Os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, nesta manhã de quinta-feira (07), com os agentes atentos no segundo dia de falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no Congresso americano, e à divulgação dos juros pelo BCE (Banco Central Europeu).
Os investidores também aguardam a divulgação do payroll, relatório de emprego e de folha de pagamento amanhã (8), nos Estados Unidos, dado importante para mensurar o quão aquecida está a economia norte-americana.
Ontem (6), Powell falou na Câmara de Representantes dos EUA, ocasião em que disse que as taxas de juros “provavelmente” já atingiram o pico e que há espaço para corte ainda neste ano. Ele deixou claro que o banco central não tem pressa em baixar os juros até que a batalha contra a inflação esteja vencida. Hoje, ele fala ao Comitê Bancário do Senado.
Na Europa, o BCE anuncia hoje o rumo da política monetária na zona do euro por volta das 10h (horário de Brasília). A expectativa é de que mantenha as taxas estáveis pela quarta reunião consecutiva, embora novas projeções econômicas devam fortalecer os argumentos para cortes começarem mais tarde neste ano.
Outra notícia que chamou a atenção dos mercados ontem é que o ouro ampliou seus ganhos, atingindo o pico de US$ 2.161,48 por onça. A alta surpreendeu muitos investidores, pois não houve grandes mudanças nas expectativas sobre quando o Federal Reserve vai cortar as taxas de juros. O ouro geralmente tem uma relação inversa com os rendimentos dos títulos.
Por aqui, sai hoje o resultado primário de janeiro, com o consenso LSEG projetando superávit de R$ 99,45 bilhões.
No campo corporativo, após o fechamento do mercado, a Petrobras (PETR4) divulgará seu resultado do quarto trimestre de 2023.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (6) com alta de 0,62%, aos 128.890 pontos, ancorado principalmente no resultado da balança comercial brasileira e dos dados da produção industrial.
A produção da indústria brasileira caiu 1,60% em janeiro, em linha com as projeções de analistas. Por sua vez, a balança comercial registrou superávit (exportações menos importações) de US$ 5,447 bilhões em fevereiro, o melhor resultado para o mês na história, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Nas negociações do dia, o dólar perdeu força e terminou em baixa de 0,21%, a R$ 4,9453.
Europa
As bolsas da Europa operam majoritariamente em baixa hoje, com investidores à espera da decisão sobre juros do BCE. A expectativa é de que a autoridade monetária da zona do euro mantenha a taxa de juros inalterada a uma taxa anual de 4,0 ao ano novamente, o que deve continuar acontecendo até que os integrantes da instituição tenham certeza de que a inflação está sob controle.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%
DAX (Alemanha): -0,28%
CAC 40 (França): -0,20%
FTSE MIB (Itália): -0,23%
STOXX 600: +0,03%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam mistos, com mais falas de Jerome Powell, presidente do Fed, no radar.
Dow Jones Futuro: -0,12%
S&P 500 Futuro: -0,03%
Nasdaq Futuro: +0,07%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com perdas na China e em Hong Kong.
Na China, as ações do setor farmacêutico lideraram as perdas, após um projeto de lei nos EUA que mira sanções a algumas empresas chinesas de biotecnologia receber aval de uma comissão para ser votado no plenário do Senado americano.
Shanghai SE (China), -0,41%
Nikkei (Japão): -1,23%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,27%
Kospi (Coreia do Sul): +0,23%
ASX 200 (Austrália): +0,39%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa após abertura positiva, repercutindo a informação de que os estoques de petróleo bruto nos EUA subiram menos do que o esperado na semana passada e os estoques de combustíveis sofreram grandes reduções.
Petróleo WTI, -0,40%, a US$ 78,81 o barril
Petróleo Brent, -0,45%, a US$ 82,59 o barril
Agenda
A agenda de hoje tem como destaque a decisão sobre juros na Europa, além de dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para o Perse, o programa que concede benefícios tributários ao setor de eventos, prevê limitar em R$ 8 bilhões a perda de arrecadação do governo neste ano com a medida. Na seara econômica, saem o IGP-DI de fevereiro e o resultado primário de janeiro; consenso LSEG projeta superávit de R$ 99,45 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg