O governo Lula publicou edital, nesta segunda-feira (22), abrindo 5.970 vagas para o Programa Mais Médicos, que serão distribuídas em 1.994 municípios brasileiros. As inscrições começam na próxima sexta-feira (26) e vão até 31 de maio. Por ora, a prioridade do governo será contratar médicos brasileiros formados em universidades brasileiras ou com diplomas revalidados aqui. As vagas remanescentes serão destinadas a médicos formados no exterior, sejam eles nascidos no Brasil ou não.
Do total de vagas oferecidas, mais de mil serão destinadas a dar cobertura à região Amazônica, que sofreu sucateamento no atendimento à saúde principalmente ao longo da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cada bolsa-formação concedida pelo programa será no valor de R$ 12.386,50 por 48 meses prorrogáveis pelo mesmo período. No entanto, de acordo o o jornal O Estado de S. Paulo, o valor poderá superar R$ 1 milhão ao fim de quatro anos de contrato para aqueles que atuarem em área de vulnerabilidade e considerada de difícil fixação. Nesses casos, os valores vão de R$ 60 mil a até R$ 475 mil.
Mais das metade das vagas do programa serão destinadas a cidades do Norte e Nordeste do país, mas, em números absolutos, São Paulo, Pará e Rio Grande do Sul serão os principais beneficiários. Capitais representam 19,1% dos cargos.
Relançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a nova versão do Mais Médicos terá, ao todo, 15 mil vagas, com investimento de R$ 712 milhões somente neste ano.
O edital de hoje corresponde à primeira leva do programa. As outras cerca de 10 mil serão em um formato com contrapartida dos municípios, o que garante às prefeituras menor custo e mais condições de permanência nessas localidades.
Objetivo do novo Mais Médicos é cobrir vagas ociosas e expandir atendimento na região da Amazônia Legal
O secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço, disse ao jornal O Estado de S.Paulo que o objetivo do edital é alimentar vagas ociosas e expandir o atendimento na Amazônia Legal, com abertura de mil vagas na região. “2022 foi o ano em que os programas de providência encerraram com o menor número de participantes, levando em consideração os últimos dez anos. Tinham muitas equipes que estavam sem médico”, disse ao jornal.
Um dos principais problemas do Mais Médicos sempre foi a distribuição desigual. Sendo assim, para incentivar a cobertura nas regiões mais distantes, o governo decidiu pagar o bônus salarial.
Além disso, possibilidade de usar o programa como uma pós-graduação, na visão de Proenço, são uma “resposta importante”. Porém, ele compreende que só isso não basta. “É bastante complexo. Depende também da oferta de residência”, pontuou.
Do total de vagas distribuídas, aproximadamente oito a cada dez são fora de capitais. Em números absolutos, porém, Manaus (256), São Paulo (150), Boa Vista (134), Fortaleza (91) e Rio (79) aparecem como as principais beneficiárias.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e O Estado de S.Paulo