Após os dados de inflação nos Estados Unidos, a escalada do conflito no Oriente Médio, depois dos ataques do Irã contra Israel no último sábado (13), adicionou novo elemento de volatilidade aos mercados mundiais, nesta manhã de segunda-feira (15).
Com os impactos do aumento das tensões no mercado de petróleo, os índices futuros e a maioria das bolsas da Europa se movimentam em trajetória positiva, enquanto as bolsas da Ásia fecharam com baixa, em sua maioria.
Os mercados foram abalados pela ameaça de um ciclo de ataques e contra-ataques no Oriente Médio, o que poderia impulsionar os preços da energia em um momento em que os bancos centrais ainda estão lutando para reduzir a inflação.
No campo corporativo, a safra de balanços continua hoje com os números do Goldman Sachs e da Charles Schwab. Com a posição dos investidores parecendo “muito esticada” e os índices não muito longe das máximas históricas, é improvável que uma temporada otimista consiga impulsionar ainda mais as ações, segundo estrategistas do JPMorgan.
Além da escalada da guerra no Oriente Médio, os investidores estarão atentos à agenda de indicadores da semana, com destaque para índices de atividade econômica dos EUA e da China, além de balanços de empresas americanas e o Livro Bege do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA).
Em Brasília, as atenções se voltarão para o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), de 2025. A divulgação, que ocorrerá nesta segunda-feira, traz as prioridades e metas para o governo no ano que vem.
Além disso, a reunião do Conselho da Petrobras, que pode decidir sobre o pagamento de dividendos extraordinários, deve concentrar as atenções na sexta-feira (19).
Brasil
A semana terminou mal para os mercados mundiais na sexta-feira (12). Basicamente dois aspectos pesaram a mão: os resultados de bancões nos Estados Unidos, que vieram abaixo do esperado, e a escalada do conflito no Oriente Médio, que mexeu com o preço do petróleo.
O Ibovespa terminou a semana agitada acompanhando as bolsas de Nova York, ou seja, no vermelho. O principal indicador da bolsa brasileira fechou o dia com baixa de 1,14%, aos 125.946 pontos. Na semana, o Ibovespa caiu 0,67%.
A entrada do Irã efetivamente no conflito entre Israel e Hamas trouxe preocupações extras à geopolítica mundial, cujas consequências para o mercado de petróleo são ainda imprevisíveis.
No fechamento do dia, o dólar terminou cotado a R$ 5,1212, com alta de 0,60% no mercado à vista. Na semana, o avanço foi de 1,10%.
Europa
As bolsas europeias transitam em trajetória de alta, com apoio das ações de empresas de tecnologia e apesar do aumento das tensões no Oriente Médio.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%
DAX (Alemanha): +0,85%
CAC 40 (França): +0,73%
FTSE MIB (Itália): +0,94%
STOXX 600: +0,37%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta, enquanto investidores avaliam os desdobramentos da escalada da tensão no Oriente Médio e seus possíveis impactos no mercado de petróleo.
Dow Jones Futuro: +0,29%
S&P 500 Futuro: +0,44%
Nasdaq Futuro: +0,50%
Ásia
Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa, em meio a preocupações com a situação no Oriente Médio.
No fim da noite de hoje, estão previstos dados do PIB (Produto Interno Bruto) chinês do primeiro trimestre, assim como números da indústria e varejo referentes a março.
Shanghai SE (China), +1,26%
Nikkei (Japão): -0,74%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,72%
Kospi (Coreia do Sul): -0,42%
ASX 200 (Austrália): -0,46%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, com investidores reduzindo os prêmios de risco após o ataque do Irã a Israel na noite de sábado, os quais o governo israelense disse ter causado danos limitados. O ataque levantou preocupações sobre um conflito regional mais amplo, com consequências para o tráfego petrolífero através do Oriente Médio.
Petróleo WTI, -1,09%, a US$ 84,73 o barril
Petróleo Brent, -0,96%, a US$ 89,58 o barril
Agenda
Nos EUA, estão previstas as divulgações do Índice Empire Manufacturing de atividade de abril, vendas no varejo de março e Confiança do Construtor de abril.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a equipe econômica vai divulgar, nesta segunda-feira (15), o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2025. O anúncio será conduzido pelo secretário executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), Gustavo Guimarães; pelo secretário de Orçamento, Paulo Bijos; pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; e o da Receita, Robinson Barreirinhas. A expectativa é para a mudança da meta fiscal a ser seguida no próximo ano. Com incertezas sobre a evolução da arrecadação, o governo estuda alterar a meta para as contas públicas em 2025 prevista no novo arcabouço fiscal – que é de um superávit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Não há dados econômicos relevantes a serem divulgados hoje.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg