A disputa eleitoral no segundo semestre deve provocar uma intensa volatilidade – sobe e desce do preço das ações das empresas – na Bolsa de Valores. Com isso, o mais famoso índice da bolsa, o Ibovespa, vai oscilar mais, tirando o sono daqueles investidores que gostam de estabilidade nos ganhos. Para quem gosta de renda variável, é importante priorizar ações de empresas que sofrem menos nos períodos de eleição.
Ações de empresas de consumo costumam passar os períodos de turbulência política local com menos perdas, como Americanas e Pão de Açúcar, por exemplo.
Já as ações de estatais – empresas com participação do Governo – apresentam historicamente alta performance positiva ou negativo que resvalam no índice Ibovespa nos momentos de eleição. Ou seja, uma montanha russa que nem todos conseguem suportar com sangue frio. Quem decidir investir nas empresas estatais precisa estar ciente dos riscos, principalmente, em um ano eleitoral.
Tudo vai depender das medidas anunciadas no plano de governo de cada candidato. Os anúncios de intervenções do poder público nem sempre vão ao encontro dos interesses do acionistas. Daí, a ação pode subir ou cair.
Para se ter uma ideia, segundo dados da XP Investimentos, em 2002, as ações brasileiras caíram quase (-) 30% nos seis meses antes das eleições daquele ano, e subiram 27% durante o semestre seguinte. Porém, em 2014, em ambas janelas de seis meses, antes e depois das eleições, os retornos foram positivos.
Para o final de 2022, o cenário base do Ibovespa, traçado pela XP Investimentos, seria de 123.000 pontos. No cenário pessimista, o índice da bolsa brasileira registraria 93.000 pontos e, no cenário otimista, em 145.000. Nas três metodologias de cálculo, para se chegar ao valor justo, foi usado o preço/lucro projetado, EV/EBITDA projetado e fluxo de caixa descontado.
Redação ICL Economia