Os mercados mundiais amanheceram majoritariamente em alta, nesta manhã de terça-feira (27), com os investidores à espera de dados econômicos sobre bens duráveis, habitação e confiança do consumidor nos Estados Unidos.
No âmbito corporativo, os agentes também aguardam pelos resultados das varejistas Lowe’s e Macy’s antes da abertura dos mercados, seguido por Beyond Meat, Virgin Galactic e Rocket Lab após o fechamento dos mercados.
Estão previstas também mais falas de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), que podem oferecer pistas sobre a trajetória das taxas de juros nos Estados Unidos.
Ontem (26), o presidente do Fed Bank de Kansas City, Jeffrey R. Schmid, disse que a autoridade monetária norte-americana deve ser paciente ao cortar as taxas de juros com a inflação acima da meta de 2% e que o mercado de trabalho ainda está forte.
Em seu primeiro grande discurso desde que assumiu o cargo há seis meses, Schmid também afirmou que não tem pressa para interromper a redução contínua do balanço do Fed.
Na Ásia, o rendimento dos títulos de dois anos do Japão subiu para o nível mais alto desde 2011 após dados de inflação mais fortes do que o esperado aumentarem as apostas de que o banco central encerrará sua política de juros negativos nos próximos meses.
Por aqui, as atenções estarão voltadas para o IPCA-15 de fevereiro, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com o consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,82% e de 4,52% na base anual.
Hoje, também serão divulgadas as previsões do mercado financeiro no Boletim Focus, do Banco Central.
Brasil
O Ibovespa se descolou do movimento externo na segunda-feira (26) e fechou o dia em alta de 0,15%, aos 129.609 pontos.
O principal indicador da bolsa brasileira subiu em semana recheada de dados macroeconômicos importantes, tanto no Brasil como nos Estados Unidos, que divulgarão informações da inflação ao consumidor e do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023.
Na seara político-econômica, ao longo desta semana acontecerá, em São Paulo, reunião de ministros de finanças e de representantes de bancos centrais do G20. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode não participar de forma presencial dos eventos do G20, pois testou positivo para Covid-19.
Nas negociações do dia, o dólar recuou 0,23%, cotado a R$ 4,9815 no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta, após um movimento global de baixa na véspera. As ações de mineração lideram os ganhos da região, com alta de 1,3%, enquanto as ações de mídia caem 0,5%.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,08%
DAX (Alemanha): +0,41%
CAC 40 (França): +0,03%
FTSE MIB (Itália): +0,27%
STOXX 600: +0,07%
Estados Unidos
Os índices futuros dos Estados Unidos registram leve recuperação após perdas da sessão anterior. Hoje, os agentes aguardam dados econômicos sobre bens duráveis, habitação e confiança do consumidor nos Estados Unidos.
Dow Jones Futuro: +0,04%
S&P 500 Futuro: +0,10%
Nasdaq Futuro: +0,18%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única hoje, com destaque para o índice japonês Nikkei, que ficou praticamente estável em Tóquio, com alta de 0,01%, a 39.239,52 pontos, mas atingiu novo pico histórico pelo terceiro pregão seguido.
Durante a madrugada, o juro do bônus do governo do Japão (JGB) de 10 anos ficou estável em 0,685%, mas o de 2 anos chegou a subir brevemente a 0,170%, tocando o maior patamar desde julho de 2011, na esteira de dados da inflação doméstica mais forte do que o esperado.
Esse conjunto de dados fez subir as apostas de que o banco central japonês pode encerrar sua política de juros negativos nos próximos meses.
Shanghai SE (China), +1,29%
Nikkei (Japão): +0,01%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,94%
Kospi (Coreia do Sul): -0,83%
ASX 200 (Austrália): +0,13%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com ganhos, ampliando os ganhos pelo terceiro dia consecutivo, à medida que interrupções no transporte marítimo estimulavam preocupações com a oferta.
Petróleo WTI, +0,12%, a US$ 77,67 o barril
Petróleo Brent, +0,13%, a US$ 82,64 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados da confiança do consumidor e estoque de bens duráveis de janeiro; consenso LSEG prevê baixa de 4,5%.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a arrecadação de impostos da maioria dos países do G20 é superior para itens de consumo do que para grandes fortunas, segundo análise da ONG Oxfam a ser divulgada nesta terça (27). Para cada dólar arrecadado em tributos nos países do grupo, que reúne as 20 maiores economias do planeta, apenas US$ 0,08 vêm de impostos sobre a riqueza, enquanto cerca de US$ 0,32 com tributos vem da taxação do consumo, quatro vezes mais que a tributação sobre a riqueza. Na seara econômica, saem os dados da confiança da indústria de fevereiro, o Boletim Focus e o IPCA-15 de fevereiro; consenso LSEG prevê alta mensal de 0,82% e de 4,52% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg