Mercados mundiais em trajetória negativa; Livro Bege é destaque nos EUA

No Brasil, o presidente Lula participa por videoconferência da 16ª Cúpula do Brics, que começou ontem na Rússia.
23 de outubro de 2024

Os mercados mundiais estão em trajetória negativa, nesta manhã de quarta-feira (23). Os índices futuros dos Estados Unidos estão em baixa, com investidores à espera do balanço da Tesla e do Livro Bege da última reunião do Fed (Federal Reserve, banco central estadunidense).

O documento traz um panorama da economia norte-americana e pode influenciar as expectativas para a política monetária do Fed. Os investidores buscam sinais se o banco central estadunidense vai prosseguir com o corte de juros.

No âmbito corporativo, são aguardados ao longo da semana os balanços de gigantes como Tesla e Coca-Cola. No Brasil, a temporada de resultados começou de forma mais tímida, com apenas Romi (ROMI3) e Neoenergia (NEOE3) divulgando seus números até o momento.

Em dia de agenda de indicadores fracas no Brasil, os destaques são a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por videoconferência, da 16ª Cúpula do Brics (fórum de países emergentes), em Kazan, na Rússia. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cumpre agenda em Washington D.C. com o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.

Brasil

O Ibovespa fechou a terça-feira (22) no campo negativo, no fluxo dos acontecimentos do mundo e do Brasil. O principal indicador da Bolsa brasileira caiu 0,31%, aos 129.951,37 pontos, uma baixa de 410,19 pontos.

Vamos combinar que o dia teve notícia boa para o Brasil. O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou de 2,1% para 3% o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil este ano. A alta na projeção brasileira, de 0,9 ponto percentual, é a mais intensa entre as 16 principais economias globais elencadas pelo Fundo.

O dólar comercial terminou o dia com alta de 0,11%, cotado a R$ 5,69.

Europa

As bolsas europeias operam no campo negativo, mas mais próximas da estabilidade, com investidores da região se concentrando em resultados corporativos e nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA.

• FTSE 100 (Reino Unido): +0,03%
• DAX (Alemanha): -0,03%
• CAC 40 (França): -0,33%
• FTSE MIB (Itália): -0,06%
• STOXX 600: -0,01%

Estados Unidos

Os índices futuros também estão em trajetória negativa. Além da temporada de balanços e o Livro Bege, os agentes também estão de olho na corrida presidencial, principalmente com a reação do candidato republicano Donald Trump ante a vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata.

Por enquanto, os mercados estão apostando que Trump está a caminho de ser o presidente dos EUA, impulsionando o dólar e os rendimentos dos títulos do Tesouro, já que as políticas de Trump, incluindo tarifas e restrições à imigração ilegal, provavelmente aumentarão a inflação, mantendo as taxas de juros mais altas por mais tempo.

• Dow Jones Futuro: -0,30%
• S&P 500 Futuro: -0,07%
• Nasdaq Futuro: -0,16%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, depois que a estreia da operadora de metrô japonesa Tokyo Metro impulsionou o otimismo dos investidores. As ações da empresa, uma das principais operadoras de metrô do Japão e a maior de Tóquio, subiram 45%.

A Tokyo Metro levantou 348,6 bilhões de ienes em sua oferta pública inicial, o maior IPO no Japão desde 2018.

• Shanghai SE (China), +0,52%
• Nikkei (Japão): -0,80%
• Hang Seng Index (Hong Kong): +1,27%
• Kospi (Coreia do Sul): +1,12%
• ASX 200 (Austrália): +0,13%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam com o aumento dos estoques de petróleo bruto dos EUA, enquanto o mercado monitora os esforços diplomáticos no Oriente Médio para colocar um ponto final nos ataques israelenses em Gaza e no Líbano.

• Petróleo WTI, -0,64%, a US$ 71,29 o barril
• Petróleo Brent, -0,54%, a US$ 75,63 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem os dados de vendas de casas usadas em setembro. Na zona do euro, será divulgada a confiança do consumidor de outubro.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o recorde de arrecadação registrado em setembro deve-se principalmente à recomposição da base fiscal, por meio do fim de medidas de ajuda as camadas mais ricas, disse nesta terça-feira (22) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em viagem a Washington, o ministro rebateu as alegações de relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) de que o país cresce por causa de estímulos fiscais. Agenda de indicadores esvaziada hoje.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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