Índices futuros operam em alta no embalo otimista de que o Fed vai cortar os juros em setembro

Por aqui, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções se voltam para as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em um evento de um grande banco, em São Paulo.
20 de agosto de 2024

Nos últimos dias, os mercados mundiais vivem uma onda otimista com a possibilidade de cortes de juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) na reunião de setembro. Foi assim no fechamento de ontem (19) e está assim nesta manhã de terça-feira (20), com os índices futuros de Nova York em trajetória positiva.

É dado como certo por agentes de que o BC norte-americano vai cortar os juros. A dúvida é a dose – se 0,50 ponto percentual ou 0,25 p.p. A maioria aposta no corte menor. Atualmente, as taxas de juros por lá estão entre 5,25% e 5,50% ao ano.

Nesta semana, ocorre o simpósio de Jackson Hole, em Wyoming, que reúne a nata do mercado financeiro mundial. Na sexta-feira (23), está previsto discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, e a expectativa é de que ele aborde o assunto juros.

Na prática, juros menores nos Estados Unidos significam mais dinheiro circulando por outros mercados, como o brasileiro. Isso porque os investidores saem do Tesouro americano em busca de melhores rentabilidades em países emergentes, como o Brasil.

Por aqui, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções se voltam para as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em um evento de um grande banco, em São Paulo.

Brasil

Ibovespa renovou o recorde de fechamento ontem (19), ao encerrar o pregão com alta de 1,36%, aos 135.777 pontos. No momento mais alto do dia, o principal indicador da Bolsa brasileira chegou a registrar 136.179 pontos, perdendo um pouco do fôlego antes do fechamento.

Anteriormente, a máxima de fechamento era de 134.193,72 pontos, apurada em 27 de dezembro de 2023. No mês, o Ibovespa já avança 6,37%. No acumulado do ano, também registra ganhos de 1,19%.

Segundo analistas, a renovação da máxima se deve ao mercado externo e à expectativa de queda de juros nos Estados Unidos. Os agentes acreditam que o Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) vai mesmo cortar os juros na reunião de setembro. Só resta saber se em 0,50 ponto percentual ou 0,25 p.p.

Já o dólar comercial fechou o dia em queda forte, de 1,07%, vendido a R$ 5,409.

Europa

As bolsas europeias operando majoritariamente no campo positivo nesta manhã, com investidores aguardando dados de inflação da zona do euro.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,54%
DAX (Alemanha): +0,26%
CAC 40 (França): +0,32%
FTSE MIB (Itália): +0,41%
STOXX 600: +0,16%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos mantêm a trajetória positiva nesta manhã. Ontem, o S&P 500 e o Nasdaq computaram o oitavo dia consecutivo de ganhos, maior sequência positiva no ano.

Dow Jones Futuro: +0,01%
S&P 500 Futuro: +0,06%
Nasdaq Futuro: +0,10%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, acompanhando a recuperação de Wall Street. Os ganhos da região foram liderados pelo índice Nikkei, de Tóquio, que ganhou 1,8% para 38.062,92, impulsionado por ações de serviços públicos e assistência médica.

As taxas preferenciais de empréstimos da China foram mantidas em 3,35% para o LPR de um ano e 3,85% para o LPR de cinco anos.

Shanghai SE (China), -0,93%
Nikkei (Japão): +1,80%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,33%
Kospi (Coreia do Sul): +0,83%
ASX 200 (Austrália): +0,22%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam à medida que crescem as esperanças de cessar-fogo no Oriente Médio.

Petróleo WTI, -1,17%, a US$ 73,50 o barril
Petróleo Brent, -1,22%, a US$ 76,71 o barril

Agenda

Não há indicadores importantes previstos na agenda internacional.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o Plenário do Senado dará continuidade nesta terça, às 14h, à deliberação do projeto de lei que trata do regime de transição para o fim da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Na sessão de quinta-feira (15), o relator do PL 1.847/2024, senador Jaques Wagner (PT-BA), apresentou seu substitutivo aos demais senadores. Na ocasião, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acatou o pedido de seguir com a discussão da matéria na sessão deliberativa desta terça. A matéria tem sido motivo de ampla negociação entre o Senado e o Executivo. Não há indicadores relevantes previstos na agenda de hoje.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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