Os mercados mundiais começam a semana no campo positivo, abrindo as negociações do primeiro semestre de 2024, com investidores à espera de dados do PMI da indústria do S&P e do ISM da indústria de junho nos Estados Unidos e, também, os gastos com construção de maio.
Wall Street terá a semana mais curta devido ao feriado de 4 de Julho (Dia da Independência), quando as bolsas de lá permanecerão fechadas.
Na sexta-feira (5), sai o payroll (relatório de pagamentos), que poderá dar mais pistas do quão aquecido está o mercado de trabalho estadunidense.
A perspectiva de um impasse político na França fez os mercados europeus subirem hoje, com os investidores impulsionando o índice CAC-40 ao seu maior ganho desde 2022.
O partido de extrema direita Reunião Nacional, de Marine Le Pen, saiu na frente no primeiro turno das eleições parlamentares de domingo (30), com 33% dos votos. Já a Nova Frente Popular, de esquerda, ficou com 28% dos votos, e o bloco centrista do presidente Emmanuel Macron atingiu 20%.
Na semana, a agenda de indicadores brasileira está relativamente fraca, com destaque para dados da produção industrial na quarta-feira (3).
Hoje o Banco Central divulga o Boletim Focus. Também sai o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria.
Na seara política, as atenções seguem voltadas para regulamentação da reforma tributária, considerada prioridade absoluta do presidente da Câmara, Arthur Lira, que busca votar o texto antes do recesso parlamentar.
Brasil
O Ibovespa fechou o último pregão do mês de junho, na sexta-feira (28), com baixa de 0,32%, aos 123.906 pontos, repercutindo o mercado externo.
Apesar disso, o principal indicador da Bolsa brasileira encerrou o mês com alta de 1,48%. Junho é o segundo mês do ano a fechar positivo – o outro foi fevereiro, com 0,99%.
Mas no primeiro semestre de 2024, também encerrado na sexta, a baixa acumulada foi de 7,66%.
A atenção dos investidores esteve voltada para os Estados Unidos, onde o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), indicador preferido do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) para balizar a política monetária, registrou queda de menos de 0,1% em maio, desacelerando frente a abril (+0,3%). O resultado ficou em linha com as expectativas dos analistas.
O dólar comercial voltou a subir hoje, agora com 1,46%, a R$ 5,58.
Europa
As bolsas europeias operam em alta, repercutindo as especulações de que o partido de extrema direita de Marine Le Pen terá dificuldades para obter maioria absoluta nas eleições francesas, aliviando a preocupação dos investidores de que a segunda maior economia da região esteja caminhando para uma mudança radical de política.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,33%
DAX (Alemanha): +0,31%
CAC 40 (França): +1,34%
FTSE MIB (Itália): +1,22%
STOXX 600: +0,37%
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo hoje. O S&P 500 registrou um ganho de 14,5%, enquanto o Nasdaq subiu 18,1%. Já o Dow Jones teve desempenho inferior devido a uma retração no segundo trimestre, avançando 3,8%.
Dow Jones Futuro: +0,16%
S&P 500 Futuro: +0,09%
Nasdaq Futuro: +0,02%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com ganhos, à medida que investidores repercutem os dados da atividade empresarial de junho da China e a confiança empresarial do Japão.
O PMI industrial da China atingiu 49,5 no mês terminado, basicamente o mesmo patamar de maio e marcando seu segundo mês consecutivo em território de contração.
Por sua vez, uma pesquisa privada sobre a atividade manufatureira na China divergiu dos números oficiais, mostrando uma melhora mais acentuada nas condições de negócios em três anos. O S&P Caixin PMI subiu para 51,8 em junho, em comparação com 51,7 em maio.
Shanghai SE (China), +0,92%
Nikkei (Japão): +0,12%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,01%
Kospi (Coreia do Sul): +0,23%
ASX 200 (Austrália): -0,22%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com ganhos à medida que os investidores avaliam as perspectivas econômicas e os riscos geopolíticos na Europa e no Oriente Médio.
Petróleo WTI, +0,44%, a US$ 81,90 o barril
Petróleo Brent, +0,44%, a US$ 85,37 o barril
Agenda
A agenda internacional tem como destaque a divulgação do payroll na sexta-feira (5).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, os grupos de trabalho que analisam as propostas que regulamentam a reforma tributária entregam os relatórios na próxima quarta-feira (3). Os documentos serão discutidos até a sexta-feira (10) da semana seguinte. A votação tem que ocorrer entre os dias 13 e 17 de julho, antes do recesso do Legislativo, que começa em 18 de julho. A agenda de hoje tem como destaque o Boletim Focus e dados de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg
