Índices futuros operam em baixa com investidores à espera da divulgação da inflação do consumidor nos EUA

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá reunião com presidente da Petrobras, Jean Paul-Prates, nesta manhã, para discutir se vão manter ou não os impostos federais sobre os combustíveis
24 de fevereiro de 2023

Os índices futuros dos EUA operam no vermelho nesta manhã de sexta-feira (24), enquanto as bolsas da Europa estão em alta e os mercados asiáticos fecharam mistos. Os investidores aguardam a divulgação do índice de gastos de consumo pessoal (PCE), indicador de inflação utilizado pelo Fed (Federal Reserve) para definir a política monetária.

Entre os motivos que o Fed prefere o PCE é pelo fato de o índice incluir uma cobertura mais abrangente de bens e serviços, em comparação com o popular índice de preços ao consumidor.

As projeções do consenso Refinitiv é de que o núcleo do PCE feche janeiro com alta de 0,4% na comparação com dezembro e aumento de 4,3% na base anual.

Outros dados importantes – confiança do consumidor de fevereiro e vendas de novas moradias de janeiro – também são aguardados pelos investidores hoje.

Esta semana, a divulgação da ata da última reunião do Fed, em que o banco central dos EUA reajustou a taxa de juro para cima em 0,25 ponto percentual, levou apreensão aos mercados, devido aos sinais emitidos de que o ciclo de aperto monetário deve continuar, uma vez que os indicadores mostram uma inflação resiliente.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (23) em alta com ajuda da Petrobras e dos frigoríficos que, nos últimos dias, registraram fortes baixas. O principal índice da Bolsa brasileira fechou em alta de 0,41%, aos 107.592 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram hoje no Ibovespa os resultados da segunda leitura do PIB e pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos. São números importantes para decisões tomadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre o patamar de juros no país.

O dólar hoje caiu 0,64% frente ao real, a R$ 5,136 na venda e a R$ 5,135 na compra.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta nesta sexta-feira, com investidores repercutindo dados econômicos e resultados corporativos na região. A economia da Alemanha contraiu 0,4% no quarto trimestre do ano passado. No campo empresarial, as ações da fabricante britânica de motores Rolls-Royce subiram mais de 20%, após lucro acima do esperado.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,32%
DAX (Alemanha), +0,12%
CAC 40 (França), +0,29%
FTSE MIB (Itália), +0,40%
STOXX 600, +0,29%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de sexta-feira, revertendo parte dos ganhos da véspera. Depois de uma semana marcada pela divulgação da ata do Fed, os investidores aguardam os dados de inflação do PCE, o preferido da autoridade monetária para determinar a política de juros.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,20%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,54%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única hoje, após a fala do candidato para o comando do Banco do Japão, Kazuo Ueda. Ele disse que a flexibilização da atual política monetária é apropriada, mas acrescentou que o banco central pode avançar para a normalização se uma inflação estável de 2% entrar no horizonte.

Ainda no Japão, o índice nacional de preços ao consumidor subiu 4,2% em comparação com o ano anterior em janeiro, ficando em linha com as expectativas de analistas.

Shanghai SE (China), -0,62%
Nikkei (Japão), +1,29%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,68%
Kospi (Coreia do Sul), -1,68%
ASX 200 (Austrália), +0,30%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, ampliando os ganhos da sessão da anterior, após sua sequência de perdas mais longa desde dezembro.

Petróleo WTI, +0,98%, a US$ 76,13 o barril
Petróleo Brent, +0,97%, a US$ 83,01 o barril

Agenda

Nos EUA, sai o índice de inflação do consumo pessoal (PCE) de janeiro, um dos mais utilizados pelo Fed para definir a política monetária. O consenso Refinitiv prevê que o núcleo de PCE tenha tido uma variação positiva de 0,4% em janeiro na comparação com dezembro.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá reunião com presidente da Petrobras, Jean Paul-Prates, nesta sexta-feira, às 9h, para discutir se vão manter ou não os impostos federais sobre os combustíveis. A medida provisória que desonerou os combustíveis vence em fevereiro. No âmbito econômico, sai a prévia do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor de fevereiro). O consenso Refinitiv projeta alta de 0,72% na base mensal e de 5,60% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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