O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou para esta sexta-feira (6) a primeira reunião ministerial de seu terceiro mandato. Os 37 ministros de Estado que começam a gestão na Esplanada devem estar às 9h30 no Palácio do Planalto, em Brasília, que passa pelas etapas finais de uma varredura e limpeza nos dias iniciais do governo.
De acordo com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, a primeira reunião ministerial servirá para promover o “alinhamento das ações de governo e de procedimentos”, visando a garantir uma “ação coordenada e articulada da gestão”, o que ele classificou como uma “governança transversal”.
“O espírito da reunião é isso, garantindo método, diretrizes, e garantindo que haja transversalidade no governo”, disse Costa, em conversa com jornalistas no Salão Nobre do Palácio do Planalto, antes da posse de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente ontem (4).
Estarão na pauta da reunião a avaliação da máquina pública, classificada como em situação de “terra arrasada” depois de quatro anos de Jair Bolsonaro. Além disso, serão propostas medidas emergenciais que poderão dar o tom dos primeiros 100 dias de governo, com enfoque principal em áreas sociais.
Reunião ministerial também deve discutir articulação política com o novo Congresso, que toma posse em 1º de fevereiro
Discussões preliminares sobre a articulação política com o novo Congresso Nacional, que toma posse em 1° fevereiro, devem também estar na agenda. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, será o responsável pelas conversações com o Legislativo, além de outras instituições.
Ontem, Padilha já se reuniu com Lula. Ambos conversaram “sobre os o próximos passos para restabelecer o diálogo entre governo, estados, municípios e instituições”, disse o ministro em seu perfil oficial no Twitter. “Vamos unir e reconstruir o Brasil!”
Na cerimônia de transmissão de cargo, Padilha destacou o diálogo como principal atributo de sua pasta, em contraste com a gestão truculenta de Bolsonaro, cujo ministro equivalente era Ciro Nogueira. “O ministério tem a responsabilidade de recriar um programa da reabilitação do respeito institucional, que foi desmontado”, disse o ministro na posse.
No diálogo com os estados, segundo ele, não serão excluídos nem mesmo governadores bolsonaristas, como o de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com quem Padilha declarou que terá “as melhores relações republicanas”. Entre outros, Cláudio Castro e Jorginho Mello, ambos do PL e, respectivamente, governadores do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, também estão na lista.
Na reunião de sexta, cada ministro deverá expor preliminarmente algumas medidas para dar início à reconstrução do país. Responsável pela Saúde, a ministra Nísia Trindade disse, no dia da posse de Lula, no último domingo (1°), que a retomada dos esquemas de vacinação atrasados será a primeira prioridade.
Ela também pretende estabelecer um cronograma de contato com os municípios e estados para revigorar o SUS (Sistema Único de Saúde), que salvou o Brasil de uma catástrofe maior na pandemia, apesar da tentativa bolsonarista de sucatear o sistema.
Redação ICL Economia
Com informações da Rede Brasil Atual