Os mercados mundiais começam a segunda-feira (02) em trajetória negativa, com os investidores se preparando para as divulgações de indicadores importantes ao longo da semana. O destaque é o relatório de folha de pagamentos payroll, dos Estados Unidos, na sexta-feira (6).
Além disso, também estão previstos o Livro Bege, pesquisas do ISM e dados da balança comercial norte-americana.
Hoje, é feriado do Dia do Trabalho (Labor Day) nos Estados Unidos, portanto, o dia deve ser de liquidez baixa dos mercados mundiais. Os índices futuros abriram, mas os mercados à vista de ações e títulos dos EUA permanecerão fechados.
Setembro começa dentro da perspectiva dos agentes, uma vez que esse tem sido um mês ruim para as ações nos últimos quatro anos, enquanto o dólar geralmente se destaca, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O “indicador de medo” de Wall Street – o Índice de Volatilidade Cboe, ou VIX – aumentou em todos os meses de setembro desde 2021.
Na Europa, os mercados também iniciam a semana em baixa, com os investidores avaliando as perspectivas para os mercados e digerindo dados de atividade econômica na região.
Por aqui, o governo enviou ao Congresso Nacional o projeto de Orçamento de 2025 na última sexta-feira (30), prevendo um déficit primário zero no ano que vem. O texto também manteve a projeção de alta de 2,6% para o PIB de 2025, segundo o Ministério do Planejamento.
Na agenda de hoje, os destaques são o Boletim Focus, do Banco Central, e o PMI da Indústria.
Brasil
O Ibovespa fechou a sexta-feira (30) com leve baixa de 0,03%, aos 136.004 pontos, mas não há motivos para reclamar de um mês em que o principal indicador da Bolsa brasileira bateu sucessivos recordes.
O principal indicador da B3 viveu um dia de muito mais baixos do que altos, mas acabou ganhando tração no fim, encerrando a semana com ganho de 0,29%, enfileirando a quarta semana positiva seguida.
Além disso, agosto se firmou como o melhor mês do ano para o indicador, com avanço de 6,54%, só perdendo para novembro de 2023, quando subiu pouco mais de 12%. Foi o terceiro mês consecutivo no azul e o quarto do ano com ganhos. Também foram quatro meses negativos (janeiro, março, abril e maio).
O dólar comercial, por sua vez, chegou à quinta sessão de alta seguida, ao fechar com mais 0,17%, a R$ 5,633.
Europa
As bolsas europeias também iniciam a semana em baixa. Por lá, os investidores avaliam as perspectivas para os mercados enquanto digerem dados de atividade econômica na região.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,03%
DAX (Alemanha): -0,18%
CAC 40 (França): -0,26%
FTSE MIB (Itália): -0,22%
STOXX 600: -0,33%
Estados Unidos
Enquanto os mercados à vista permanecem fechados, devido ao feriado do Dia de Trabalho nos EUA, nesta segunda-feira, os índices futuros abriram e estão em trajetória de baixa.
Por lá, as atenções estão voltadas para os dados que serão divulgados ao longo da semana, como o payroll, que deve apontar a temperatura do mercado de trabalho americano. Essa é uma das informações usadas pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) para balizar a política monetária norte-americana.
Dow Jones Futuro: -0,13%
S&P 500 Futuro: -0,17%
Nasdaq Futuro: -0,24%
Ásia-Pacífico
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única após queda da indústria chinesa para o menor nível em seis meses em agosto. O índice de gerente de compras (PMI), divulgado pelo National Bureau of Statistics no sábado (31), mostrou queda dos preços de fábrica e os proprietários tendo dificuldades para fazer pedidos.
Ontem (1º), uma pesquisa privada mostrou que os preços de casas novas na China subiram em ritmo mais lento em agosto.
Shanghai SE (China), -1,10%
Nikkei (Japão): +0,14%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,65%
Kospi (Coreia do Sul): +0,25%
ASX 200 (Austrália): +0,22%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em baixa, com investidores avaliando a maior produção da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados), em outubro, em relação à queda acentuada na produção da Líbia, em meio à demanda lenta na China e nos EUA.
Petróleo WTI, +0,11%, a US$ 73,66 o barril
Petróleo Brent, +0,07%, a US$ 76,29 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada devido ao feriado do Dia do Trabalho nos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), convocou ontem (1º), na condição de presidente da Primeira Turma da corte, uma sessão virtual nesta segunda-feira (2) para confirmar ou não a decisão que determinou a suspensão imediata do funcionamento do X (antigo Twitter) no Brasil. Em decisão tomada na sexta-feira, o magistrado ordenou a imediata suspensão das atividades da rede social do bilionário Elon Musk por não ter um representante legal no Brasil. Na agenda de hoje, estão previstos o Boletim Focus do Banco Central e o PMI da Indústria.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg