Índices futuros sobem com eleições dos EUA e reunião do Fomc no radar; Copom é destaque no Brasil

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central também começa a sua reunião hoje para definir a taxa básica de juros, a Selic.
5 de novembro de 2024

Os índices futuros sobem, enquanto as bolsas europeias caem majoritariamente, nesta manhã de terça-feira (5), com as eleições presidenciais dos EUA dividindo as atenções dos investidores com o início da reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central também começa a sua reunião hoje para definir a taxa básica de juros, a Selic.

No fim de semana, uma pesquisa de intenções de votos mostrou a vice-presidente democrata Kamala Harris com 47% das intenções de voto em Iowa, contra 44% do republicano Donald Trump. O resultado está dentro da margem de erro, de 3,4 pontos percentuais, mas ajudou na desmontagem de parte do “Trump trade” — as apostas no mercado de que o republicano vencerá a corrida eleitoral. De modo geral, a disputa está acirradíssima.

A atenção do mercado também estará voltada para o partido que dominará o Congresso após a eleição nos EUA, considerando que uma vitória expressiva de republicanos ou democratas pode resultar em mudanças significativas nos gastos públicos ou em uma grande reformulação da política tributária.

Mesmo que o resultado ainda demore alguns dias para ser divulgado, os olhares se voltam para a disputa e para a movimentação dos candidatos.

No âmbito da política monetária, tanto o Fed quanto o Copom anunciam suas decisões sobre juros nesta quarta-feira (6). Por lá, a expectativa é de corte de juros, enquanto, por aqui, as projeções indicam alta.

Por aqui, além do início da reunião do Copom, estão previstas as divulgações de balanços corporativos do terceiro trimestre. Os destaques são Pão de Açúcar (PCAR3), PRIO (PRIO3), Gerdau (GGBR4), Raia Drogasil (RADL3), Vibra (VBBR3) e Vivo (VIVT3).

Brasil

O Ibovespa fechou a segunda (4) com alta de 1,87%, aos 130.514,79 pontos, um robusto ganho de 2.394,04 pontos. Essa é a maior alta em um só dia desde os 2,21% de 6 de fevereiro deste ano. O dólar comercial caiu 1,48%, a R$ 5,78, enquanto os DIs (juros futuros) desceram por toda a curva, devolvendo parte das fortes altas da semana passada.

Essa é a resposta do mercado que, depois de tanta pressão em relação ao corte de gastos, ouviu o que queria do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele se reuniu com o presidente Lula logo cedo. Na saída, sem nada definido por conta de agenda de Lula, Haddad disse que “as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico“, então ele acredita que “nós estejamos prontos nesta semana para anunciar”.

Europa

As bolsas europeias operam com queda em sua maioria, enquanto os mercados globais se preparam para a eleição presidencial dos EUA. Por lá, são aguardadas as divulgações de novos balanços empresariais do terceiro trimestre.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,01%
DAX (Alemanha): -0,16%
CAC 40 (França): -0,24%
FTSE MIB (Itália): -0,06%
STOXX 600: -0,15%

Estados Unidos

Wall Street se prepara para as eleições estadunidenses e para o início da reunião do Fomc, que definirá a taxa de juros norte-americana. Amanhã, sai a decisão seguida de coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano.

De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, os traders preveem uma probabilidade de 99% de um corte de um quarto de ponto percentual, após a redução de meio ponto percentual em setembro.

Dow Jones Futuro: +0,05%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,22%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, enquanto os investidores se preparavam para a eleição presidencial dos EUA e um possível corte na taxa de juros pelo Fed no final desta semana.

Shanghai SE (China), +2,32%
Nikkei (Japão): +1,11%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,14%
Kospi (Coreia do Sul): -0,47%
ASX 200 (Austrália): -0,40%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, enquanto os mercados se preparam para as eleições presidenciais dos EUA.

Petróleo WTI, +0,11%, a US$ 71,55 o barril
Petróleo Brent, +0,08%, a US$ 75,14 o barril

Agenda

Nos EUA, saem a balança comercial (set) e o índice ISM do setor de serviços (out).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros para discutir medidas de contenção de gastos foi encerrada no início da noite de ontem sem anúncio ou entrevista coletiva, com o Ministério da Fazenda apontando que o debate seguirá na terça-feira. “O Ministério da Fazenda informa que na reunião desta segunda-feira, o quadro fiscal do país foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão”, disse a pasta em nota. De acordo com o ministério, na continuidade da reunião na terça-feira outros ministérios serão chamados pela Casa Civil “para que também possam opinar e contribuir”. Por aqui, todas as expectativas voltadas para qualquer anúncio sobre o corte de gastos e o início da reunião do Copom.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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