A maioria das bolsas da Europa opera em alta nesta manhã de terça-feira (24), enquanto os índices futuros de Nova York seguem no negativo, com investidores avaliando os efeitos do aperto econômico sobre o resultado de grandes empresas em 2022, entre elas a Microsoft. Também continuam no radar novas demissões no mundo corporativo e notícias geopolíticas, como a guerra da Rússia contra a Ucrânia.
No mundo corporativo, notícias sobre corte de mão de obra em grandes empresas têm preocupado os agentes do mercado, que veem nisso indicativos de que a saúde das principais economias pode não estar tão boa assim. Na Europa, por exemplo, a Ford planeja cortar cerca de 3.200 empregos, após enxugar sua força de trabalho nos EUA. A montadora reduz custos para focar na fabricação de carros elétricos.
Ao longo desta semana, o mercado espera a divulgação dos balanços de grandes corporações, como a General Electric, Johnson & Johnson e Verizon, além da gigante do software Microsoft.
Na agenda de indicadores, investidores aguardam pelos Índices de Gerentes de Compra (PMI, na sigla em inglês) de serviços e industrial de janeiro.
Por sua vez, na Ásia, a maioria dos mercados permanece fechada principalmente devido ao feriado do Ano-Novo Lunar.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (23) em queda, emendando o 2º dia consecutivo de tombo, em dia de perdas dos papéis dos bancos. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 0,27%, a 111.737 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a Americanas ainda segue no radar das negociações. Investidores também estão de olho nas falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez sua primeira viagem internacional desde que tomou posse para se encontrar com o presidente argentino, Alberto Fernández.
Nas negociações do Ibovespa, o dólar fechou em queda de 0,15%, cotado a R$ 5,199 na compra e a R$ 5,200 na venda.
Europa
A maioria das bolsas da Europa opera em alta nesta manhã de terça-feira (24), após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro e da Alemanha em janeiro. O PMI composto da zona do euro da S&P Global chegou a 50,2 em janeiro, ante 49,3 em dezembro e acima do consenso de mercado de 49,8. Por sua vez, o PMI composto da Alemanha atingiu a marca de 49,7, acima dos 49 de dezembro e dos 49,6 do consenso de mercado.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,47%
DAX (Alemanha), +0,13%
CAC 40 (França), +0,37%
FTSE MIB (Itália), +0,07%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA abriram em baixa nesta manhã de terça-feira, antes da divulgação de mais resultados corporativos e dados de atividade econômica. Os investidores acreditam que Fed (Federal Reserve) reduzirá o ritmo do aperto monetário na reunião da próxima semana, mesmo que continue comprometido em domar a inflação. Dados recentes mostram que o indicador está desacelerando, o que reforça as projeções do mercado.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,12%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,10%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,12%
Ásia
Com a maioria dos mercados fechada na Ásia em função do feriado de Ano-Novo Lunar, o destaque vai para o Japão. O índice Nikkei, do Japão, subiu 1,46%, aos 27.299,19 pontos e o iene japonês também avançou 0,42% em relação ao dólar americano para 130,13 – continuando a ser negociado acima de 130 pelo segundo dia consecutivo.
Já na Austrália, o S&P/ASX 200 subiu 0,44%, aos 7.490,4 pontos, após o rali impulsionado pelas ações de tecnologia em Wall Street antes dos principais relatórios de ganhos.
Shanghai SE (China), Fechado por feriado
Nikkei (Japão), +1,46%
Hang Seng Index (Hong Kong), Fechado por feriado
Kospi (Coreia do Sul), Fechado por feriado
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa após abertura positiva, com investidores de olho na recuperação da demanda da China e nas perspectivas econômicas globais antes da divulgação dos lucros das empresas americanas.
Petróleo WTI, -0,16%, a US$ 81,02 o barril
Petróleo Brent, -0,73%, a US$ 87,60 o barril
Agenda
Nos EUA, são divulgados nesta terça-feira os Índices Preços de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços e industrial de janeiro.
Por aqui, no Brasil, no campo político, as atenções seguem na visita à Argentina do presidente Lula, que propôs moeda comum para transações comerciais entre países do Mercosul e falou em criar condições para BNDES financiar empreendimentos na Argentina. No âmbito econômico, sai a prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15, referente a janeiro. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,52% na base mensal e de 5,83% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências