Após dados de inflação ao produtor melhores que o esperado, índices futuros de NY operam em alta nesta 4ª feira (16)

Os investidores americanos ficaram animados com os dados de inflação ao produtor, que apontaram desaceleração. Eles aguardam para hoje os dados de vendas no varejo de outubro.
16 de novembro de 2022

Os índices futuros de Nova York estão operando em trajetória de alta nesta manhã de quarta-feira (16), ampliando os ganhos da véspera, com os investidores animados após os dados de inflação ao produtor apontarem desaceleração. Eles também aguardam dados de vendas no varejo de outubro.

O índice de preços ao produtor nos EUA subiu 0,2% em outubro, ante a estimativa de 0,4%. Com isso, os agentes do mercado financeiro acreditam que a economia esteja vivendo um momento de desaceleração e, consequentemente, isso pode sinalizar que o Fed (Federal Reserve) manterá uma política monetária menos austera para controlar a inflação.

As vendas no varejo que serão publicadas hoje podem oferecer outra visão do comportamento do consumidor em meio à inflação. A previsão do consenso Refinitiv é de alta de 1% em outubro na comparação com setembro.

O mesmo movimento, no entanto, não se vê nos mercados europeu e asiático, onde as bolsas operam em baixa hoje. Líderes mundiais se reuniram em Bali, na Indonésia, para o segundo dia da cúpula do Grupo dos 20. Pesou por lá o ataque sofrido pela Polônia, onde um míssel de fabricação russa matou dois cidadãos. A Rússia negou o ataque.

No campo dos indicadores europeus, a inflação no Reino Unido saltou para 11,1%, a maior alta em 41 anos em outubro, superando as expectativas, já que os preços de alimentos, transporte e energia continuaram pressionando famílias e empresas. Na base mensal, o índice preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 2% em outubro.

Brasil

O Ibovespa acelerou os ganhos na reta final dos negócios, chegando a bater alta de 1,7%, na máxima da sessão, mas reduziu sua valorização, a +1,1%, aos 113,5 mil pontos; enquanto o dólar fechou com queda de 0,64%, a R$ 5,29.

Na manhã desta quarta-feira (16), o dólar comercial opera em baixa de 0,73%, cotado a R$ 5,294 e a R$ 5,296 para venda.

Europa

A maioria das bolsas europeias opera em baixa hoje, devido à instabilidade política dominando a região depois que um míssil atingiu a Polônia, aumentando as tensões entre a Rússia e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

FTSE 100 (Reino Unido), +0,14%
DAX (Alemanha), -0,36%
CAC 40 (França), -0,05%
FTSE MIB (Itália), -0,07%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã, com investidores repercutindo os dados mais fracos da inflação ao produtor. Eles também aguardam para hoje a divulgação das vendas no varejo, os números da produção industrial e do mercado imobiliário.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,17%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,17%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,16%

Ásia

A exemplo do que está ocorrendo na Europa, a maioria dos mercados asiáticos fechou com baixa no segundo dia de reunião do G-20. A região foi impactada pelo ataque à Polônia com um míssil de fabricação russa.

Shanghai SE (China), -0,45%
Nikkei (Japão), +0,14%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,47%
Kospi (Coreia do Sul), -0,12%

Petróleo

As cotações do petróleo operam entre perdas e ganhos, com o aumento de casos de Covid-19 na China provocando preocupações com a menor demanda da commodity pelo maior importador de petróleo do mundo. Além disso, preocupam a escalada das tensões geopolíticas, que podem afetar a oferta de petróleo.

Petróleo WTI, -0,16%, a US$ 96,78 o barril
Petróleo Brent, +0,03%, a US$ 93,89 o barril

Agenda

Nesta quarta-feira, serão divulgados os números de vendas no varejo e de produção industrial nos EUA, ambos referentes ao mês de outubro. Para o varejo, a previsão do consenso Refinitiv é de alta mensal de 1%. Para a indústria, a média das projeções do mercado aponta para um avanço de 0,2%.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sinalizou que apoia o Bolsa Família, como vai voltar a se chamar o Auxílio Brasil, fora do teto por quatro anos, após conversa com presidente eleito  Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Egito. Lula discursa hoje na Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-27), realizada em Sharm El-Sheik, no Egito. É o segundo dia de compromissos do petista no evento. Na agenda econômica doméstica, será divulgado o IPC-S semanal.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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