Os mercados mundiais operam majoritariamente em baixa, nesta manhã de sexta-feira (17), com os agentes repercutindo o sentimento da véspera, quando membros do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) trouxeram um tom de cautela em suas falas sobre o futuro da política monetária.
Para hoje, são aguardadas novas falas, em semana marcada por dados de inflação nos EUA, que deslocaram as expectativas de cortes de juros para setembro e dezembro.
As ações europeias operam majoritariamente no negativo hoje, com recuo ainda maior em relação aos níveis recordes desta semana, à medida que as apostas reduzidas de afrouxamento da política monetária pelo Fed levaram a um sentimento de aversão ao risco.
Na China, a produção industrial veio forte e acima do previsto, enquanto as vendas de varejo ficaram aquém das expectativas.
O BC da China vai criar um programa nacional para liberar 300 bilhões de yuans (US$ 41,5 bi) em financiamento barato para ajudar empresas estatais a comprar imóveis não vendidos. O movimento vem em meio à crise imobiliária do país.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do primeiro trimestre.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participa da II Conferência Anual do Banco Central do Brasil, a partir das 9h30.
Brasil
As perdas da Petrobras desaceleraram na quinta-feira (16). Além disso, os bons ventos trazidos pelas commodities e pelo desempenho de alguns segmentos, com destaque para os frigoríficos, ajudaram o Ibovespa a manter o ânimo e fechar no azul, com alta de 0,20%, aos 128.283 pontos.
A propósito, mesmo com os altos e baixos do mercado acionário nos últimos tempos, o principal indicador da Bolsa brasileira mantém-se no positivo no mês de maio, com alta de 1,87%, embora, no acumulado do ano, as perdas somem 4,40%.
O dólar fechou a R$ 5,13, com baixa de 0,13% no mercado à vista.
Europa
As bolsas europeias operam em baixa, em sua maioria, com os investidores digerindo dados da inflação da zona do euro na expectativa de que o BCE (Banco Central Europeu) cumpra a sinalização de que começará a reduzir juros no próximo mês.
A Eurostat confirmou que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro ficou inalterada em abril ante o mês anterior, em 2,4%, como havia sido estimado preliminarmente há cerca de duas semanas.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,30%
DAX (Alemanha): -0,32%
CAC 40 (França): -0,26%
FTSE MIB (Itália): +0,05%
STOXX 600: -0,30%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade, reverberando o movimento da véspera após falas cautelosas de membros do Fed sobre a política monetária norte-americana.
Hoje, investidores aguardam discursos dos membros do Fed Christopher Waller e Mary Daly.
Dow Jones Futuro: -0,03%
S&P 500 Futuro: +0,02%
Nasdaq Futuro: +0,03%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única hoje, com as da China e de Hong Kong impulsionadas por novas medidas do governo chinês para ajudar o setor imobiliário.
O BC da China vai criar um programa nacional para liberar recursos em financiamento barato para ajudar empresas estatais a comprar imóveis não vendidos.
Shanghai SE (China), +1,01%
Nikkei (Japão): -0,34%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,91%
Kospi (Coreia do Sul): -1,03%
ASX 200 (Austrália): -0,85%
Petróleo
Os preços do petróleo operam mistos, em meio a sinais de melhora na demanda global e desaceleração da inflação no principal consumidor de petróleo, os Estados Unidos.
Petróleo WTI, -0,06%, a US$ 79,18 o barril
Petróleo Brent, +0,02%, a US$ 83,29 o barril
Agenda
A semana termina com mais falas de membros do Fed.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo federal anunciou a liberação de R$ 480 milhões em emendas ‘pix’ para o Rio Grande do Sul. Os municípios têm até hoje para aceitar as indicações de emendas no sistema de gestão e, a partir de junho, as prefeituras já começam a receber os pagamentos. Na seara de indicadores, o IBGE divulga a Pnad Contínua do primeiro trimestre.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg