Maioria dos mercados mundiais opera em alta, repercutindo 1ª queda da inflação chinesa desde fevereiro de 2021

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho da China chegou a -0,3% na comparação anual, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
9 de agosto de 2023

A maioria dos mercados mundiais está operando no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (9), em dia de agenda internacional esvaziada e com os investidores ainda repercutindo os dados de inflação da China.

As bolsas da Ásia fecharam mistas, com destaque para as ações na China, que fecharam em baixa depois que a inflação ao consumidor chinês caiu para território negativo em julho pela primeira vez desde fevereiro de 2021.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho chegou a -0,3% na comparação anual, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) caiu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Nos Estados Unidos, os investidores estão aguardando pela divulgação do CPI amanhã (10), que será um balizador importante para a próxima reunião do Fed (Federal Reserve), no fim de setembro, para definição da taxa de juros.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (8) em queda, com investidores repercutindo a ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada pela manhã. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,24%, aos 119.090 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores ficaram cautelosos com a notícia de que o colegiado descartou a possibilidade de reduções mais expressivas na taxa de juros. O documento sinaliza que o Comitê prevê novos cortes de 0,50 ponto percentual na Selic nos próximos meses, avaliando que esse é o “ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista para o processo desinflacionário”.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar subiu apenas 0,06% frente ao real, negociado a R$ 4,787 na compra e a R$ 4,898 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta, com a atenção dos investidores dividida entre os dados de inflação da China e os novos impostos sobre o lucro de bancos italianos.

As ações dos bancos italianos caíram ontem (8), depois que o governo italiano anunciou um imposto sobre a margem financeira líquida (NII, na sigla em inglês), na última segunda-feira (7).

Mas, após a repercussão negativa, o governo italiano reduziu o imposto sobre NII, limitando-o a 0,1% dos ativos ponderados pelo risco.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,86%
DAX (Alemanha), +1,31%
CAC 40 (França), +1,53%
FTSE MIB (Itália), +2,07%
STOXX 600, +1,02%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no território positivo, revertendo as perdas da véspera, ocasionadas especialmente por conta de dados econômicos fracos da China e os cortes de classificação de crédito da Moody’s em 10 bancos pequenos e médios.

Alguns agentes do mercado estavam preocupados que a sinalização pudesse significar mais problemas para os mercados à frente, mas outros dizem que a retração é esperada devido à recuperação extraordinária das ações neste ano.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,23%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,35%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,44%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com destaque para queda das ações na China e Hong Kong devido aos preços ao consumidor da China caindo para território negativo em julho, pela primeira vez em 28 meses.

Shanghai SE (China), -0,49%
Nikkei (Japão), -0,53%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,32%
Kospi (Coreia do Sul), +1,21%
ASX 200 (Austrália), +0,37%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com alta, à medida que os temores de uma oferta mais apertada decorrente dos cortes de produção da Arábia Saudita e da Rússia superaram as preocupações com a demanda alimentados por dados pessimistas da China.

Petróleo WTI, +0,36%, a US$ 83,22 o barril
Petróleo Brent, +0,34%, a US$ 86,42 o barril

Agenda

Agenda internacional esvaziada nesta quarta-feira (9).

Por aqui, no Brasil, no noticiário político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou ao senador Eduardo Braga (MDB-AM) um estudo da pasta apontando que a alíquota total do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), a ser criado com a reforma tributária, ficará entre 25,45% e 27%, de acordo com os critérios aprovados pela Câmara dos Deputados. Na agenda de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje as vendas do varejo referentes a junho. O Itaú prevê uma alta mensal de 0,4% no índice amplo e de 6,1% em bases anuais.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.