Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (28), com os agentes à espera do aguardadíssimo balanço da gigante de tecnologia Nvidia (NVDC34), um grande balizador do mercado de inteligência artificial (IA). Os números serão divulgados após o fechamento do mercado norte-americano.
Na expectativa de analistas, a companhia pode ter um resultado significativo e aumentar sua perspectiva para o terceiro trimestre, mas, caso o resultado seja negativo, os mercados certamente serão atingidos, dado o peso da gigante de tecnologia nos indicadores.
O valor de mercado da Nvidia era de cerca de US$ 390 bilhões na véspera do lançamento do chatbot de inteligência artificial, ChatGPT, há menos de dois anos. Hoje, ela vale quase US$ 3,2 trilhões e, em junho, ostentou brevemente a posição de companhia mais valiosa do planeta.
Na Europa, os mercados avançam com investidores avaliando resultados corporativos e novos dados econômicos em busca de pistas sobre as perspectivas para as ações globalmente. Por lá, Lego, Prudential, Novonesis e Brunello Cucinelli divulgam resultados trimestrais.
Por aqui, são aguardadas falas de dirigentes do Banco Central, como o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, que poderá dar pistas sobre o futuro da política monetária. Na seara de indicadores, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulga dados da sondagem da indústria de agosto.
Brasil
Tinha tudo para ser mais um dia histórico para o Ibovespa e, de certo modo, não deixou de ser. O pregão de terça-feira (27) marcou a renovação da máxima do principal indicador da B3, aos 137.212,64 pontos no intraday, puxado principalmente pela Vale. Porém, ao fim do pregão prevaleceu a cautela dos investidores e o índice acabou fechando com leve queda de 0,08%, aos 136.775,91 pontos, uma perda de apenas 112,80 pontos.
Por aqui, o destaque do dia foi a divulgação da prévia da inflação de agosto, que ficou em 0,19% após taxa de 0,30% registrada em julho. O IPCA-15, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, destacam-se os grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.).
O dólar comercial voltou a ter uma alta curta, como aconteceu ontem. A moeda norte-americana avançou 0,20%, a R$ 5,50.
Europa
As bolsas europeias avançam com investidores avaliando resultados de empresas e novos dados econômicos. No âmbito corporativo, saem os balanços trimestrais da Lego, Prudential, Novonesis e Brunello Cucinelli.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,10%
DAX (Alemanha): +0,49%
CAC 40 (França): +0,31%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: +0,27%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em trajetória positiva, com os investidores à espera do resultado da gigante de tecnologia Nvidia.
Dow Jones Futuro: +0,03%
S&P 500 Futuro: +0,05%
Nasdaq Futuro: +0,04%
Ásia-Pacífico
As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam mistas, com os traders avaliando os números da inflação de julho da Austrália, que foram maiores do que o esperado. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Austrália subiu 3,5% ano a ano, ligeiramente acima dos 3,4% esperados por analistas, mas abaixo do 3,8% em junho.
Por lá, a ata da última reunião do Reserve Bank of Australia revelou que o banco central considerou aumentar as taxas de juros como uma forma de controlar a inflação.
Shanghai SE (China), -0,40%
Nikkei (Japão): +0,22%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,02%
Kospi (Coreia do Sul): +0,02%
ASX 200 (Austrália): +0,00%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, ampliando as perdas da sessão anterior, com preocupações sobre potenciais perdas de fornecimento da Líbia e do Oriente Médio e preocupações sobre a demanda global por combustível.
Petróleo WTI, -1,02%, a US$ 74,76 o barril
Petróleo Brent, -0,97%, a US$ 78,78 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem o índice MBA de hipoteca, discurso de Raphael Bostic, do Fed (Federal Reserve), e o resultado corporativo da Nvidia.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (27) que sugeriu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que indicasse o nome do futuro presidente do Banco Central entre agosto e setembro após ter conversado sobre o tema com o atual presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Em evento promovido pelo banco Santander, Haddad disse que não poderia dar uma data para o anúncio, mas reforçou que Lula está “com essa informação na cabeça” e acredita que o mandatário vai avaliar “com generosidade” a recomendação. O plano do governo previa a indicação ao comando do BC ainda em agosto para que o Senado fizesse a sabatina e a votação do nome na primeira semana de setembro, quando haverá um esforço concentrado de votações no plenário da Casa. Porém, o indicado não deve ser sabatinado antes das eleições municipais. Na seara de indicadores, o destaque por aqui é a sondagem da indústria de agosto, da FGV (Fundação Getulio Vargas).
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg