Os mercados mundiais estão em trajetória negativa, nesta manhã de quarta-feira (23). Os índices futuros dos Estados Unidos estão em baixa, com investidores à espera do balanço da Tesla e do Livro Bege da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense).
O documento traz um panorama da economia norte-americana e pode influenciar as expectativas para a política monetária do Fed. Os investidores buscam sinais se o banco central estadunidense vai prosseguir com o corte de juros.
No âmbito corporativo, são aguardados ao longo da semana os balanços de gigantes como Tesla e Coca-Cola. No Brasil, a temporada de resultados começou de forma mais tímida, com apenas Romi (ROMI3) e Neoenergia (NEOE3) divulgando seus números até o momento.
Em dia de agenda de indicadores fracas no Brasil, os destaques são a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por videoconferência, da 16ª Cúpula do Brics (fórum de países emergentes), em Kazan, na Rússia. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agenda em Washington D.C. com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
Brasil
O Ibovespa fechou a terça-feira (22) no campo negativo, no fluxo dos acontecimentos do mundo e do Brasil. O principal indicador da Bolsa brasileira caiu 0,31%, aos 129.951,37 pontos, uma baixa de 410,19 pontos.
Vamos combinar que o dia teve notícia boa para o Brasil. O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou de 2,1% para 3% o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil este ano. A alta na projeção brasileira, de 0,9 ponto percentual, é a mais intensa entre as 16 principais economias globais elencadas pelo Fundo.
O dólar comercial terminou o dia com alta de 0,11%, cotado a R$ 5,69.
Europa
As bolsas europeias operam no campo negativo, mas mais próximas da estabilidade, com investidores da região se concentrando em resultados corporativos e nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.
• FTSE 100 (Reino Unido): +0,03%
• DAX (Alemanha): -0,03%
• CAC 40 (França): -0,33%
• FTSE MIB (Itália): -0,06%
• STOXX 600: -0,01%
Estados Unidos
Os índices futuros também estão em trajetória negativa. Além da temporada de balanços e o Livro Bege, os agentes também estão de olho na corrida presidencial, principalmente com a reação do candidato republicano Donald Trump ante a vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata.
Por enquanto, os mercados estão apostando que Trump está a caminho de ser o presidente dos EUA, impulsionando o dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro, já que as políticas de Trump, incluindo tarifas e restrições à imigração ilegal, provavelmente aumentarão a inflação, mantendo as taxas de juros mais altas por mais tempo.
• Dow Jones Futuro: -0,30%
• S&P 500 Futuro: -0,07%
• Nasdaq Futuro: -0,16%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, depois que a estreia da operadora de metrô japonesa Tokyo Metro impulsionou o otimismo dos investidores. As ações da empresa, uma das principais operadoras de metrô do Japão e a maior de Tóquio, subiram 45%.
A Tokyo Metro levantou 348,6 bilhões de ienes em sua oferta pública inicial, o maior IPO no Japão desde 2018.
• Shanghai SE (China), +0,52%
• Nikkei (Japão): -0,80%
• Hang Seng Index (Hong Kong): +1,27%
• Kospi (Coreia do Sul): +1,12%
• ASX 200 (Austrália): +0,13%
Petróleo
Os preços do petróleo recuam com o aumento dos estoques de petróleo bruto dos EUA, enquanto o mercado monitora os esforços diplomáticos no Oriente Médio para colocar um ponto final nos ataques israelenses em Gaza e no Líbano.
• Petróleo WTI, -0,64%, a US$ 71,29 o barril
• Petróleo Brent, -0,54%, a US$ 75,63 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados de vendas de casas usadas em setembro. Na zona do euro, será divulgada a confiança do consumidor de outubro.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o recorde de arrecadação registrado em setembro deve-se principalmente à recomposição da base fiscal, por meio do fim de medidas de ajuda as camadas mais ricas, disse nesta terça-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em viagem a Washington, o ministro rebateu as alegações de relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) de que o país cresce por causa de estímulos fiscais. Agenda de indicadores esvaziada hoje.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg