Maioria dos mercados mundiais opera em alta em início de semana recheada de dados econômicos importantes

Além disso, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, será sabatinado por dois dias seguidos no Congresso a respeito do futuro da política monetária dos EUA e possíveis riscos de recessão
6 de março de 2023

A maioria dos mercados mundiais opera em alta nesta manhã de segunda-feira (6), com os investidores aguardando os vários dados econômicos que serão divulgados, além de comentários do presidente Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, com indicações sobre os próximos passos da política monetária norte-americana.

Powell será sabatinado por dois dias seguidos no Congresso, com início marcado para amanhã (7). Deverá responder a questionamentos sobre os riscos de uma recessão diante de uma política de juros altos.

Outro destaque na agenda de indicadores dos EUA  são os dados do mercado de trabalho (payroll) de fevereiro, que será divulgado na sexta-feira (10), com consenso Refinitiv prevendo que 200 mil vagas de emprego tenham sido criadas fora do setor agrícola.

Nesta segunda-feira, os índices futuros dos EUA operam sem direção definida, do mesmo modo que os mercados europeus. Na Europa, os investidores estão aguardando os dados do varejo da zona do euro e, também, os comentários do presidente do Fed nesta terça-feira.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta, exceto a Bolsa de Shanghai, após o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmar que a meta de crescimento do país em 2023 é de “cerca de 5%”.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (3) em alta, acompanhando o bom desempenho dos mercados internacionais e impulsionada pelo forte avanço dos papéis da Petrobras. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,52%, aos 103.865 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutem as declarações do presidente Lula sobre a taxa de juros e a possível mudança da política de preços da Petrobras, anunciadas pelo presidente da Estatal, Jean Paul Prates.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu 0,07% frente ao real, cotado a R$ 5,200 na compra e na venda.

Europa

Grande parte das bolsas da Europa opera em alta, com investidores atentos aos dados do varejo da zona do euro e aos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, amanhã. As vendas no varejo da zona do euro cresceram 0,3% na passagem de dezembro para janeiro, para uma queda anual de 2,3%. O consenso esperava alta de 1% na base mensal e queda de 1,8% na base anual.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,09%
DAX (Alemanha), +0,36%
CAC 40 (França), +0,61%
FTSE MIB (Itália), +0,75%
STOXX 600, +0,29%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA também operam mistos hoje, com os investidores na expectativa de uma semana recheada de dados econômicos importantes e a sabatina do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, no Congresso a partir de amanhã.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,07%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,01%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,05%

Ásia

As bolsas da Ásia também fecharam em alta, em sua maioria, com exceção da Bolsa de Shanghai, como um reflexo da fala do primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que afirmou que a meta de crescimento do país para este ano é de cerca de 5%, ou seja, um pouco abaixo daquela feita em 2022, quando a previsão era de crescimento de 5,5%.

Em 2022, o PIB (Produto Interno Bruto) chinês avançou 3%. Foi a segunda taxa de crescimento econômico mais fraca do país desde 1976.

Shanghai SE (China), -0,19%
Nikkei (Japão), +1,11%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,17%
Kospi (Coreia do Sul), +1,20%
ASX 200 (Austrália), +0,62%

Petróleo

Os preços do petróleo também operam com baixa, depois que a China estabeleceu meta modesta para o crescimento econômico este ano. A perspectiva de crescimento econômico menor do gigante asiático preocupa, pois a China é o segundo maior consumidor mundial de petróleo.

Petróleo WTI, -0,56%, a US$ 79,23 o barril
Petróleo Brent, -0,64%, a US$ 85,28 o barril

Agenda

Agenda de indicadores esvaziada nesta segunda-feira. Para hoje, está prevista apenas a divulgação dos últimos pedidos de fábrica. Os economistas esperam um declínio de 1,8% em janeiro.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, as atenções se voltam para a publicação da nova regra fiscal, a ser anunciada por Fernando Haddad (Fazenda) antes da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). O objetivo é mostrar um plano claro, que afaste qualquer temor sobre uma eventual explosão da dívida pública. Na agenda econômica da semana, estão previstas as divulgações do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor) de fevereiro, na sexta-feira (10), e, um dia antes, na quinta (9), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Hoje, sai o Boletim Focus, que traz previsões dos indicadores econômicos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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