Os mercados mundiais amanheceram em baixa, nesta manhã de terça-feira (4), com os investidores europeus à espera da decisão sobre os juros pelo BCE (Banco Central Europeu), na quinta-feira (6), e os norte-americanos aguardando dados do mercado de trabalho com o relatório Jolts, a ser divulgado hoje.
A oferta de emprego JOLTs é vista como uma prévia do payroll, o relatório de folha de pagamentos, que é considerado o principal termômetro do mercado de trabalho norte-americano. No mesmo horário, também será divulgado os números de encomenda à indústria dos EUA.
Por aqui, a agenda está quente. O ministério da Fazenda divulga medidas compensatórias da desoneração da folha de pagamento e os detalhes do segundo Projeto de Lei Complementar para regulamentação da Reforma Tributária.
Mas o destaque do dia é a divulgação do PIB do Brasil no 1º trimestre. O consenso do mercado é de que a atividade econômica do país avance 0,8% na base trimestral e traga crescimento de 2,2% no ano.
Brasil
Quase deu para o Ibovespa fechar no positivo ontem (3), com a ajuda dos bancões. Quase, não fosse a Vale e a Petrobras caírem levando o indicador junto.
No fim do pregão, acabou que o principal indicador da Bolsa brasileira fechou com leve baixa de 0,05%, aos 122.031 pontos.
A Vale (VALE3) pressionou o Ibovespa como consequência da forte queda do minério de ferro na China. Os papéis da mineradora caíram 2,10%.
A commodity atingiu ontem o menor valor desde 17 de abril na bolsa de Dalian, no mercado chinês, após fechar em baixa de 2,65%.
Além da variação negativa do minério de ferro, os preços do petróleo também fecharam no negativo, em meio à repercussão da reunião da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) ontem (2), na qual o cartel decidiu prolongar os cortes na produção da commodity até 2025.
O dólar, que encostou em R$ 5,25 no início da sessão, terminou o dia a R$ 5,23, um recuo de 0.32% no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam com perdas, às vésperas da decisão do BCE (Banco Central Europeu) sobre as taxas de juros, na quinta-feira (6). A expectativa é de que haja a primeira redução desde 2019.
Na sexta-feira (7), será divulgada a inflação da região, dado que será monitorado pelos agentes para balizar as apostas sobre as próximas decisões da autoridade monetária.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,63%
DAX (Alemanha): -1,15%
CAC 40 (França): -0,87%
FTSE MIB (Itália): -1,35%
STOXX 600: -0,80%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa, antes da divulgação de dados de abertura de empregos e pedidos de fábrica para abril.
Na véspera, os índices S&P 500 e Nasdaq terminaram com alta em sessão instável em Wall Street, após dados fracos do setor industrial norte-americano e conforme uma falha na bolsa de valores de Nova York, que ocasionou breves interrupções nas negociações de várias ações. O Dow Jones, por sua vez, perdeu terreno e caiu.
Dow Jones Futuro: -0,55%
S&P 500 Futuro: -0,60%
Nasdaq Futuro: -0,61%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente no negativo, com os mercados chineses e os de Hong Kong sustentados por ações do setor imobiliário diante da expectativa de estabilização na venda de imóveis na China, após medidas de estímulos anunciadas pelo governo.
Shanghai SE (China), +0,41%
Nikkei (Japão): -0,22%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,22%
Kospi (Coreia do Sul): -0,76%
ASX 200 (Austrália): -0,31%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no vermelho, ampliando as perdas da sessão anterior, quando os preços caíram para o nível mais baixo em quatro meses, após decisão da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) de prolongar os cortes da produção até 2025.
Petróleo WTI, -1,75%, a US$ 72,92 o barril
Petróleo Brent, -1,54%, a US$ 77,15 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os dados de encomendas à indústria de abril e ofertas de emprego Jolts.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, nesta terça-feira (4), às 12h30, o ministro em exercício da Fazenda, Dario Durigan, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, o diretor da Sert, Manoel Procopio Jr., e representantes de estados e municípios concederão entrevista coletiva técnica para detalhar o segundo Projeto de Lei Complementar que regulamenta a Reforma Tributária do Consumo. Mais cedo, a Fazenda divulga medidas compensatórias da desoneração da folha de pagamentos. O destaque do dia na seara de indicadores é a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do 1º trimestre, com consenso LSEG prevendo alta de 0,8% na base trimestral e de 2,2% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg