Os índices futuros de Nova York mantêm, nesta manhã de terça-feira (16), o movimento positivo da véspera, com investidores à espera de dados de vendas no varejo hoje. As bolsas europeias, por sua vez, abriram no campo negativo, enquanto os mercados asiáticos fecharam mistos.
Nesta manhã, os preços dos títulos do Tesouro dos EUA sobem, com o rendimento do papel de 10 anos próximo ao nível mais baixo desde março, enquanto os investidores aumentam as apostas de que o Fed (Federal Reserve) começará a cortar juros em setembro.
Ontem (15), o presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, disse que a inflação está caminhando para a meta de 2% do banco central, possivelmente abrindo caminho para cortes de juros de curto prazo.
Com isso, os traders veem agora duas reduções de 0,25 ponto percentual nas taxas em 2024, à medida que a inflação nos EUA diminui. As probabilidades implícitas no mercado de uma terceira redução chegaram a cerca de 60% ontem, depois que o Goldman Sachs afirmou ver uma “sólida justificativa” para taxas mais baixas já em julho.
No campo corporativo, os resultados do Morgan Stanley e do BofA (Bank of America) também influenciarão o humor nos mercados após o gigante bancário Goldman Sachs relatar um aumento nos lucros ontem.
Por aqui, às vésperas do recesso parlamentar, o plenário do Senado deve votar nesta terça-feira (16) o projeto sobre a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia.
Brasil
Julho adentra a sua terceira semana com os investidores mantendo o bom humor. O Ibovespa subiu, nesta segunda-feira (15), 0,33%, aos 129.320 pontos, repercutindo uma série de assuntos aqui, mas principalmente lá fora.
Foi a 11ª sequência seguida de alta do indicador, algo que não era visto desde 20 dezembro de 2017 até 9 de janeiro de 2018.
A atual sequência começou com 123.904,75 pontos, na abertura de 1º de julho até os 129.320,96 pontos do fechamento de ontem, um ganho de 5,4 mil pontos ou 4,37%.
Praticamente dois assuntos pautaram os negócios ontem. O primeiro, de modo mais leve, é como ficará a eleição presidencial dos Estados Unidos depois da tentativa de assassinato do candidato republicano Donald Trump no sábado (13), e os impactos disso tudo na economia.
O outro, de mais peso, foi a fala do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell, que disse de modo bem humorado em evento em Washington DC que os dados econômicos recentes aumentaram a confiança na luta contra a inflação e que, portanto, os juros podem começar a ser reduzidos ainda este ano.
O dólar comercial voltou a subir frente ao real, com mais 0,26%, a R$ 5,44, após a queda de sexta-feira (12).
Europa
As bolsas europeias seguem movimento de baixa. As mineradoras foram o grupo industrial com pior desempenho, já que o Rio Tinto Group caiu após dar orientação decepcionante sobre suas operações de cobre.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,16%
DAX (Alemanha): -0,48%
CAC 40 (França): -0,65%
FTSE MIB (Itália): -0,29%
STOXX 600: -0,38%
Estados Unidos
Os índices futuros seguem movimento positivo da véspera, com os investidores repercutindo a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump e seu impacto no futuro da economia do país e,, também, as falas de Jerome Powell, presidente do Fed, o banco central norte-americano, que sinalizou ontem para um possível início do ciclo de corte dos juros.
Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: +0,02%
Nasdaq Futuro: +0,01%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria, após mais uma rodada de ganhos em Wall Street, embora recentes dados fracos da China tenham limitado o apetite por risco.
Shanghai SE (China), +0,08%
Nikkei (Japão): +0,20%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,60%
Kospi (Coreia do Sul): +0,18%
ASX 200 (Austrália): -0,23%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com queda, devido a preocupações com a desaceleração da economia chinesa, o que pode prejudicar a demanda.
Petróleo WTI, -0,84%, a US$ 81,22 o barril
Petróleo Brent, -0,77%, a US$ 84,20 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados de vendas no varejo.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, incluiu o projeto de reoneração gradual da folha de pagamento de 17 setores da economia (PL 1.847/2024) na pauta da sessão plenária desta terça-feira (16). Governo e senadores seguem nas negociações em torno da compensação da desoneração da folha. A proposta mantém a desoneração total neste ano e determina a reoneração gradual da tributação sobre a folha de pagamento de 2025 a 2027. Não há indicadores relevantes previstos na agenda de hoje.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg