Mercados mundiais operam mistos nesta 2ª feira; bolsa de Tóquio renova máxima histórica aos 40 mil pontos

Hoje, os índices futuros dos EUA operam sem direção definida, com expectativas dos investidores voltadas para falas de Jerome Powell, presidente do Fed, ao Congresso norte-americano nesta semana.
4 de março de 2024

Os mercados mundiais estão operando mistos, nesta manhã de segunda-feira (4), enquanto a bolsa de Tóquio fechou no positivo, renovando a máxima histórica aos 40.109 pontos. Esse movimento foi impulsionado depois que o Nasdaq registrou novo recorde na sexta-feira passada, com a onda de otimismo com a inteligência artificial.

Hoje, os índices futuros dos EUA operam sem direção definida, com expectativas voltadas para falas de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), ao Congresso americano nesta semana.

O presidente do Fed deve reforçar sua mensagem de que não há pressa para reduzir as taxas de juros. Powell apresentará seu depoimento semestral sobre política monetária a um comitê da Câmara na quarta-feira (6) e a um painel do Senado na quinta-feira (7).

Powell e outros membros da autoridade monetária norte-americana têm afirmado nas últimas semanas que podem se dar ao luxo de serem pacientes ao decidir quando cortar as taxas, dada a força da economia dos EUA.

Na Europa, as ações reduziram os ganhos hoje, depois de se aproximarem de uma máxima histórica, enquanto os investidores aguardam por garantias de que os bancos centrais estão no caminho para reduzir as taxas de juros nos próximos meses.

A agenda da semana tem como destaque a produção industrial no Brasil, com divulgação da Pesquisa Industrial Mensal de janeiro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na quarta-feira. Nos EUA, o destaque fica para divulgação do payroll (relatório de emprego e de folha de pagamento), na sexta-feira (8).

No campo corporativo, a Petrobras vai divulgar seu balanço na quinta-feira.

Brasil

Após dois dias seguidos de queda, o Ibovespa começou o mês de março com o pé direito. O principal indicador subiu 0,12% no pregão de sexta-feira (1º/3), aos 129.180 pontos.

Contudo, o resultado positivamente modesto não foi suficiente para reverter a baixa acumulada da semana, que termina na casa do 0,18%.

A bolsa brasileira subiu apoiada nos papéis da Gerdau (GGBR4), com alta de 4,33%; Embraer (EMBR3), + 5,94%; e Petrobras (PETR4), + 0,10%, com petróleo em alta no mercado internacional.

Por sua vez, o dólar fechou o dia em baixa de 0,35%, cotado a R$ 4,9553 no mercado à vista. Na semana, a moeda norte-americana recuou 0,76%.

Europa

As bolsas da Europa operam sem direção definida, enquanto os investidores aguardam a próxima decisão sobre a taxa de juros do BCE (Banco Central Europeu).

A expectativa é de que a autoridade monetária da zona do euro mantenha as taxas de juros estáveis ​​na quinta-feira, mesmo com a inflação mostrando mais sinais de abrandamento.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,22%

DAX (Alemanha): +0,09%

CAC 40 (França): -0,04%

FTSE MIB (Itália): 0,00%

STOXX 600: +0,09%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam mistos, com investidores na expectativa das falas de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), à Câmara dos Representantes na quarta-feira e ao Senado na quinta-feira.

Eles também aguardam a divulgação de outros dados econômicos, como a Pesquisa de Emprego da ADP e os dados sobre vagas de emprego de janeiro na quarta-feira, e os dados das folhas de pagamento (payroll) de fevereiro na sexta-feira.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: -0,16%

S&P 500 Futuro: -0,09%

Nasdaq Futuro: +0,01%

Ásia

Na Ásia, os mercados asiáticos fecharam com alta, à espera da principal reunião de líderes da China e com a do Japão ultrapassando a marca de 40 mil pontos pela primeira vez.

Em Tóquio, o índice japonês Nikkei avançou 0,50%, a 40.109,23 pontos, atingindo novo pico histórico, impulsionado por ações ligadas a chips na esteira do Nasdaq, dos EUA.

Shanghai SE (China), +0,41%

Nikkei (Japão): +0,50%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,04%

Kospi (Coreia do Sul): +1,21%

ASX 200 (Austrália): -0,13%

Petróleo

Os preços do petróleo operam perto da estabilidade, após a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) prolongar cortes voluntários na produção de petróleo até meados do ano.

Petróleo WTI, -0,05%, a US$ 79,93 o barril

Petróleo Brent, -0,01%, a US$ 83,54 o barril

Agenda

Agenda internacional de indicadores esvaziada hoje.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o Banco Central e o Senado estão “muito abertos” para discutir com o governo a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que trata da ampliação da autonomia da autoridade monetária. A afirmação é de Roberto Campos Neto, presidente do BC, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. A PEC 65/2023, apresentada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO) em novembro de 2023, propõe transformar o BC – hoje uma autarquia federal com orçamento vinculado à União – em empresa pública com total autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional. Agenda esvaziada hoje.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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