Os índices futuros dos Estados Unidos operam em trajetória positiva, nesta manhã de quinta-feira (5), com os investidores à espera de mais dados do mercado de trabalho, como os pedidos de auxílio-desemprego e o relatório de folhas de pagamentos não agrícolas (payroll), nesta sexta-feira (6).
Hoje, também está prevista a divulgação do relatório ADP, que traz dados sobre abertura de vagas no mercado privado.
Todas essas informações são um termômetro da saúde da economia estadunidense, às vésperas da reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), na qual a autoridade monetária poderá iniciar o ciclo de cortes da taxa de juros, atualmente na banda de 5,25% a 5,50%.
Os traders aumentaram as apostas no ritmo de flexibilização monetária após o relatório sobre vagas de emprego (Jolts) nos EUA ter ficado abaixo das estimativas e a pesquisa do Livro Bege ter mostrado atividade econômica estável ou em declínio.
Por aqui, na agenda de indicadores, haverá a divulgação do resultado do governo central, com previsão de déficit de R$ 8,8 bilhões, e da balança comercial, com projeção de aumento de US$ 6,1 bilhões.
Brasil
Com um dia de atraso, o mercado financeiro decidiu ficar otimista. Bom para o Ibovespa, que interrompeu ontem (4) uma sequência de quatro quedas para fechar com uma alta considerável de 1,31%, aos 136.110 pontos.
Otimismo tardio porque anteontem (3), dia em que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o PIB (Produto Interno Bruto) avançou 1,4% no segundo trimestre, acima da mediana projetada por analistas (+0,9%), o indicador fechou em baixa.
A subida de ontem foi a maior em um só dia desde 9 de agosto, quando o avanço foi de 1,52%. Com isso, o índice também vira para positivo tanto na semana quanto em setembro, com +0,08%, afastando pelo menos por ora o mau momento.
O dólar comercial oscilou muito durante o dia até conseguir uma recuo curto de 0,03%, a R$ 5,64.
Europa
As bolsas europeias sobem em sua maioria após três quedas consecutivas, com investidores atentos aos dados das vendas no varejo da zona do euro em agosto e do índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) da Alemanha, França e zona do euro.
As vendas do varejo na zona do euro subiram 0,1% em julho versus junho, em linha com as projeções do consenso LSEG.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,13%
DAX (Alemanha): +0,30%
CAC 40 (França): -0,20%
FTSE MIB (Itália): +0,24%
STOXX 600: -0,07%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA caminham em trajetória positiva, com os investidores à espera de dados do mercado de trabalho norte-americano.
Analistas pesquisados pela Dow Jones esperam 229.000 pedidos iniciais de auxílio-desemprego, o que seria uma queda em relação aos 231.000 da semana anterior.
Além dos dados de seguro-desemprego, investidores aguardam pela divulgação do relatório ADP, que traz dados sobre abertura de vagas no mercado privado.
Dow Jones Futuro: +0,11%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,02%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam mistas hoje após uma liquidação na sessão anterior, com o Nikkei, do Japão, liderando as perdas na região.
Por lá, também estiveram no centro da atenção dos agentes os dados do mercado de trabalho japonês. Os ganhos médios mensais no Japão aumentaram 3,6% em relação ao ano anterior, um aumento mais fraco em comparação ao aumento de 4,5% observado em junho.
Já os salários reais subiram 0,4% na comparação anual, aumentando pelo segundo mês consecutivo após um aumento de 1,1% em junho. O forte relatório de salários oferece ao Banco do Japão (BOJ) mais espaço para um aumento de juros, o que pode pressionar as ações.
Shanghai SE (China), +0,14%
Nikkei (Japão): -1,05%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,07%
Kospi (Coreia do Sul): -0,21%
ASX 200 (Austrália): +0,40%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta, enquanto traders avaliam a fraca demanda e um possível atraso na entrada de mais oferta no mercado no mês que vem.
Petróleo WTI, +0,64%, a US$ 69,64 o barril
Petróleo Brent, +0,59%, a US$ 73,13 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados do emprego privado (ADP), auxílio-desemprego, PMI de serviços (final) e ISM de serviços
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira que o plenário da Casa irá votar a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central em 8 de outubro, dois dias depois do primeiro turno das eleições municipais. A sabatina do indicado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, etapa anterior à análise do nome em plenário, ainda não tem nada definida. Na agenda de indicadores, haverá a divulgação do resultado do governo central, com previsão de déficit de R$ 8,8 bilhões, e da balança comercial, com projeção de aumento de US$ 6,1 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias