Índices futuros operam no positivo, com dados de inflação no radar dos investidores nos EUA

Por aqui, a Petrobras divulga seu balanço, nesta segunda-feira (13), após o fechamento dos mercados. Também sai o Relatório Focus do Banco Central, o primeiro após a decisão que cortou a taxa Selic para 10,50% ao ano na semana passada.
13 de maio de 2024

Os índices futuros começam a semana operando no campo positivo. Enquanto isso, as bolsas europeias operam majoritariamente em baixa, em semana marcada pelo fim da temporada de balanços corporativos, pela divulgação dos dados inflação nos Estados Unidos e, no Brasil, a expectativa é para a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) amanhã (14).

Todos os olhares estarão voltados para o índice de preço do produtor dos EUA, que será divulgado amanhã (14), antes dos dados da inflação de abril (CPI), que sai no dia seguinte (15), com projeção LSEG de alta de 0,4% na comparação mensal.

Na semana passada, dados apontaram para uma desaceleração da economia em meio à inflação persistente, representando um desafio para a política monetária do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos).

Por aqui, a ata da última reunião do Copom também será observada de perto pelos investidores, uma vez que cinco membros do comitê – incluindo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, – votaram para uma redução de 0,25 ponto percentual, enquanto quatro diretores optaram por um corte de 0,50 p.p.

Ao contrário do início do ciclo, que também começou com um placar dividido, o comunicado não explicitou os motivos dos votos de cada grupo nem os próximos passos da política monetária brasileira. Assim, a minuta trará mais informações acerca da leitura do BC sobre a conjuntura doméstica e o cenário global.

Esta semana também marca o fim da temporada de resultados do primeiro trimestre de 2024 por aqui, com importantes divulgações, como a Petrobras (PETR4) nesta segunda-feira (13), após o fechamento dos mercados.

Para hoje, o Banco Central também divulga o Relatório Focus, o primeiro após a decisão que cortou a taxa Selic para 10,50% ao ano na semana passada.

Brasil

Na semana marcada pela decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, o Ibovespa terminou o pregão de sexta-feira (10) com baixa de 0,46%, aos 127.599 pontos. Na semana, o principal índice da bolsa brasileira recuou 0,71%.

A sexta-feira foi marcada pela divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que avançou 0,38% em abril, 0,22 ponto percentual (p.p.) acima do registrado em março (0,16%). Apesar de ter vindo um pouquinho acima do esperado pelo mercado, o indicador surpreendeu positivamente na base anual.

No ano, a inflação acumula alta de 1,80% e, nos últimos 12 meses, de 3,69%, abaixo dos 3,93% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, a variação foi de 0,61%.

Ainda assim, a bolsa não sustentou os ganhos. O mercado, cujo humor oscila de modo muito passional, continuou repercutindo a decisão dividida do Copom na quarta-feira passada e o comunicado que não indica os próximos passos do colegiado.

Já o dólar segue acima dos R$ 5,10. A moeda norte-americana fechou o dia a R$ 5,1583 com avanço de 0,30% no mercado à vista. Na semana, a valorização sobre o real foi de 1,75%.

Europa

As bolsas da Europa operam sem direção única, com os investidores à espera dos dados de inflação nos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,01%

DAX (Alemanha): -0,16%

CAC 40 (França): -0,16%

FTSE MIB (Itália): +0,26%

STOXX 600: -0,05%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no azul nesta segunda-feira, com investidores à espera dos dados da inflação por lá.

O CPI servirá como indicador da saúde financeira das empresas, se permanecerão numa posição estável após uma temporada de lucros mais fortes do que o esperado no primeiro trimestre.

Os resultados até agora ajudaram as ações a permanecerem resilientes, apesar da inflação permanecer elevada. Cerca de 92% das empresas do S&P 500 apresentaram relatórios até sexta-feira passada, com 80% das empresas superando as previsões de Wall Street, de acordo com dados da FactSet.

Dow Jones Futuro: +0,07%

S&P 500 Futuro: +0,14%

Nasdaq Futuro: +0,25%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, com a China na dianteira das perdas após dados locais de inflação, que veio mais forte que o esperado, e crédito. Os investidores da região também esperam que os Estados Unidos elevem as tarifas sobre produtos de energia limpa chineses, em especial veículos elétricos.

Shanghai SE (China), -0,21%

Nikkei (Japão): -0,13%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,80%

Kospi (Coreia do Sul): -0,02%

ASX 200 (Austrália): +0,01%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, depois de fechar em baixa de 1% na última sexta-feira, com comentários de integrantes ​​do banco central dos EUA a indicarem taxas de juro mais elevadas durante mais tempo, o que poderá prejudicar a procura por parte dos maiores consumidores de petróleo bruto do mundo.

Petróleo WTI, +0,29%, a US$ 78,49 o barril

Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 82,95 o barril

Agenda

A agenda da semana tem como destaque a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a partir desta segunda-feira (13), os bancos começam a oferecer uma alternativa para renegociação de dívidas bancárias de Microempreendedores Individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que faturem até R$ 4,8 milhões anuais. Serão renegociadas dívidas não pagas até 23 de janeiro de 2024. A ação faz parte do Programa Desenrola Pequenos Negócios, uma iniciativa do Ministério da Fazenda, Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Na agenda do dia, sai o Boletim Focus do Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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