Mercados mundiais mantêm otimismo da véspera; por aqui, tragédia no RS e início da reunião do Copom são destaques

Mercado também acompanha a temporada de balanços corporativos. Após o fechamento da Bolsa, saem os números de Carrefour, GPA, Telefônica, Raia e Engie.
7 de maio de 2024

Os mercados mundiais amanhecem mais uma vez no campo positivo, nesta terça-feira (7), com os investidores mantendo o otimismo em relação ao futuro da política monetária dos Estados Unidos e de olho nos resultados corporativos. Por aqui, todas as atenções voltadas à tragédia climática do Rio Grande do Sul e ao início da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.

Amanhã (8), o colegiado vai anunciar o novo patamar para a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano. Grande parte do mercado aposta em queda de 0,25 ponto percentual, em vez de 0,50 p.p. como o Copom vinha aplicando desde agosto de 2023.

Na Europa, as ações sobem em um dia movimentado para os balanços corporativos, com o otimismo ampliado pelas apostas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) começará a reduzir as taxas de juros este ano.

No âmbito corporativo, o grupo UBS, da Suíça, voltou a lucrar após dois trimestres de prejuízo. Tanto o braço de gestão de patrimônio quanto o de investment banking contribuíram para um resultado acima do esperado após a compra do Credit Suisse no ano passado.

Por aqui, em dia de agenda esvaziada de indicadores macroeconômicos, o mercado mantém um olho na reunião do Copom e outro na temporada de balanços após o fechamento da B3, quando saem números de Carrefour, GPA, Telefônica, Raia e Engie, enquanto o mercado repercute o resultado do Itaú.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de ontem (6) em baixa de 0,03%, aos 128.465 pontos, com os investidores com dúvidas se o país vai conseguir deixar a inflação dentro da meta definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) e deixar as contas públicas minimamente no azul.

Tanto a curva de juros como a bolsa refletiram as incertezas em torno dos rumos da política monetária. Na quarta-feira (8), o Copom vai anunciar o novo patamar dos juros.

Na semana passada, começaram a subir as apostas de que o corte não será mais de 0,50 ponto percentual, como o colegiado vinha fazendo desde agosto do ano passado. A aposta agora é de corte de 0,25 p.p., o que ficou mais nítido no Boletim Focus divulgado ontem.

Já o dólar terminou a R$ 5,0741, com alta de 0,08% no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo, com investidores monitorando os balanços corporativos.

O gigante bancário UBS superou as expectativas dos analistas ao retornar ao lucro líquido trimestral após duas perdas sucessivas. As ações subiram 8% nas negociações matinais.

Na seara de dados macroeconômicos, as vendas no varejo da zona do euro subiram 0,8% em março ante fevereiro, segundo dados publicados nesta manhã (7) pela agência oficial de estatísticas da União Europeia (UE), a Eurostat. O resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet.

FTSE 100 (Reino Unido): +1,02%
DAX (Alemanha): +0,65%
CAC 40 (França): +0,32%
FTSE MIB (Itália): +1,08%
STOXX 600: +0,68%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta, repercutindo o otimismo dos últimos dias após os dados do relatório payroll (folha de pagamentos não agrícolas) mostrarem crescimento do emprego abaixo da expectativa em abril, o que reduz as pressões inflacionárias e, consequentemente, sobre a política monetária norte-americana.

Dow Jones Futuro: +0,18%
S&P 500 Futuro: +0,05%
Nasdaq Futuro: -0,11%

Ásia

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta hoje, repercutindo o fechamento de Wall Street, quando todos os indicadores fecharam com alta generalizada pelo terceiro pregão consecutivo, com destaque para o setor de tecnologia.

Shanghai SE (China), +0,22%
Nikkei (Japão): +1,57%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,53%
Kospi (Coreia do Sul): +2,16%
ASX 200 (Austrália): +1,44%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em leve queda após fechar em alta na véspera, depois que Israel atacou Rafah, em Gaza, enquanto as negociações para um cessar-fogo com o Hamas continuavam sem resolução.

Petróleo WTI, -0,06%, a US$ 78,43 o barril
Petróleo Brent, -0,10%, a US$ 83,25 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje os dados do crédito ao consumidor.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a Câmara dos Deputados aprovou ontem à noite (6) o PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 236/2024 enviado pelo governo federal, reconhecendo estado de calamidade pública no Rio Grande do Sul até 31 de dezembro de 2024. A medida ainda deve ser aprovada pelo Senado. Com isso, os limites e prazos previstos na LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) poderão ser suspensos, facilitando e acelerando o repasse de recursos federais para o estado afetado por enchentes na maior crise climática de sua história. A agenda desta terça-feira traz o início da reunião do Copom no Brasil.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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