Os mercados mundiais operam sem direção única, nesta manhã de terça-feira (14), com os investidores aguardando os dados da inflação ao produtor nos Estados Unidos. Por aqui, o evento mais aguardado é a divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que pode trazer informações mais consistentes sobre os próximos passos da política monetária.
Na reunião que reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,25 ponto percentual, para 10,50% ao ano, cinco dirigentes votaram pelo corte de 25 pontos-base, enquanto os quatro restantes defenderam redução de 50 pontos-base.
Nos Estados Unidos, os agentes também esperam os números da inflação ao consumidor (CPI), que costumam ter forte influência nas apostas para a trajetória dos juros norte-americanos. Para a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês), o consenso LSEG projeta alta mensal de 0,3% e de 2,2% na base anual.
Além dos dados de inflação, também é aguardado o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, que participa de evento na Holanda.
Voltando ao Brasil, a Petrobras divulgou ontem (13) seu balanço corporativo, que veio abaixo do esperado pelo mercado financeiro. Ainda assim, a empresa pagará dividendos bilionários.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também anuncia hoje mais medidas de ajuda ao Rio Grande do Sul, que enfrenta a pior tragédia climática do estado e, também, do país.
Brasil
O Ibovespa terminou a segunda-feira (13) com ganhos consistentes ao longo da sessão, fechando com alta de 0,44%, aos 128.154 pontos, avanço de 555 pontos.
Os movimentos acontecem em meio às expectativas em relação à divulgação da ata do Copom no Brasil e da inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos. Um CPI mais alto pode indicar juros maiores.
De acordo com pesquisa de consumidores de abril realizada pelo Fed de Nova York, as expectativas de inflação para o prazo de um ano nos EUA subiram de 3,0% para 3,3%, Para um horizonte de três anos, as expectativas recuaram levemente, de 2,9% para 2,8%.
O dólar comercial, por sua vez, caiu 0,13%, a R$ 5,15, depois de oscilar durante a sessão. E os DIs (juros futuros) caíram ao longo da curva nos vencimentos de médio e longo prazos.
Europa
As bolsas europeias operam mistas, enquanto investidores mantêm a cautela antes da publicação de dados de inflação ao produtor dos EUA.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,14%
DAX (Alemanha): -0,17%
CAC 40 (França): -0,04%
FTSE MIB (Itália): +0,48%
STOXX 600: +0,01%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam perto da estabilidade, enquanto investidores se preparam para dados de inflação ao produtor e falas do presidente do Fed, Jerome Powell.
Dow Jones Futuro: +0,05%
S&P 500 Futuro: +0,01%
Nasdaq Futuro: -0,02%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam sem direção única e com variações modestas nesta terça-feira, repercutindo o comportamento das bolsas de Nova York.
Shanghai SE (China), -0,07%
Nikkei (Japão): +0,46%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,22%
Kospi (Coreia do Sul): +0,11%
ASX 200 (Austrália): -0,30%
Petróleo
Os preços do petróleo caem após abertura positiva, com investidores atentos a potenciais perturbações no fornecimento de petróleo devido a incêndios florestais no oeste do Canadá, que o governo do país alertou que poderiam ser “catastróficos”.
Petróleo WTI, -0,09%, a US$ 79,05 o barril
Petróleo Brent, -0,08%, a US$ 83,29 o barril
Agenda
Na agenda internacional de hoje, saem os dados de inflação ao produtor nos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o CMN (Conselho Monetário Nacional) e o Banco Central aprovaram ontem (13), em reunião extraordinária, medidas que flexibilizam regras ao sistema financeiro nacional como forma de amenizar os efeitos econômicos gerados pelas fortes chuvas no Rio Grande do Sul. Na agenda do dia, saem a ata da última reunião do Copom do Banco Central e os de serviços de março, com o consenso LSEG prevendo alta de 0,2% na base mensal e queda de 2,5% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg