Um dia depois de os EUA divulgarem dados da inflação um pouco menores que o esperado, os índices futuros do país e as bolsas da Europa operam com alta nesta manhã de quinta-feira (11). Para hoje, os investidores aguardam a divulgação da decisão do Banco da Inglaterra sobre os juros e a inflação ao produtor dos Estados Unidos.
Ontem (10), foi divulgada a inflação ao consumidor dos EUA (CPI, na sigla em inglês), que subiu 0,4% em abril, em linha com as estimativas de analistas, após alta de 0,1% em março. Já na base anual, a alta foi de 4,9%, ante expectativa de 5%. Resta saber agora como a informação vai impactar a próxima decisão do Fed (Federal Reserve) sobre a taxa de juros.
Ainda nos Estados Unidos, investidores também aguardam para hoje a divulgação dos números semanais de pedidos de seguro-desemprego da semana anterior, outro termômetro importante para saber o quão aquecido está o mercado de trabalho norte-americano.
Outro assunto no radar dos investidores são as negociações do governo norte-americano com o Congresso a respeito do teto da dívida dos Estados Unidos, hoje em US$ 31,4 trilhões. Os republicanos, do partido de oposição, continuam insistindo em cortes de gastos.
O impasse abalou os investidores levando o custo do seguro de exposição à dívida do governo dos EUA a níveis recordes, à medida que Wall Street fica mais preocupada com o risco de um calote sem precedentes.
Na Europa, agentes do mercado esperam que o banco central do Reino Unido aumente a taxa de juros pela 12ª reunião consecutiva. Em sua maioria, analistas esperam alta de 25 pontos-base no indicador, para 4,5%.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (10) em alta, após uma sessão marcada por volatilidade. Investidores monitoraram a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, que vieram abaixo do esperado, e repercutiram os resultados corporativos do dia. Em seu quinto pregão consecutivo de alta, o principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,31%, aos 107.448 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o grande destaque do dia ficou com a divulgação da inflação norte-americana, que subiu 0,4% em abril e acumula alta de 4,9% em 12 meses, contra as expectativas de alta anual de 5%. A inflação nos EUA continua muito acima da meta do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de 2% em 12 meses.
Nas negociações do dia Ibovespa, o dólar fechou em alta de 0,75% frente ao real, cotado a R$ 4,949 na compra e R$ 4,95 na venda.
Europa
As bolsas da Europa têm opera no campo positivo nesta manhã, à medida que investidores digerem os últimos dados de inflação nos EUA e se preparam para a decisão sobre a taxa de juros do Reino Unido.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,18%
DAX (Alemanha), +0,12%
CAC 40 (França), +0,62%
FTSE MIB (Itália), +0,05%
STOXX 600, +0,39%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de quinta-feira, após dados de inflação ao consumidor virem em linha com a expectativa de analistas e à espera de inflação ao produtor. O consenso Refinitiv aponta para alta de 0,3% na base mensal e 2,4% na base anual. Para hoje também são aguardados dados do seguro-desemprego do país.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,12%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,28%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,36%
Ásia
Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam com baixa em sua maioria, à medida que investidores digerem dados de inflação vindos dos Estados Unidos e da China. Neste último caso, o indicador subiu 0,1% em abril em relação ao ano anterior, o mais lento desde o início de 2021. Na comparação mensal, os preços caíram 0,1%.
Shanghai SE (China), -0,29%
Nikkei (Japão), +0,02%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,09%
Kospi (Coreia do Sul), -0,22%
ASX 200 (Austrália), -0,05%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta, depois que a forte demanda por combustíveis nos EUA superou as preocupações sobre a possibilidade de o maior produtor e consumidor de petróleo do mundo deixar de pagar sua dívida.
Petróleo WTI, +0,94%, a US$ 73,24 o barril
Petróleo Brent, +0,93%, a US$ 77,14 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, o destaque é a divulgação do índice de preços ao produtor americano de abril, com consenso Refinitiv prevendo alta de 0,3% na base mensal e 2,4% na base anual. Também são aguardados para hoje os pedidos de seguro-desemprego semanal.
Na Europa, o destaque é a divulgação da nova taxa de juros pelo Banco da Inglaterra.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o grupo de trabalho (GT) da reforma tributária na Câmara adiou a entrega do relatório da proposta, antes prevista para a próxima terça-feira (16). De acordo com o coordenador do GT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), o documento deve vir à público no fim de maio, ou, no máximo, no início de junho. Agenda de indicadores esvaziada nesta quinta-feira.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e InfoMoney
