Índices futuros no positivo em dia de PCE nos EUA; Pnad Contínua é destaque no Brasil

O consenso LSEG projeta a taxa de desemprego de maio em 7,3%. Também está prevista por aqui a divulgação do resultado primário de maio, com o consenso prevendo déficit de R$ 58 bilhões.
28 de junho de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo positivo, nesta sexta-feira (28), com todas as atenções voltadas para a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), indicador de inflação preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), usado para balizar a política monetária estadunidense.

O consenso LSEG projeta uma desaceleração de 2,8% para 2,6% em maio, o que representará a leitura mais baixa desde março de 2021, embora permaneça acima da meta de 2% de inflação estabelecida pelo Fed.

Na cena política, os agentes também avaliam o primeiro debate presidencial, promovido pela CNN ontem (27), entre o ex-presidente Donald Trump e o presidente Joe Biden. Na avaliação de analistas, Trump se saiu melhor que o democrata. O desempenho hesitante de Biden intensificou as preocupações sobre a sua capacidade de derrotar Trump nas eleições de novembro.

Na Europa, as ações europeias oscilam hoje, puxadas pela queda do índice de ações da França antes das eleições parlamentares deste fim de semana.

No Brasil, o destaque é a divulgação da Pnad Contínua. O consenso LSEG projeta a taxa de desemprego de maio em 7,3%.

Também está prevista por aqui a divulgação do resultado primário de maio, com o consenso LSEG prevendo déficit de R$ 58 bilhões.

Brasil

O Ibovespa teve uma alta parruda, ontem (27), apoiado principalmente no cenário internacional. O principal indicador da Bolsa brasileira avançou 1,36%, aos 124.307 pontos.

É o maior patamar de fechamento desde 27 de maio. É também o maior ganho em um único dia desde 26 de abril, quando avançou 1,51%.

Lá fora, os investidores estiveram ligeiramente mais abertos ao risco após o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos sugerir desaceleração da atividade no país. A fala de um dirigente do BC americano também acenou, ao indicar para a possibilidade de uma redução nas taxas de juros ainda este ano e mais quatro em 2025.

As informações contribuíram para derrubar as taxas dos títulos públicos dos EUA. A queda serviu para aliviar a pressão sobre o dólar, que registra alta de quase 5% este mês. Na sessão de quarta-feira, 26, a moeda americana chegou a sua maior cotação em dois anos e meio.

O dólar comercial chegou a subir no meio da sessão, mas terminou a quinta-feira com queda de 0,20%, a R$ 5,50.

Europa

As bolsas europeias operam com alta hoje, exceto a bolsa da França, que opera em baixa antes das eleições parlamentares do fim de semana. A principal preocupação dos investidores é que o novo governo francês levará o país a se endividar mais.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,54%

DAX (Alemanha): +0,60%

CAC 40 (França): -0,35%

FTSE MIB (Itália): +0,47%

STOXX 600: +0,28%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam no positivo, com o Nasdaq liderando os ganhos no primeiro semestre, com alta de cerca de 19%. Há muito otimismo com o uso da inteligência artificial. Por sua vez, o S&P 500 saltou quase 15%, enquanto o Dow ficou para trás com um ganho de pouco menos de 4%.

Dow Jones Futuro: +0,09%

S&P 500 Futuro: +0,34%

Nasdaq Futuro: +0,39%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em alta, em um movimento de recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores aguardam dados da inflação dos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,54%

DAX (Alemanha): +0,60%

CAC 40 (França): -0,35%

FTSE MIB (Itália): +0,47%

STOXX 600: +0,28%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, caminhando para o terceiro aumento semanal consecutivo, já que preocupações com problemas de fornecimento devido ao aumento das tensões geopolíticas e interrupções relacionadas ao clima compensaram os sinais de demanda fraca.

Petróleo WTI, +1,13%, a US$ 82,66 o barril

Petróleo Brent, +1,01%, a US$ 85,30 o barril

Agenda

Nos EUA, será divulgado o PCE, indicador de inflação preferido do Fed. O consenso LSEG projeta uma desaceleração de 2,8% para 2,6% em maio.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a agência de classificação de risco Fitch manteve ontem (27) a nota de crédito do Brasil em BB, duas classificações abaixo do grau de investimento. A agência manteve perspectiva estável, o que indica que a avaliação do país não mudará nos próximos meses. A última vez em que a Fitch havia elevado a nota do Brasil tinha sido em julho do ano passado, quando a classificação do país passou de BB- para BB. Na seara de indicadores, saem hoje o resultado primário de maio; consenso LSEG prevê déficit de R$ 58 bilhões; e taxa de desemprego de maio; consenso LSEG prevê taxa em 7,3%.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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