Os índices futuros dos EUA operam no vermelho nesta manhã de sexta-feira (24), enquanto as bolsas da Europa estão em alta e os mercados asiáticos fecharam mistos. Os investidores aguardam a divulgação do índice de gastos de consumo pessoal (PCE), indicador de inflação utilizado pelo Fed (Federal Reserve) para definir a política monetária.
Entre os motivos que o Fed prefere o PCE é pelo fato de o índice incluir uma cobertura mais abrangente de bens e serviços, em comparação com o popular índice de preços ao consumidor.
As projeções do consenso Refinitiv é de que o núcleo do PCE feche janeiro com alta de 0,4% na comparação com dezembro e aumento de 4,3% na base anual.
Outros dados importantes – confiança do consumidor de fevereiro e vendas de novas moradias de janeiro – também são aguardados pelos investidores hoje.
Esta semana, a divulgação da ata da última reunião do Fed, em que o banco central dos EUA reajustou a taxa de juro para cima em 0,25 ponto percentual, levou apreensão aos mercados, devido aos sinais emitidos de que o ciclo de aperto monetário deve continuar, uma vez que os indicadores mostram uma inflação resiliente.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (23) em alta com ajuda da Petrobras e dos frigoríficos que, nos últimos dias, registraram fortes baixas. O principal índice da Bolsa brasileira fechou em alta de 0,41%, aos 107.592 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram hoje no Ibovespa os resultados da segunda leitura do PIB e pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos. São números importantes para decisões tomadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o patamar de juros no país.
O dólar hoje caiu 0,64% frente ao real, a R$ 5,136 na venda e a R$ 5,135 na compra.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta nesta sexta-feira, com investidores repercutindo dados econômicos e resultados corporativos na região. A economia da Alemanha contraiu 0,4% no quarto trimestre do ano passado. No campo empresarial, as ações da fabricante britânica de motores Rolls-Royce subiram mais de 20%, após lucro acima do esperado.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,32%
DAX (Alemanha), +0,12%
CAC 40 (França), +0,29%
FTSE MIB (Itália), +0,40%
STOXX 600, +0,29%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de sexta-feira, revertendo parte dos ganhos da véspera. Depois de uma semana marcada pela divulgação da ata do Fed, os investidores aguardam os dados de inflação do PCE, o preferido da autoridade monetária para determinar a política de juros.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,20%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,54%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única hoje, após a fala do candidato para o comando do Banco do Japão, Kazuo Ueda. Ele disse que a flexibilização da atual política monetária é apropriada, mas acrescentou que o banco central pode avançar para a normalização se uma inflação estável de 2% entrar no horizonte.
Ainda no Japão, o índice nacional de preços ao consumidor subiu 4,2% em comparação com o ano anterior em janeiro, ficando em linha com as expectativas de analistas.
Shanghai SE (China), -0,62%
Nikkei (Japão), +1,29%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,68%
Kospi (Coreia do Sul), -1,68%
ASX 200 (Austrália), +0,30%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta, ampliando os ganhos da sessão da anterior, após sua sequência de perdas mais longa desde dezembro.
Petróleo WTI, +0,98%, a US$ 76,13 o barril
Petróleo Brent, +0,97%, a US$ 83,01 o barril
Agenda
Nos EUA, sai o índice de inflação do consumo pessoal (PCE) de janeiro, um dos mais utilizados pelo Fed para definir a política monetária. O consenso Refinitiv prevê que o núcleo de PCE tenha tido uma variação positiva de 0,4% em janeiro na comparação com dezembro.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá reunião com presidente da Petrobras, Jean Paul-Prates, nesta sexta-feira, às 9h, para discutir se vão manter ou não os impostos federais sobre os combustíveis. A medida provisória que desonerou os combustíveis vence em fevereiro. No âmbito econômico, sai a prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor de fevereiro). O consenso Refinitiv projeta alta de 0,72% na base mensal e de 5,60% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências