Com juros e rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA no radar, mercados mundiais operam mistos

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para discutir a reoneração da folha de pagamentos.
18 de janeiro de 2024

Os mercados mundiais operam mistos, na manhã desta quinta-feira (18), com os investidores repercutindo as projeções a respeito das decisões dos bancos centrais das principais economias do mundo e, também, o forte aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, que fez com que o Dow Jones fechasse ontem (17) com perdas pelo terceiro dia consecutivo.

De acordo com a ferramenta CME FedWatch, analistas preveem 56% de probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual nas taxas de juros americanas em março, conforme já antecipou o diretor do Fed, Christopher Waller.

Recentemente, membros de bancos centrais das grandes economias têm indicado que o ciclo de cortes nas taxas de juros deve ser postergado, uma vez que não há respaldo dos últimos indicadores. Nos EUA, por exemplo, alguns índices têm retratado uma economia resiliente.

Em dia de agenda bem fraca, tanto aqui quanto no exterior, nos EUA é aguardada a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, com consenso LEG prevendo 207 mil solicitações.

No Brasil, depois de discutir a medida provisória da reoneração com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir hoje com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Brasil

Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa fechou em queda pautado pela cautela que tomou conta dos mercados mundiais (para saber mais sobre o fechamento da bolsa brasileira ontem, clique aqui). O principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão de ontem (17) com recuo de 0,60%, aos 128.523 pontos.

A grande notícia do dia e que pautou os mercados foi a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China, que cresceu 5,2% em 2023, levemente superior à meta anual de cerca de 5%, mas ligeiramente abaixo dos 5,3% esperados pelo consenso LSEG.

O resultado contribuiu para abalar o minério de ferro e, por aqui, acabou respingando na Vale (VALE3), que terminou o dia com baixa de 1,66%, ajudando a derrubar o Ibovespa.

A escalada da violência no Mar Vermelho também afetou o mercado de petróleo ontem. Isso afetou a Petrobras (PETR3;PETR4), que caiu, respectivamente, 0,83% e 0,58%.

Na negociações do dia, o dólar teve leve alta de 0,09% no mercado à vista e encerrou cotado a R$ 4,9301.

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam mistos, após uma nova sessão de queda na véspera para os três principais índices, que repercutiram o aumento dos rendimentos do Tesouro.

Para hoje, além dos pedidos semanais de auxílio desemprego nesta manhã, também é aguardada fala do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,03%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,03%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,15%

Europa

As bolsas da Europa também operam mistas, com investidores majoritamente de olho no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Desde a última segunda-feira (15), quando começou o evento, várias autoridades ​​do BCE (Banco Central Europeu) têm falava sobre política monetária, alertando que, apesar dos progressos no combate à inflação, os mercados adiantaram-se em termos de expectativas de cortes nas taxas de juros.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,06%
DAX (Alemanha), 0,00%
CAC 40 (França), +0,16%
FTSE MIB (Itália), +0,06%
STOXX 600, +0,02%

Ásia

Na Ásia, depois da sacudida nos mercados após a divulgação de dados macroeconômicos da China, as bolsas da região fecharam em alta nesta quinta-feira, numa recuperação parcial das fortes perdas de ontem. Por lá, os bons resultados foram puxados pelo bom desempenho de ações de tecnologia.

Os mercados chineses, porém, apagaram apenas uma fração das quedas de mais de 2% do pregão anterior, quando dados econômicos mais fracos do que o esperado pesaram nos negócios.

Shanghai SE (China), +0,43%
Nikkei (Japão), -0,03%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,75%
Kospi (Coreia do Sul), +0,17%
ASX 200 (Austrália), -0,63%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com ganhos após a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) prever um crescimento relativamente forte na procura global de petróleo durante os próximos dois anos e uma onda de frio nos EUA que interrompeu alguma produção de petróleo.

Petróleo WTI, +0,44%, a US$ 72,88 o barril
Petróleo Brent, +0,18%, a US$ 78,02 o barril

Agenda

Nos EUA, sai hoje os pedidos de seguro-desemprego, com consenso LEG prevendo 207 mil solicitações.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir nesta quinta -feira com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para tratar da medida provisória (MP) da reoneração da folha. Na seara de indicadores, saem os dados do fluxo cambial semanal.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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