Os índices futuros dos EUA sobem, nesta manhã de terça-feira (27), após o Dow Jones atingir novo recorde de fechamento na véspera, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq recuaram pressionados pelas ações de tecnologia.
Hoje, os investidores aguardam os resultados trimestrais da Nvidia para firmarem suas posições sobre a demanda por inteligência artificial (IA). Ontem (26), as ações da empresa caíram 2,3%.
Além disso, Wall Street está começando a ter uma visão mais pessimista sobre a perspectiva para o petróleo no próximo ano, com Goldman Sachs e Morgan Stanley reduzindo suas previsões de preços à medida que o fornecimento global aumenta, inclusive potencialmente por parte da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados).
Ainda nessa seara, a semana começou com ações voltadas para tensões no Oriente Médio, após o Hezbollah lançar centenas de foguetes e drones contra Israel no domingo. O movimento justificou alguma cautela nos mercados no início da sessão de segunda-feira.
Por aqui, o conselho de administração da Vale elegeu Gustavo Pimenta como o novo presidente da companhia, que vai assumir o comando em 2025. O executivo, atual vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, foi eleito por unanimidade pelos conselheiros.
Na seara de indicadores, o destaque da agenda é a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que deve apontar alta de 0,17% em agosto na comparação mensal, após avanço de 0,30% em julho. Na comparação anual, o indicador deve subir 4,33%.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (26) com forte alta de 0,94%, aos 136.888,71 pontos, um avanço de 1.280,24 pontos. O fechamento de ontem marca também o maior patamar de encerramento de um pregão na história, superando os 136.463,65 pontos da quarta-feira passada (21).
O movimento positivo foi impulsionado, principalmente, pela alta das commodities. A Vale (VALE3) avançou 1,13% puxada pelo minério de ferro. Na esteira, os papéis de outras siderúrgicas também se valorizaram, como Gerdau (+0,77%) e Usiminas (+0,30%).
Apesar do destaque para o minério de ferro, o Ibovespa vem sendo afetado nos últimos dias pelo fluxo estrangeiro, que deve melhorar nos próximos meses, caso o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) confirme o discurso de seu presidente, Jerome Powell, e baixe mesmo os juros nas próximas reuniões.
O dólar à vista fechou em leve alta de 0,24%, cotado a 5,4928 reais. Em agosto, porém, a divisa acumula baixa de 2,88%.
Europa
As bolsas europeias operam no campo positivo, com as ações de Londres retornando de um feriado na segunda-feira.
Na frente de dados, o PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha caiu 0,1% no segundo trimestre, em linha com a leitura preliminar do PIB do segundo trimestre que foi divulgada em julho.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,57%
DAX (Alemanha): +0,38%
CAC 40 (França): +0,41%
FTSE MIB (Itália): +0,44%
STOXX 600: +0,32%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem hoje, com os investidores aguardando dados trimestrais da Nvidia e na expectativa sobre os próximos passos da política monetária estadunidense.
Dow Jones Futuro: +0,09%
S&P 500 Futuro: +0,14%
Nasdaq Futuro: +0,26%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam com baixa em sua maioria, com os investidores avaliando os dados de lucro industrial da China e acompanhando a baixa dos principais índices de Wall Street.
Os lucros industriais da China de janeiro a julho aumentaram 3,6% em relação ao ano anterior, em comparação com um crescimento de 3,5% entre janeiro e junho.
Shanghai SE (China), -0,24%
Nikkei (Japão): +0,47%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,43%
Kospi (Coreia do Sul): -0,32%
ASX 200 (Austrália): -0,16%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa após subirem na sessão anterior devido a preocupações com o fornecimento, motivadas por temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio e pelo fechamento dos campos de petróleo da Líbia.
Petróleo WTI, -0,52%, a US$ 77,02 o barril
Petróleo Brent, -0,38%, a US$ 81,12 o barril
Agenda
Nos EUA saem os dados da confiança do consumidor.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a curva a termo brasileira seguiu precificando ontem uma probabilidade superior a 90% de o Banco Central subir a Selic em setembro, com as taxas dos contratos de curtíssimo prazo encerrando a sessão próximas da estabilidade, enquanto as de prazos maiores cederam, em um dia de variações contidas no mercado de Treasuries. Na seara de indicadores, saem o IPC da Fipe; o INCC-M da FGV; sondagem da construção (FGV); e o grande destaque de hoje, que é o IPCA-15, do IBGE, que deve apontar alta de 0,17% em agosto na comparação mensal, após avanço de 0,30% em julho. Na comparação anual, o indicador deve subir 4,33%.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg