Em dia de feriado que celebra o fim da escravidão nos Estados Unidos, com o fechamento dos mercados à vista, os índices futuros de Nova York operam sem direção única, nesta quarta-feira (19), depois que o índice S&P 500 e o Nasdaq terem atingido novos recordes ontem (18). Por aqui, todas as atenções no anúncio da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. A expectativa é de manutenção dos juros.
Ainda nos Estados Unidos, a Nvidia impulsionou Wall Street. O índice S&P 500 se aproximou da marca histórica de 5.500 pontos ontem após a fabricante de chips de inteligência artificial se tornar a empresa mais valiosa do mundo – superando a Microsoft – prolongando o recorde de alta deste ano.
Na Europa, as bolsas tentam, com pouco sucesso, manter a alta de dois dias nesta quarta-feira (19), enquanto os traders buscam novos catalisadores após os ganhos recentes impulsionados pelas ações de tecnologia.
Por aqui, os recentes aumentos nas projeções para a inflação em 2025 e 2026 mostrados no Boletim Focus no Banco Central, o Copom deve manter a taxa de juros em 10,5% nesta quarta-feira (19).
Outro destaque de hoje é a posse de Magda Chambriard como presidente da Petrobras, em evento no Rio de Janeiro, a partir das 15h30.
Brasil
Perdeu a aposta quem disse que a Bolsa brasileira cairia com as declarações do presidente Lula na terça-feira (18), sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No fim do dia, o Ibovespa fechou o pregão de ontem com avanço de 0,41%, aos 119.630,44 pontos. Essa é a quarta alta do principal índice da bolsa brasileira em junho.
Ajudaram o indicador a subir a Petrobras e a CSN. Os papéis da petroleira avançaram mais de 3% em reação ao acordo com a Receita Federal, de cerca de R$ 20 bilhões, para encerrar os litígios da companhia no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).
Já o dólar à vista fechou cotado a R$ 5,4342, com alta de 0,23%, enquanto o dólar comercial avançou 0,22%. No mês, o câmbio à vista já ficou 3,51% mais caro e, no ano, subiu quase 12%.
Europa
As bolsas europeias operam no campo negativo, após dados de inflação do Reino Unido ficarem em linha com as expectativas de 2,0%, atingindo a meta do Banco da Inglaterra (BoE) antes da sua decisão sobre a juros que será anunciada amanhã (20).
FTSE 100 (Reino Unido): -0,13%
DAX (Alemanha): -0,28%
CAC 40 (França): -0,44%
FTSE MIB (Itália): -0,01%
STOXX 600: -0,12%
Estados Unidos
Os índices futuros operam majoritariamente em alta, após os recortes do dia anterior. Hoje, os mercados à vista permanecem fechados por lá devido a um feriado (Juneteenth).
Dow Jones Futuro: -0,06%
S&P 500 Futuro: +0,08%
Nasdaq Futuro: +0,19%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, após mais um dia de máximas históricas em Wall Street e de a estrela da inteligência artificial (IA) Nvidia assumir o posto de empresa mais valiosa do mundo.
Das notícias da região, as bolsas chinesas ficaram no vermelho, após o órgão regulatório chinês de valores mobiliários afirmar que vai fortalecer a supervisão de todas as atividades financeiras para prevenir possíveis riscos.
Shanghai SE (China), -0,40%
Nikkei (Japão): +0,23%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,87%
Kospi (Coreia do Sul): +1,21%
ASX 200 (Austrália): -0,11%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em queda, com preocupações sobre a demanda da commodity após um aumento inesperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
Petróleo WTI, -0,49%, a US$ 81,17 o barril
Petróleo Brent, -0,21%, a US$ 85,15 o barril
Agenda
Dia de agenda esvaziada no exterior.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, após as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o mercado estará atento para o posicionamento dos quatro indicados pelo governo Lula – em especial para o voto de Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC e o favorito a assumir o comando da autoridade monetária ao término do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro. Na agenda de hoje, o destaque é a decisão do Copom.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg