Instabilidade nos mercados: alta nos futuros dos EUA e queda nas bolsas da Europa

Investidores aguardam a divulgação dos últimos dados de inflação dos EUA, que saem nesta quarta-feira
13 de julho de 2022

Nesta manhã de quarta-feira (13), há certa instabilidade nos mercados, com ligeira alta nos índices futuros dos EUA e queda nas bolsas da Europa. Todos os olhos estão voltados para a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) dos EUA e, em meio à temporada de balanços, a cautela deverá orientar os negócios no mercado financeiro. Se espera um novo acréscimo do IPC de junho nos EUA: a maioria dos economistas avalia que subirá de 8,6% em maio para 8,8%, quebrando mais um recorde. Os preços nos EUA já estão no seu maior nível em quatro décadas. A provável leitura mais alta deve reforçar a indicação do Fed (Federal Reserve), de subir mais 75 pontos base nos juros durante a reunião deste mês.

Brasil

O Ibovespa perdeu boa parte dos seus ganhos na reta final do pregão de terça-feira (12), acompanhando o que foi visto nos EUA. Porém, no final do dia, o índice conseguiu fechar praticamente estável, apontando leve alta de 0,06%, para 98.271 pontos. O dólar continua a se valorizar frente a outras moedas. O destaque de terça foi para a paridade entre o dólar e o euro, a primeira ocorrida em duas décadas. A moeda americana teve alta de 1,27%, fechando o dia cotada a R$ 5,439.

Europa

As bolsas da Europa operam no vermelho nesta manhã, enquanto os investidores se preparam para os últimos dados de inflação dos EUA. Um movimento mais agressivo por parte do Fed poderia debilitar ainda mais o eurodólar, levando a moeda do bloco abaixo da paridade com o dólar, segundo analistas. A forte apreciação da moeda americana aumenta a lista dos fatores que ameaçam as margens de lucro das empresas.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,99%
DAX (Alemanha), -0,71%
CAC 40 (França), -0,37%
FTSE MIB (Itália), -1,01%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã, com os investidores no aguardo do relatório de inflação. Também há expectativa pela publicação do Livro Bege, o qual deve mostrar os efeitos dos juros mais altos na economia americana.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,24%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,36%

Ásia

A maioria das bolsas da Ásia-Pacífico subiram com a divulgação de dados comerciais da China, enquanto o Banco da Coreia e o Banco da Reserva da Nova Zelândia aumentaram as taxas de juros. Os dados da balança comercial chinesa mostraram aumento de 17,9% nas exportações denominadas em dólar, em junho, acima da alta de 12% que os analistas esperavam.

Shanghai SE (China), +0,09%
Nikkei (Japão), +0,54%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,22%
Kospi (Coreia do Sul), +0,47%

Petróleo

As cotações do petróleo estão em alta nesta manhã, mesmo com os dados de estoque dos EUA mostrando acúmulos de petróleo bruto e produtos refinados em meio a crescentes temores de uma desaceleração econômica global.

Petróleo WTI, +1,37%, a US$ 97,16 o barril
Petróleo Brent, +1,43%, a US$ 100,91 o barril

Agenda

Nos EUA, será divulgado o Livro Bege – um sumário da situação econômica nos 12 distritos do Federal Reserve. O documento deve mostrar os efeitos dos juros mais altos na economia americana. Ainda nesta quarta-feira, será divulgado um importante indicador de inflação dos EUA: o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). Saem ainda os dados da variação de estoques de petróleo – EIA –, com projeção Refinitiv de queda de 1,933 milhão de barris, e o balanço orçamentário federal.

Por aqui no Brasil, serão divulgados os números das vendas no varejo de maio; fluxo cambial semanal; e o vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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