróleo

Os preços do petróleo operam com ganhos, mas devem terminar 2023 cerca de 10% mais baixos, o primeiro declínio anual em dois anos, depois de preocupações geopolíticas, cortes de produção e medidas globais para controlar a inflação terem desencadeado flutuações violentas nos preços.

Agenda

Agenda de hoje esvaziada.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo Luiz Inácio Lula da Silva publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira o texto de uma medida provisória (MP) contendo um conjunto de ações para tentar atingir “déficit zero” em 2024. As medidas foram anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e visam a ser uma alternativa à prorrogação da desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 2027.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.