Os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, enquanto as bolsas europeias estão majoritariamente em baixa, nesta terça-feira (9), véspera da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de março.
O indicador é considerado um dos principais para balizar a política monetária dos Estados Unidos. A divulgação é esperada principalmente depois que os dados da folha de pagamentos (payroll) mostrou um mercado de trabalho bastante aquecido nos Estados Unidos, com possíveis pressões inflacionárias.
Se a inflação vier acima das expectativas, isso pode adiar a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) de iniciar o ciclo de redução das taxas de juros norte-americanas.
Por sua vez, o petróleo é negociado perto do maior patamar em cinco meses, enquanto os investidores avaliam as tensões latentes no Oriente Médio e as persistentes preocupações com o fornecimento.
No Brasil, a Petrobras deve seguir no noticiário político sob expectativa de mais dividendo e troca ou não de comando da companhia.
Lembrando que, por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também divulgará amanhã (10) o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Brasil
O Ibovespa mudou a direção ontem (8). Depois de fechar a sexta-feira passada no vermelho, o principal indicador da bolsa brasileira, amparado na Vale (VALE3), subiu 1,63%, aos 128.857 pontos.
A mineradora brasileira está entre as de maior peso no indicador e, graças à alta do preço do minério de ferro no mercado chinês, as ações da companhia subiram mais de 5% ao longo da sessão de ontem.
O minério de ferro subiu diante da expectativa de novos estímulos ao setor de siderurgia na China.
Com a agenda de indicadores esvaziada, os investidores continuaram monitorando a disputa em torno do comando da Petrobras.
Já o dólar terminou o dia a R$ 5,0312, com baixa de 0,68% no mercado à vista.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, enquanto os investidores aguardam a divulgação de dados econômicos importantes, como a inflação nos EUA amanhã.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,21%
DAX (Alemanha): -0,62%
CAC 40 (França): -0,50%
FTSE MIB (Itália): -0,61%
STOXX 600: -0,16%
Estados Unidos
Os índices futuros operam mistos, com os agentes precificando o início do corte da taxa de juros nos Estados Unidos, após os últimos dados macroeconômicos terem mostrado uma economia ainda bastante resiliente.
Dow Jones Futuro: -0,05%
S&P 500 Futuro: +0,03%
Nasdaq Futuro: +0,08%
Ásia
Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam em alta, em sua maioria, com investidores à espera de novos dados da inflação dos EUA.
Shanghai SE (China), +0,05%
Nikkei (Japão): +1,08%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,57%
Kospi (Coreia do Sul): -0,46%
ASX 200 (Austrália): +0,45%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta depois que Israel reduziu a presença de suas tropas em Gaza. Israel retirou forças da cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, no fim de semana, elevando o número de tropas no enclave para um dos níveis mais baixos desde o início da guerra com o Hamas em outubro passado.
Petróleo WTI, +0,25%, a US$ 86,69 o barril
Petróleo Brent, +0,37%, a US$ 90,71 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada nesta terça-feira (9).
Por aqui, no Brasil, no campo político, a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo deverá ser enviada na próxima semana ao Congresso Nacional, informou ontem (8) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele se reuniu com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e líderes partidários para discutir a pauta econômica do governo no Congresso. A agenda desta terça-feira traz o Boletim Focus semanal.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg