As bolsas mundiais estão operando em trajetória mista nesta manhã de sexta-feira (14), um dia depois da divulgação da inflação ao consumidor dos EUA, que subiu 0,4% em setembro ante agosto, para 8,2% no acumulado do ano. O resultado provocou uma reviravolta no mercado de ações, com os papéis negociados em Wall Street caindo para os níveis mais baixos desde 2020 e, no fim do dia, apontando recuperação. Esse movimento pode ser explicado pela projeção de analistas de que a inflação já está próxima do seu pico.
Por sua vez, os índices futuros de Nova York operam em leve baixa nesta manhã, com investidores aguardando os resultados de instituições financeiras importantes. Na lista de divulgação estão os balanços do JPMorgan Chase, Wells Fargo, Morgan Stanley e Citigroup. Outro dado a ser divulgado hoje são as vendas de varejo de setembro.
De seu lado, as bolsas da Europa estão operando em alta e as da Ásia também fecharam em alta, diante da inflação ao consumidor dos EUA e, no caso europeu, os investidores projetam uma reviravolta fiscal do Reino Unido. Já na Ásia, eles aguardam a divulgação de mais estímulos do governo chinês à economia.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (13) em queda, na contramão das bolsas dos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,46%, a 114.300 pontos.
Segundo analistas financeiros, pesou sobre o Ibovespa os dados sobre a inflação nos EUA, divulgados mais cedo, que mostraram que os preços subiram 8,2% no acumulado em 12 meses até setembro, indicando que a alta dos juros nos deve continuar por lá.
Nas negociações do dia, o dólar ficou estável, com alta de apenas 0,01%, cotado a R$ 5,272 na compra e a R$ 5,273 na venda.
Europa
As bolsas europeias operam em trajetória de alta nesta manhã. Os investidores aguardam notícias a respeito do governo do Reino Unido, que pode dar um passo atrás em suas decisões fiscais. A expectativa surgiu depois que o ministro das Finanças, Kwasi Kwarteng, deixou as reuniões do FMI (Fundo Monetário Internacional), em Washington, ontem à noite (13), e voltou para Londres alimentando as especulações de que ele e a primeira-ministra, Liz Truss, vão desistir do pacote fiscal.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,90%
DAX (Alemanha), +0,79%
CAC 40 (França), +1,16%
FTSE MIB (Itália), +1,24%
Estados Unidos
Já os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, depois da disparada dos índices à vista na véspera, com investidores voltando as atenções para os lucros dos grandes bancos, que serão divulgados hoje.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,16%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,19%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,37%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em alta, com destaque para índice Nikkei, do Japão, que subiu mais de 3%, depois da divulgação da inflação ao consumidor dos EUA ontem. Já no mercado de câmbio, o dólar voltou a subir em relação ao iene e atingiu 147,64.
Shanghai SE (China), +1,84%
Nikkei (Japão), +3,25%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,21%
Kospi (Coreia do Sul), +2,30%
Petróleo
No sentido contrário, as cotações do petróleo operam com recuo nesta manhã, após a divulgação de que os estoques de petróleo e de gasolina nos Estados Unidos estão mais altos. Enquanto isso, a Arábia Saudita e Washington continuaram a discordar dos planos da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) de reduzir a produção. Os estoques de petróleo bruto cresceram 9,9 milhões de barris na semana, para 439,1 milhões de barris, segundo dados da Agência de Internacional de Energia (EIA) nos EUA.
Petróleo WTI, -0,43%, a US$ 88,73 o barril
Petróleo Brent, -0,48%, a US$ 94,12 o barril
Agenda
Hoje, nos EUA, será divulgada uma série de balanços de instituições financeiras e, também, do varejo americano em setembro. O consenso Refinitiv projeto vendas 0,1% menores em setembro, ante queda de 0,3% um mês atrás. Também será divulgado o índice de preços de exportação de setembro nos EUA, com previsão de queda de 1%.
Por aqui, no Brasil, no campo político, saem do forno mais duas pesquisas eleitorais: XP/Ipespe e DataFolha. No âmbito econômico, a semana termina com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Brasil, referente a agosto. O consenso Refinitiv prevê um crescimento de 0,2% na comparação com julho e de 6,9% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências