Mercados mundiais operam em baixa, com sentimento de aversão ao risco aflorado após falas de membros do Fed

No Brasil, o IBGE divulga a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do primeiro trimestre.
17 de maio de 2024

Os mercados mundiais operam majoritariamente em baixa, nesta manhã de sexta-feira (17), com os agentes repercutindo o sentimento da véspera, quando membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) trouxeram um tom de cautela em suas falas sobre o futuro da política monetária.

Para hoje, são aguardadas novas falas, em semana marcada por dados de inflação nos EUA, que deslocaram as expectativas de cortes de juros para setembro e dezembro.

As ações europeias operam majoritariamente no negativo hoje, com recuo ainda maior em relação aos níveis recordes desta semana, à medida que as apostas reduzidas de afrouxamento da política monetária pelo Fed levaram a um sentimento de aversão ao risco.

Na China, a produção industrial veio forte e acima do previsto, enquanto as vendas de varejo ficaram aquém das expectativas.

O BC da China vai criar um programa nacional para liberar 300 bilhões de yuans (US$ 41,5 bi) em financiamento barato para ajudar empresas estatais a comprar imóveis não vendidos. O movimento vem em meio à crise imobiliária do país.

No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do primeiro trimestre.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da II Conferência Anual do Banco Central do Brasil, a partir das 9h30.

Brasil

As perdas da Petrobras desaceleraram na quinta-feira (16). Além disso, os bons ventos trazidos pelas commodities e pelo desempenho de alguns segmentos, com destaque para os frigoríficos, ajudaram o Ibovespa a manter o ânimo e fechar no azul, com alta de  0,20%, aos 128.283 pontos.

A propósito, mesmo com os altos e baixos do mercado acionário nos últimos tempos, o principal indicador da Bolsa brasileira mantém-se no positivo no mês de maio, com alta de 1,87%, embora, no acumulado do ano, as perdas somem 4,40%.

O dólar fechou a R$ 5,13, com baixa de 0,13% no mercado à vista.

Europa

As bolsas europeias operam em baixa, em sua maioria, com os investidores digerindo dados da inflação da zona do euro na expectativa de que o BCE (Banco Central Europeu) cumpra a sinalização de que começará a reduzir juros no próximo mês.

A Eurostat confirmou que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro ficou inalterada em abril ante o mês anterior, em 2,4%, como havia sido estimado preliminarmente há cerca de duas semanas.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,30%

DAX (Alemanha): -0,32%

CAC 40 (França): -0,26%

FTSE MIB (Itália): +0,05%

STOXX 600: -0,30%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade, reverberando o movimento da véspera após falas cautelosas de membros do Fed sobre a política monetária norte-americana.

Hoje, investidores aguardam discursos dos membros do Fed Christopher Waller e Mary Daly.

Dow Jones Futuro: -0,03%

S&P 500 Futuro: +0,02%

Nasdaq Futuro: +0,03%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única hoje, com as da China e de Hong Kong impulsionadas por novas medidas do governo chinês para ajudar o setor imobiliário.

O BC da China vai criar um programa nacional para liberar recursos em financiamento barato para ajudar empresas estatais a comprar imóveis não vendidos.

Shanghai SE (China), +1,01%

Nikkei (Japão): -0,34%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,91%

Kospi (Coreia do Sul): -1,03%

ASX 200 (Austrália): -0,85%

Petróleo

Os preços do petróleo operam mistos, em meio a sinais de melhora na demanda global e desaceleração da inflação no principal consumidor de petróleo, os Estados Unidos.

Petróleo WTI, -0,06%, a US$ 79,18 o barril

Petróleo Brent, +0,02%, a US$ 83,29 o barril

Agenda

A semana termina com mais falas de membros do Fed.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo federal anunciou a liberação de R$ 480 milhões em emendas ‘pix’ para o Rio Grande do Sul. Os municípios têm até hoje para aceitar as indicações de emendas no sistema de gestão e, a partir de junho, as prefeituras já começam a receber os pagamentos. Na seara de indicadores, o IBGE divulga a Pnad Contínua do primeiro trimestre.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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