Mercados mundiais em alta na véspera das decisões sobre os juros nos EUA e no Brasil

Na agenda de indicadores de hoje no Brasil, saem o IGP-10 e a Sondagem Industrial de setembro da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
17 de setembro de 2024

Os mercados mundiais estão em operando no campo positivo, nesta manhã de terça-feira (17), com os investidores aguardando o grande momento da semana, que é a decisão sobre os juros nos Estados Unidos, a ser anunciada amanhã (18). No Brasil, também tem reunião para definir o futuro da política monetária.

Nesta terça-feira (17), tanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) quanto o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil começam suas reuniões. As decisões serão anunciadas amanhã (18).

Por aqui, a expectativa é de alta da taxa básica de juros, a Selic, de 10,50% para 10,75% ao ano. No entendimento do mercado, a autoridade monetária vai subir os juros diante dos bons números da atividade econômica, que sugerem pressões inflacionárias no futuro.

Nos Estados Unidos, pelo contrário, é aguardada queda de 0,25 ponto percentual nos juros, atualmente na faixa dos 5,25% a 5,50%, pois a economia norte-americana dá sinais de que está em um “pouso suave” após manter-se aquecida nos últimos tempos. Se for confirmado, será o primeiro corte nos juros após pouco mais de quatro anos.

Ainda nos EUA, são aguardados para hoje os dados das vendas no varejo, que devem fornecer mais pistas sobre a saúde da maior economia mundo e, consequentemente, impactar na decisão do Fed de amanhã.

Na Europa, as ações sobem nesta manhã, enquanto os traders aguardam um conjunto final de dados econômicos dos EUA que pode ajudar a determinar o tamanho do corte da taxa de juros por lá. Lembrando que, na quinta-feira (19), o BoE (Banco da Inglaterra) também anuncia sua decisão sobre os juros.

Na agenda de indicadores de hoje no Brasil, saem o IGP-10 e a Sondagem Industrial de setembro da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Brasil

Ibovespa começou a semana com alta de 0,18%, aos 135.118,22 pontos, emendando dois pregões consecutivos fechando no positivo, após alguns dias de alternância.

Em um dia com agenda esvaziada por aqui e lá fora, o mercado financeiro já começa a precificar a ‘Super Quarta’, quando serão anunciadas decisões sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil.

Nesta terça-feira (17), tanto o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) quanto o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil começam suas reuniões. As decisões serão anunciadas amanhã (18).

O dólar comercial encerrou o dia com queda de 1,03%, a R$ 5,51.

Europa

As bolsas europeias avançam hoje, à medida que investidores esperam o conjunto final de dados econômicos dos EUA que podem determinar o tamanho do corte da taxa de juros do Fed amanhã.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,82%
DAX (Alemanha): +0,31%
CAC 40 (França): +0,46%
FTSE MIB (Itália): +0,62%
STOXX 600: +0,51%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam com ganhos, com os investidores à espera dos dados do varejo e da produção industrial nos Estados Unidos de agosto.

Dow Jones Futuro: +0,13%
S&P 500 Futuro: +0,20%
Nasdaq Futuro: +0,33%

Ásia

Os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam mistos, com o índice Nikkei, de Tóquio, caindo mais de 1% com o fortalecimento do iene, enquanto os investidores aguardam o Fed iniciar seu ciclo de flexibilização monetária.

Shanghai SE (China), fechado por feriado
Nikkei (Japão): -1,03%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,37%
Kospi (Coreia do Sul): fechado por feriado
ASX 200 (Austrália): +0,24%

Petróleo

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade após alta da véspera, com o mercado observando as preocupações com a produção dos EUA após o furacão Francine e as expectativas de menores estoques de petróleo bruto nos EUA.

Petróleo WTI, +0,11%, a US$ 70,17 o barril
Petróleo Brent, -0,01%, a US$ 72,72 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem as vendas no varejo e a produção industrial de agosto.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na segunda que eventos extraordinários que não se repetem devem ser tratados de “forma segregada” em relação ao arcabouço fiscal, citando como exemplo as queimadas em vários pontos do país. Em evento promovido pelo jornal Valor Econômico, Haddad disse que os gastos com combate aos incêndios não desviam do foco da regra fiscal e que despesas extraordinárias para mitigar esse tipo de evento, como também as enchentes no Rio Grande do Sul, não violam o espírito do arcabouço. Na seara de indicadores, saem o IGP-10 e a sondagem industrial de setembro da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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