Mercados mundiais operam mistos, com investidores de olho no avanço da Covid-19 na China

Nos EUA, o mercado de ações deve fechar 2022 como o pior ano desde 2008, refletindo o impacto da austeridade monetária adotada pelo Fed para controlar a inflação
28 de dezembro de 2022

Os mercados mundiais e os índices futuros de Nova York estão operando mistos nesta manhã de quarta-feira (28), com os investidores repercutindo a flexibilização da política de Covid Zero na China e as consequências do avanço da doença na segunda maior economia do mundo. Na Ásia, a exceção foi o bolsa de Hong Kong, que fechou em alta.

Nos EUA, o mercado de ações deve fechar 2022 como o pior ano desde 2008, refletindo o impacto da austeridade adotada pelo Fed (Federal Reserve) e outros bancos centrais das principais economias do mundo para controle da inflação.

Já na Europa, as ações também operam de forma mista, com alguns setores ainda sob o impacto do impulso que receberam ontem (27), quando a China anunciou oficialmente que encerrará a quarentena para viajantes externos no dia 8 de janeiro.

Na Ásia, os mercados fecharam em queda, exceto Hong Kong, onde o governo anunciou medidas mais direcionadas no combate à pandemia, incluindo a revogação da proibição de reuniões com grupos de mais de 12 pessoas.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (27) em queda com o mercado à espera da conclusão da equipe ministerial do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os agentes financeiros também repercutem as recentes flexibilizações em medidas de controle da Covid-19 na China. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,15%, aos 108.578,20

Segundo analistas do mercado financeiro, as atenções no cenário doméstico ficaram voltadas para negociações envolvendo a senadora Simone Tebet (MDB-MS), de perfil mais ortodoxo na economia. Hoje ela aceitou o convite de Lula para chefiar o Ministério do Planejamento.

Nas negociações do dia, o dólar subiu 1,48% frente ao real, cotado a R$ 5,28 na compra e na venda.

Europa

As bolsas europeias também operam de forma mista nesta manhã, com alguns setores ainda sob o impacto do impulso que receberam ontem com o anúncio da China sobre o fim da quarentena para viajantes.

Dax (Alemanha): -0,09%;
FTSE (Londres): +0,82%;
CAC França): -0,04%;
FTSE MIB (Itália): -0,04%;
Stoxx600: +0,20%.

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam mistos hoje, com os investidores repercutindo a flexibilização da política Covid Zero na China e as consequências que as medidas podem ter em termos de infecções e mortes.

Dow Jones Futuro: +0,20%;
S&P500 Futuro: +0,12%;
Nasdaq Futuro: -0,02%

Ásia

A maioria das bolsas da Ásia fechou em queda nesta manhã, com exceção de Hong Kong, onde o governo anunciou medidas mais direcionadas no combate à pandemia, incluindo a revogação da proibição de reuniões com grupos de mais de 12 pessoas.

Shanghai SE (China), -0,26%;
Nikkei (Japão), -0,41%;
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,56%;
Kospi (Coreia do Sul), -2,24%.

Petróleo

As cotações do petróleo operam em baixa, repercutindo a decisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, que vai barrar petróleo a países que aderirem a teto de preço. Decreto de Putin diz que o fornecimento será interrompido a partir de 1º de fevereiro aos países que aderirem ao preço máximo de 60 dólares por barril.

Petróleo WTI, -0,92%, a US$ 78,86 o barril;
Petróleo Brent, -0,91%, a US$ 83,56 o barril;

Agenda

Agenda internacional de indicadores esvaziada nesta quarta-feira. Nos EUA, os investidores esperam para hoje os dados sobre a manufatura do Federal Reserve de Richmond e das vendas de imóveis pendentes.

Por aqui, no Brasil, no campo político, é aguardada para hoje a divulgação dos últimos nomes do ministério do futuro governo Lula. Ontem (27), a senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou comandar o Ministério do Planejamento, numa tentativa de mostrar que as promessas de um governo mais plural serão mantidas. Na seara econômica, são aguardados para hoje os dados da Confiança da indústria e o Caged de dezembro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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