Índices futuros operam mistos após queda na véspera; índice de Hong Kong desaba quase 10%

Por aqui, a notícia do dia é a sabatina do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, no Senado.
8 de outubro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, nesta manhã de terça-feira (8), após sessão negativa na véspera, quando as ações de tecnologia foram as mais afetadas. Na Ásia, o índice Hang Seng, de Hong Kong, teve a pior queda diária em dois anos, de quase 10%.

A queda, segundo nota do Rabobank, se deve “à decepção com a agência de planejamento econômico da China, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, que não revelou nenhuma nova iniciativa de estímulo importante”, dizendo apenas que “estava confiante em atingir suas metas anuais de desenvolvimento econômico e social”. Analistas consideram que anúncios realizados na terça-feira ficaram aquém do esperado e não forneceram muitos detalhes para o mercado.

Voltando aos Estados Unidos, o movimento dos futuros acontece diante da alta do rendimento do título do Tesouro americano (Treasuries) de 10 anos, que subiu acima de 4%, atingindo os níveis mais altos desde o início de agosto, refletindo o sentimento de aversão ao risco pela escalada das tensões no Oriente Médio.

Hoje, investidores acompanham de perto discursos de integrantes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), como Susan Collins, presidente do Fed de Boston, e Raphael Bostic, que lidera o Fed de Atlanta.

Por aqui, a notícia do dia é a sabatina do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, indicado pelo presidente Lula para presidir a autarquia a partir de janeiro de 2025. Na sequência, a indicação será votada no plenário da Casa Maior. A expectativa é de que o processo seja tranquilo.

Na seara de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Industrial Mensal – Regional.

Brasil

Ibovespa começou a semana no campo positivo, destoando dos indicadores de Nova York, que caíram em consequência da tensão que predomina há dias no Oriente Médio e seu impacto no mercado mundial de petróleo. O principal indicador da Bolsa brasileira fechou o pregão de segunda-feira (7) com alta de 0,17%, aos 132.017,84 pontos, um ganho de 226,29 pontos.

Na avaliação do mercado, no primeiro pregão pós-eleições municipais predominou o sentimento de que nada mudou muito no cenário político, apesar do avanço da direita e extrema direita em grande parte das cidades do país, incluindo as capitais. Porém, o impacto deve ser quase zero na economia, segundo analistas.

No exterior, o mundo continua acompanhando com apreensão a escalada do conflito no Oriente Médio, que completou um ano ontem. O petróleo seguiu subindo e já preocupa os bancos centrais, com o barril Brent voltando à casa dos US$ 80.

O dólar comercial fechou com alta de 0,55%, cotado a R$ 5,48.

Europa

As bolsas europeias abriram em queda hoje, com os investidores repercutindo a apreensão em torno do aumento da tensão no Oriente Médio. Além disso, ações de grupos que administram marcas de luxo europeias, como LVMH e Kering, caíram logo na abertura de mercado, repercutindo o sentimento de frustração com as medidas de estímulos anunciadas pela China, aquém do esperado.

FTSE 100 (Reino Unido): -1,22%
DAX (Alemanha): -0,72%
CAC 40 (França): -1,18%
FTSE MIB (Itália): -0,46%
STOXX 600: -0,85%

Estados Unidos

Os índices futuros operam mistos, com os investidores à espera de discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e de olho na tensão no Oriente Médio.

Dow Jones Futuro: -0,04%
S&P 500 Futuro: +0,14%
Nasdaq Futuro: +0,12%

Ásia

As bolsas asiáticas encerraram a sessão de hoje em queda, exceto a bolsa de Shangai, que voltou de um longo feriado na China. Apesar de alta na bolsa de Shangai, os estímulos anunciados pelo governo chinês, aquém do esperado, fez com que os negócios perdessem força.

De acordo com analistas, a coletiva da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma no país teria fornecido pouco dos esperados detalhes sobre próximos estímulos e isso teria frustrado as negociações.

Shanghai SE (China), + 4,59%
Nikkei (Japão): -1%
Hang Seng Index (Hong Kong): -9,41%
Kospi (Coreia do Sul), -0,61%
ASX 200 (Austrália): -0,35%

Petróleo

Os preços do petróleo estão em queda hoje, após altas no dia anterior. Ontem (7), os contratos futuros do petróleo fecharam em alta pelo quinto dia consecutivo, saltando mais de 3% e levando o Brent a superar a marca de US$ 80 o barril pela primeira vez desde agosto deste ano.

Petróleo WTI, +1,71%, a US$ 75,69 o barril
Petróleo Brent, +1,45%, a US$ 79,18 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados da balança comercial.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo trabalha para retomar sua agenda no Congresso depois do final do primeiro turno das eleições municipais, com a tentativa de votar a regulamentação da reforma tributária, os detalhes finais do Orçamento e a prioridade para o projeto que aumenta as penas para crimes ambientais. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, esta semana deverá ser marcada também um reunião entre a equipe econômica e o relator da regulamentação da reforma tributária, Eduardo Braga (MDB-AM), para acertar os pontos que faltam do projeto. Na seara de indicadores, o IBGE divulga a Pesquisa Industrial Mensal – Regional.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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