Índices futuros operam em trajetória positiva; balanço da Nvidia é destaque do dia nos EUA

Por aqui, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga dados da sondagem da indústria de agosto.
28 de agosto de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (28), com os agentes à espera do aguardadíssimo balanço da gigante de tecnologia Nvidia (NVDC34), um grande balizador do mercado de inteligência artificial (IA). Os números serão divulgados após o fechamento do mercado norte-americano.

Na expectativa de analistas, a companhia pode ter um resultado significativo e aumentar sua perspectiva para o terceiro trimestre, mas, caso o resultado seja negativo, os mercados certamente serão atingidos, dado o peso da gigante de tecnologia nos indicadores.

O valor de mercado da Nvidia era de cerca de US$ 390 bilhões na véspera do lançamento do chatbot de inteligência artificial, ChatGPT, há menos de dois anos. Hoje, ela vale quase US$ 3,2 trilhões e, em junho, ostentou brevemente a posição de companhia mais valiosa do planeta.

Na Europa, os mercados avançam com investidores avaliando resultados corporativos e novos dados econômicos em busca de pistas sobre as perspectivas para as ações globalmente. Por lá, Lego, Prudential, Novonesis e Brunello Cucinelli divulgam resultados trimestrais.

Por aqui, são aguardadas falas de dirigentes do Banco Central, como o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, que poderá dar pistas sobre o futuro da política monetária. Na seara de indicadores, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga dados da sondagem da indústria de agosto.

Brasil

Tinha tudo para ser mais um dia histórico para o Ibovespa e, de certo modo, não deixou de ser. O pregão de terça-feira (27) marcou a renovação da máxima do principal indicador da B3, aos 137.212,64 pontos no intraday, puxado principalmente pela Vale. Porém, ao fim do pregão prevaleceu a cautela dos investidores e o índice acabou fechando com leve queda de 0,08%, aos 136.775,91 pontos, uma perda de apenas 112,80 pontos.

Por aqui, o destaque do dia foi a divulgação da prévia da inflação de agosto, que ficou em 0,19% após taxa de 0,30% registrada em julho. O IPCA-15, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, destacam-se os grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.).

O dólar comercial voltou a ter uma alta curta, como aconteceu ontem. A moeda norte-americana avançou 0,20%, a R$ 5,50.

Europa

As bolsas europeias avançam com investidores avaliando resultados de empresas e novos dados econômicos. No âmbito corporativo, saem os balanços trimestrais da Lego, Prudential, Novonesis e Brunello Cucinelli.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,10%
DAX (Alemanha): +0,49%
CAC 40 (França): +0,31%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: +0,27%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em trajetória positiva, com os investidores à espera do resultado da gigante de tecnologia Nvidia.

Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: +0,05%
Nasdaq Futuro: +0,04%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam mistas, com os traders avaliando os números da inflação de julho da Austrália, que foram maiores do que o esperado. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Austrália subiu 3,5% ano a ano, ligeiramente acima dos 3,4% esperados por analistas, mas abaixo do 3,8% em junho.

Por lá, a ata da última reunião do Reserve Bank of Australia revelou que o banco central considerou aumentar as taxas de juros como uma forma de controlar a inflação.

Shanghai SE (China), -0,40%
Nikkei (Japão): +0,22%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,02%
Kospi (Coreia do Sul): +0,02%
ASX 200 (Austrália): +0,00%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, com preocupações sobre potenciais perdas de fornecimento da Líbia e do Oriente Médio e preocupações sobre a demanda global por combustível.

Petróleo WTI, -1,02%, a US$ 74,76 o barril
Petróleo Brent, -0,97%, a US$ 78,78 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem o índice MBA de hipoteca, discurso de Raphael Bostic, do Fed (Federal Reserve), e o resultado corporativo da Nvidia.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (27) que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que indicasse o nome do futuro presidente do Banco Central entre agosto e setembro após ter conversado sobre o tema com o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Em evento promovido pelo banco Santander, Haddad disse que não poderia dar uma data para o anúncio, mas reforçou que Lula está “com essa informação na cabeça” e acredita que o mandatário vai avaliar “com generosidade” a recomendação. O plano do governo previa a indicação ao comando do BC ainda em agosto para que o Senado fizesse a sabatina e a votação do nome na primeira semana de setembro, quando haverá um esforço concentrado de votações no plenário da Casa. Porém, o indicado não deve ser sabatinado antes das eleições municipais. Na seara de indicadores, o destaque por aqui é a sondagem da indústria de agosto, da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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