Mercados mundiais em baixa na véspera da decisão sobre os juros nos EUA

Por aqui, as atenções estão voltadas para a divulgação do IPCA de maio pelo IBGE, às 9h. O consenso LSEG projeta alta de 0,42% na base mensal e de 3,89% na base anual.
11 de junho de 2024

Os mercados mundiais estão em trajetória negativa, nesta manhã de terça-feira (11), na véspera da decisão sobre os juros pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos).

Na Europa, o mercado acionário estendeu as perdas hoje, com o aumento das preocupações políticas no continente com o avanço da extrema direita no Parlamento Europeu, nas eleições realizadas no fim de semana.

O euro caiu de novo após atingir o nível mais fraco em um mês no dia anterior. O índice de ações de referência se enfraqueceu pelo terceiro dia seguido, enquanto os títulos franceses de 10 anos negociaram com o maior rendimento em comparação com a dívida alemã equivalente desde outubro.

Os títulos do Tesouro dos EUA ganharam força antes dos dados de inflação e da decisão sobre a taxa de juros do Fed amanhã.

Por aqui, as atenções estão voltadas para a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de maio pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), às 9h.

O consenso LSEG projeta alta de 0,42% na base mensal e de 3,89% na base anual.

Brasil

Ibovespa terminou a segunda-feira (10) no lado negativo, mas mais próximo da estabilidade. O principal indicador da Bolsa brasileira caiu levemente 0,01%, aos 120.759 pontos, na contramão do movimento de fora.

A decisão sobre os juros nos Estados Unidos, amanhã (12), é o evento mais importante da semana e, por essa razão, deve pautar os negócios aqui e lá fora.

No mercado financeiro interno, o avanço do petróleo favoreceu as ações da Petrobras (PETR4). Porém, em ritmo insuficiente para impulsionar os negócios.

Nas negociações do dia, o dólar perdeu força e terminou o dia cotado a R$ 5,35, com avanço de 0,60% no mercado à vista — o maior patamar desde janeiro de 2023.

Europa

As bolsas europeias operam com baixa hoje, com os investidores aguardando a decisão da política monetária amanhã pelo Fed, o banco central dos EUA amanhã.

Das notícias da região, o desemprego no Reino Unido subiu de 4,3% para 4,4% na base trimestral, mas o número de empregados assalariados aumentou 0,6% na base anual até maio.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,52%
DAX (Alemanha): -0,38%
CAC 40 (França): -0,43%
FTSE MIB (Itália): -0,85%
STOXX 600: -0,42%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com queda, enquanto investidores aguardam, ansiosas, pela decisão do Fed amanhã.

Os agentes do mercado financeiro precificam apenas um corte nas taxas este ano, em novembro, de acordo com a CME FedWatch.

Dow Jones Futuro: -0,30%
S&P 500 Futuro: -0,23%
Nasdaq Futuro: -0,25%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos hoje, à espera de dados de inflação da China e dos EUA, assim como de anúncios de política monetária dos bancos centrais americano e japonês.

Shanghai SE (China), -0,76%
Nikkei (Japão): +0,25%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,04%
Kospi (Coreia do Sul): +0,15%
ASX 200 (Austrália): -1,33%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, revertendo parte dos ganhos do movimento de recuperação da sessão anterior.

Petróleo WTI, -0,26%, a US$ 77,54 o barril
Petróleo Brent, -0,20%, a US$ 81,47 o barril

Agenda

Serão divulgadas nesta noite, os dados de inflação ao produtor e ao consumidor da China.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avisou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ontem (10), em reunião no Palácio do Planalto, que pretende devolver a MP (Medida Provisória) que restringe o uso de créditos tributários do PIS/Cofins, caso o governo não apresente até hoje (11) uma alternativa para o impacto gerado com o texto a diversos setores da economia. Na seara de indicadores, saem hoje o IGP-M e o IPCA de maio. O consenso LSEG prevê alta de 0,42% na base mensal e de 3,89% na base anual na inflação oficial.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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