Em dia de inflação e início da reunião do Fed nos EUA, mercados mundiais amanhecem no azul

Por aqui, a agenda também prevê a divulgação do IPCA de novembro e início da reunião do Copom do Banco Central, que definirá a próxima taxa básica de juros (Selic).
12 de dezembro de 2023

Os mercados mundiais amanhecem otimistas, nesta terça-feira (12), dia de início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve) e de divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que pode ajudar a definir as expectativas do mercado sobre os próximos passos da autoridade monetária em relação a cortes de juros no próximo ano.

A expectativa de economistas é de manutenção da inflação ao consumidor americano em novembro na comparação com o mês anterior, e com alta de 3,1% na base anual.

Sobre os juros, a aposta dos analistas é de que o Fed mantenha a taxa de juros estável na faixa de 5,25% a 5,5%, uma vez que os dados sobre o mercado de trabalho, na sexta-feira passada (8), mostram resiliência, o que pode sinalizar pressões inflacionárias. Ou seja, a autoridade monetária dos EUA deve adotar a cautela na reunião que começa hoje e termina amanhã (13).

No Brasil, hoje também começa a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que deve promover mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), atualmente em 12,25%.

Hoje, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) também divulga a inflação oficial de novembro, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A expectativa do consenso de mercado é de aumento de 0,30% na comparação mensal e de 4,70% na base anual.

Os investidores também devem permanecer com os olhos voltados para Brasília, nesta terça-feira, pois os senadores devem votar o projeto que regulamenta as apostas esportivas de cota fixa, as chamadas bets. A matéria é uma das propostas do governo para aumentar a arrecadação federal.

Brasil

Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira (11) com baixa de 0,14%, aos 126.916 pontos.

A bolsa brasileira operou de lado acompanhando a cautela com a China e o recuo das commodities metálicas. Isso porque a segunda maior economia do mundo registrou uma deflação acima do esperado em novembro, o que reforçou o temor sobre a desaceleração da demanda global por minérios.

No entanto, os agentes estão mais focados na série de decisões importantes ao longo desta semana, como as que envolvem os juros nos Estados Unidos e no Brasil, nesta quarta-feira (13), a chamada ‘Super Quarta’.

Nas negociações do dia, o dólar fechou a R$ 4,9369, com alta de 0,15%.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta, em dia de divulgação dos dados do mercado de trabalho do Reino Unido, um importante balizador do quão aquecida ou não está a economia dos países do Reino.

Na quinta-feira (14), o BoE (Banco da Inglaterra) anuncia sua decisão sobre os juros. A expectativa de analistas é de manutenção das taxas de juros agora, mas de início de cortes graduais a partir de 2024.

Os salários na Grã-Bretanha, excluindo bônus, nos três meses até outubro, deverão abrandar para um aumento de 7,4%, segundo estimativa de analistas, em comparação com um aumento de 7,7% em setembro. Os dados provavelmente manterão o banco central alerta para as pressões inflacionárias.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,50%
DAX (Alemanha), +0,09%
CAC 40 (França), +0,19%
FTSE MIB (Itália), +0,32%
STOXX 600, +0,03%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com alta, à medida que os investidores estão no aguardo dos dados da inflação e do início da reunião do Fed (Federal Reserve), que termina amanhã.

Os investidores reduziram ligeiramente as suas expectativas de que o Fed reduza as taxas no início do próximo ano. Os mercados estão agora prevendo uma chance de 45% de um corte nas taxas em março, em comparação com 57% na semana anterior, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,07%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,04%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,13%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia fecharam no azul, com as ações de Hong Kong liderando os ganhos na região.

Por lá, além da expectativa de início da reunião do Fed, os investidores repercutem dados da região. Os preços ao produtor no Japão aumentaram a um ritmo mais rápido do que o esperado, com ganho de 0,3% em termos anuais, em comparação com o aumento de 0,1% estimado por economistas.

O iene japonês mostrou alguma força em relação ao dólar, sendo negociado cerca de 0,1% mais alto, em 146,04, já que os investidores estarão observando atentamente o impacto da decisão do Fed sobre o par dólar/iene.

Shanghai SE (China), +0,40%
Nikkei (Japão), +0,16%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,07%
Kospi (Coreia do Sul), +0,16%
ASX 200 (Austrália), +0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com ganhos, antes dos anúncios de política monetária e dados de inflação e em meio a dúvidas se os cortes de produção por parte da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) no próximo ano compensariam o excesso de oferta de petróleo e o crescimento mais fraco da procura de combustíveis.

Petróleo WTI, +0,35%, a US$ 71,57 o barril
Petróleo Brent, +0,34%, a US$ 76,29 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e tem início a reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, os senadores podem votar nesta terça (12) o projeto que regulamenta as apostas esportivas de cota fixa, as chamadas bets. O texto foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) em 22 de novembro. Desde então, a análise da matéria vinha sendo adiada pelo plenário da Casa. A matéria é uma das propostas do governo para aumentar a arrecadação federal. Na seara econômica, será divulgado hoje o IPCA de novembro. A expectativa de analistas é de aumento de 0,26% na comparação mensal. Também começa hoje a reunião do Copom (Comitê de Política Econômica) do Banco Central, que definirá a próxima taxa básica de juros (Selic).

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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