Em semana mais curta no Brasil, mercados mundiais amanhecem no vermelho nesta 2ª feira

Por aqui, os destaques da semana serão as divulgações da ata do Copom, IPCA-15 e Pnad Contínua. Nos EUA, o destaque desta semana é a leitura final do PIB do quarto trimestre de 2023 e dados de inflação.
25 de março de 2024

Os mercados mundiais começam, esta segunda-feira (25), operando majoritariamente em baixa, em semana mais curta aqui no Brasil devido ao feriado da Sexta-Feira Santa.

Embora mais curta, a semana está lotada de indicadores importantes, como o IPCA-15 de março no Brasil, que será divulgado nesta terça-feira (26), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A previsão do mercado é de alta entre 0,30% e 0,35% na comparação mensal.

Amanhã, também será divulgada a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, realizada na semana passada, em que ficou definida a redução em 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros, a Selic, que caiu de 11,25% para 10,75% ao ano.

A divulgação da ata é extremamente importante para que o mercado possa ter um direcionamento sobre os próximos passos da política monetária brasileira.

O destaque da quinta-feira (28) será a Pnad Contínua de fevereiro, com novos dados de emprego. A expectativa do mercado é de taxa de 7,5%. No mesmo dia, o Banco Central apresentará o Relatório Trimestral de Inflação do 1º trimestre.

Lá fora, depois que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) optou por manter as taxas de juros inalteradas na semana passada.

O comunicado da autoridade monetária norte-americana, divulgado com a decisão, indicou uma postura mais cautelosa em relação ao processo de desinflação. Contudo, o presidente do Fed, Jerome Powell, passou uma mensagem mais otimista na coletiva de imprensa, o que catalisou mais uma alta dos índices americanos.

Nos Estados Unidos, o destaque desta semana é a leitura final do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2023 (a leitura preliminar registrou variação trimestral anualizada de 3,2%); e a divulgação dos dados da inflação medida pelo núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) relativos a fevereiro.

Ademais, dirigentes do Fed e do BCE falarão publicamente ao longo da semana, podendo dar orientações adicionais sobre as próximas decisões de nos EUA e na zona do euro.

Brasil

Ibovespa fechou a última sexta-feira (22) com perda de 0,88%, aos 127.027 pontos. A queda, porém, não foi suficiente para deixar a semana negativa, e o principal índice da Bolsa brasileira acumulou uma alta de 0,23% nos cinco pregões, quebrando uma sequência de três semanas fechando no vermelho. O dólar terminou em alta de 0,39%, a R$ 4,99, após chegar aos R$ 5 ao longo do dia. E os DIs (juros futuros) terminaram o dia de forma mista – leve alta nos longos e baixa nos curtos.

Europa

As bolsas europeias operam mistas hoje, em dia de agenda fraca nos Estados Unidos. Por lá, os investidores vão acompanhar as falas de dirigentes de grandes bancos centrais nas próximas horas, em busca de eventuais comentários sobre política monetária ou perspectiva econômica.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,17%

DAX (Alemanha): 0,04%

CAC 40 (França): -0,25%

FTSE MIB (Itália): -0,40%

STOXX 600: -0,15%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam em leve queda na sessão desta segunda-feira, embora o mercado financeiro norte-americano esteja a caminho de seu quinto mês consecutivo de ganhos.

Os principais índices de referência de ações do país alcançaram novos níveis históricos de fechamento na semana passada. O S&P 500 subiu cerca de 2,3%, enquanto o Dow Jones ganhou pouco menos de 2%, na sua melhor semana desde dezembro. O Nasdaq Composite, por sua vez, saltou cerca de 2,9% durante o período.

Os ganhos foram impulsionados pelas sinalizações do Fed (Federal Reserve), que manteve o cronograma de redução das taxas de juros para este ano. As ações de tecnologia também empolgaram os mercados.

Dow Jones Futuro: -0,13%

S&P 500 Futuro: -0,13%

Nasdaq Futuro: -0,18%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta segunda-feira. Os investidores chineses esperam novos dados econômicos.

Shanghai SE (China), -0,71%

Nikkei (Japão): -1,16%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,16%

Kospi (Coreia do Sul): -0,40%

ASX 200 (Austrália): +0,53%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem devido à preocupação com a oferta global mais restrita provocada pela escalada do conflito no Oriente Médio e entre a Rússia e a Ucrânia, enquanto a diminuição do número de plataformas nos EUA aumentou a pressão sobre os preços.

Petróleo WTI, +0,92%, a US$ 81,37 o barril

Petróleo Brent, +0,81%, a US$ 86,12 o barril

Agenda

Agenda de hoje esvaziada, tanto nos EUA quanto no Brasil.

Por aqui, no Brasil, no campo político, a decisão do governo Lula de renegociar a dívida dos estados abriu uma nova frente de insatisfação entre governadores do Norte e Nordeste, que estão menos endividados e reivindicam medidas alternativas para contemplar as regiões. Apenas quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) concentram, sozinhos, 87% da dívida consolidada líquida de todos os entes da Federação, estimada em R$ 826,4 bilhões no fim de 2023.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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