A inflação de longo prazo da zona do euro superou 2,40% nesta quarta-feira (13), muito acima da meta de 2% da autoridade monetária, que se reúne na quinta-feira. Na última década, é o maior percentual.
Também a inflação britânica acelerou para 7,0% em março sobre um ano antes, contra 6,2% em fevereiro, maior taxa desde março de 1992, há 30 anos, e mais do que o esperado pela maioria dos economistas, segundo pesquisa da Reuters.
Na base mensal, a alta de 1,1% foi a maior para o período desde o início da série histórica da Agência Nacional de Estatísticas, em 1988. Os aumentos de preços foram generalizados, de combustíveis a alimentos e móveis. O swap de inflação a termo de cinco e cinco anos da zona do euro foi ao maior patamar desde 2012.
Para analistas do mercado na Europa, a alta inflação definitivamente está testando a determinação e posição do Banco Central Europeu. Há a preocupação de que a inflação esteja fora de controle, apesar de muitos dizerem que o risco é pequeno.
O indicador estava em cerca de 2,20% antes da invasão da Ucrânia pela Rússia e em torno de 2% no início do ano.
Uma pesquisa da Reuters da semana passada mostrou que os economistas ainda esperam que a inflação da zona do euro, que atingiu 7,5% em março, atinja seu pico neste trimestre.
Na Inglaterra, os consumidores estão enfrentando o maior aperto do custo de vida desde que os registros começaram, na década de 1950, de acordo com especialistas do orçamento britânico, e a inflação elevada é mais uma notícia ruim para o governo.
A invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro elevou ainda mais os preços da energia, e no mês passado o Gabinete para Responsabilidade Orçamentária projetou que o pico da inflação será alcançado no último trimestre de 2022, a uma máxima de 40 anos de 8,7%.
Os mercados financeiros projetam que o banco central britânico elevará a taxa de juros de 0,75% para 1% em 5 de maio, e que ela chegará a 2%-2,25% até o fim de 2022.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias