Mercados mundiais operam mistos, com discurso de Powell e inflação ao produtor dos EUA em destaque

Por aqui, agenda tem IBC-Br, IGP-10 e 2º levantamento da safra de grãos.
14 de novembro de 2024

Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de quinta-feira (14), com os investidores à espera da inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de outubro nos EUA, após os dados de inflação ao consumidor (CPI) terem vindo dentro do esperado na véspera.

Com mais esse dado inflacionário, os agentes vão calibrar as apostas sobre um possível corte de juros pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) em meados de dezembro. Os traders de swaps elevaram a probabilidade desse cenário de 56% para cerca de 80% ontem (13).

Ainda hoje, o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um discurso em Dallas. No entanto, segundo especialistas, há pouco que Powell possa prever para o futuro, pois dependerá das ações que o presidente eleito Donald Trump adotará ao assumir o cargo.

Por aqui, o anúncio do pacote de corte de gastos deve ficar para a semana que vem, após o fim da reunião de cúpula do G20 (fórum internacional que reúne as 19 maiores economias do mundo, mas União Africana e União Europeia), que acontecerá nos dias 18 e 19 no Rio de Janeiro.

Na agenda de hoje, o Banco Central divulgará o IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto); o IGP-10, pela Fundação Getulio Vargas; e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o segundo levantamento da safra de grãos.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de ontem (13) com leve alta de 0,03%, aos 127.733,88 pontos, um ganho de 35,56 pontos.

O ânimo ao pregão foi dado aos 45 minutos do segundo tempo pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele falou a jornalistas que, embora o pacote de cortes de gastos não seja divulgado esta semana, que é mais curta, devido ao feriado da Proclamação da República na sexta (15/11), vê impacto “expressivo” das medidas.

Já o dólar seguiu o dia em alta para fechar com mais 0,36%, cotado a R$ 5,79.

Europa

Os mercados europeus operam majoritariamente em alta, com investidores avaliando os últimos dados de inflação dos Estados Unidos.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,20%
DAX (Alemanha): +0,55%
CAC 40 (França): +0,15%
FTSE MIB (Itália): +0,33%
STOXX 600: +0,14%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam mistos hoje, com os agentes avaliando os dados inflacionários e acompanhando a montagem do governo do presidente eleito Donald Trump. O republicano escolheu nomes para seu gabinete e outros cargos de alto escalão na administração, abrangendo cargos de supervisão de defesa, inteligência, diplomacia, comércio, imigração e formulação de políticas econômicas.

Dow Jones Futuro: +0,07%
S&P 500 Futuro: +0,04%
Nasdaq Futuro: -0,02%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente no vermelho. Os ativos da região estão instáveis desde a eleição presidencial nos EUA, pois os investidores avaliam o impacto das políticas tarifárias propostas pelo presidente eleito Donald Trump no crescimento da região.

Enquanto isso, os investidores aguardam os dados do PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre do Japão, além de uma série de dados da China.

Shanghai SE (China), -1,73%
Nikkei (Japão): -0,48%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,96%
Kospi (Coreia do Sul): -0,07%
ASX 200 (Austrália): +0,37%

Petróleo

Os preços do petróleo operam ligeiramente em baixa devido às expectativas de maior produção global em meio a previsões de fraco crescimento da demanda, enquanto um dólar mais forte também manteve os preços sob controle.

Petróleo WTI, +0,01%, a US$ 68,44 o barril
Petróleo Brent, +0,03%, a US$ 72,30 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem o PPI (índice de preços ao produtor), pedidos de auxílio-desemprego semanal e o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell.

No Japão, sai o PIB do terceiro trimestre

Na China, as vendas do varejo, produção industrial, investimento em ativos fixos e taxa de desemprego.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse ontem que existem vários caminhos possíveis para que a meta de inflação de 3% seja alcançada, reforçando que a autoridade monetária segue dependendo de dados para tomar suas decisões sobre os juros básicos. Em evento promovido pelo Bradesco Asset Management, em São Paulo, Galípolo afirmou que as duas principais mensagens do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de novembro foram a opção por não dar uma indicação futura para os juros e a ausência de relação mecânica da política monetária com indicadores econômicos. Na agenda de hoje, o Banco Central divulgará o IBC-Br, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto); o IGP-10, pela Fundação Getulio Vargas; e a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o segundo levantamento da safra de grãos.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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