Índices futuros operam em baixa, enquanto investidores aguardam dados do PIB dos EUA

Por aqui, serão divulgados os dados da confiança de serviços e do IGP-M, ambos de fevereiro.
28 de fevereiro de 2024

Os índices futuros de Nova York operam em baixa, nesta manhã de quarta-feira (28), enquanto as bolsas dos principais mercados mundiais estão majoritariamente em baixa. Hoje, os investidores aguardam a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre dos Estados Unidos e, para amanhã (29), o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), medida de inflação preferida do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Os mercados europeus operam sem direção única hoje, enquanto as bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa, devido às preocupações renovadas com o combalido setor imobiliário chinês.

Por aqui, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na noite de ontem (27) uma medida provisória (MP) revertendo a reoneração da folha de pagamentos. Em indicadores, serão divulgados os dados da confiança de serviços e do IGP-M, ambos de fevereiro.

Brasil

A bolsa brasileira viveu um dia de muito otimismo na terça-feira (27), bem descolada do que clima de cautela do mercado externo.

O Ibovespa subiu 1,61%, aos 131.689 pontos, apoiado no IPCA-15, considerado a prévia da inflação. O indicador avançou  0,78% em fevereiro ante 0,31% em janeiro, puxado pelo grupo Educação. No ano, o indicador acumula alta de 4,49%.

O consenso LSEG previa alta mensal de 0,82% e de 4,52% na base anual. Portanto, o crescimento menor que o esperado trouxe otimismo ao mercado, que agora vislumbra a manutenção do ritmo de corte na taxa básica de juros, a Selic, pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

O dólar ampliou as perdas do dia anterior e recuou 0,97%, cotado a R$ 4,9330 no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo negativo, em sua maioria, dando sequência à cautela que imperou no início da semana.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,44%

DAX (Alemanha): +0,15%

CAC 40 (França): -0,05%

FTSE MIB (Itália): -0,37%

STOXX 600: -0,17%

Estados Unidos

Os índices futuros operam no campo negativo, com os investidores à espera da divulgação do PIB do quarto trimestre.

Os investidores americanos também aguardam pelos resultados da varejista TJX Cos e da farmacêutica Viatris antes da abertura dos mercados. A Salesforce, por sua vez, divulgará seus números trimestrais após o fechamento dos mercados.

Dow Jones Futuro: -0,38%

S&P 500 Futuro: -0,47%

Nasdaq Futuro: -0,65%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa hoje, em meio a preocupações renovadas com o mercado imobiliário chinês, a despeito das tentativas do governo de Pequim de buscar medidas para reanimá-lo.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,51%, a 16.536,85 pontos, pressionado por ações de incorporadoras.

Os papéis da Country Garden Holdings caíram 6,5%, após um credor pedir liquidação judicial da companhia pelo não pagamento de um empréstimo superior a US$ 200 milhões. As ações da Longfor Group e da China Resources Land também caíram, respectivamente, 7% e 4,3%.

Por outro lado, empresas do ramo em Hong Kong avançaram após o governo do território semiautônomo aliviar restrições com o objetivo de impulsionar o setor imobiliário.

Shanghai SE (China), -1,91%

Nikkei (Japão): -0,08%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,51%

Kospi (Coreia do Sul): +1,04%

ASX 200 (Austrália): -0,03%

Petróleo

As cotações do petróleo operam em baixa após abertura positiva, em meio à incerteza sobre as perspectivas de um cessar-fogo na guerra Israel-Hamas, enquanto alguns investidores esperam que a OPEP+ estenda seus cortes de produção para além do primeiro trimestre.

Petróleo WTI, -1,12%, a US$ 77,99 o barril

Petróleo Brent, -0,97%, a US$ 82,84 o barril

Agenda

A agenda desta quarta-feira é marcada pelo PIB do quarto trimestre dos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou ontem (27) uma medida provisória revertendo a reoneração da folha de pagamentos que havia sido imposta na véspera do Ano Novo, pela MP 1202/2023. A reversão é feita após pressão do Congresso Nacional e atende a acordo político firmado pelo governo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A nova medida torna sem efeitos todo o trecho da anterior que previa a reoneração dos 17 setores da economia atendidos pelo benefício. Na seara econômica, saem os dados da confiança de serviços de fevereiro; o IGP-M de fevereiro, com o consenso LSEG prevendo queda de 0,50%; e o resultado primário do governo central.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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