Mercados mundiais operam mistos nesta manhã; IBGE divulga PIB de 2023 do Brasil

Consenso LSEG projeta alta de 0,1% da economia brasileira no quarto trimestre e de 2,2% na base anual.
1 de março de 2024

Os mercados mundiais operam mistos, nesta manhã de sexta-feira, início do mês de março. Os índices futuros dos EUA encerram fevereiro no positivo, após o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), ter vindo em linha com as expectativas do mercado. Por aqui, hoje é dia de divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) de 2023.

O mercado americano encerrou seu quarto mês de vitórias e o Nasdaq Composite, de alta tecnologia, atingiu seu primeiro recorde de fechamento desde novembro de 2021.

O PCE subiu 2,4% em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2023. No comparativo mensal, o avanço foi de 0,3%.

Como o PCE é o indicador favorito do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos) para balizar a política econômica, cresceram as apostas de que a autoridade monetária pode começar a baixar os juros no meio do ano.

Na Ásia, o Ministério da Habitação da China informou que mais de 200 bilhões de yuans (US$ 28 bilhões) em empréstimos bancários foram aprovados para projetos imobiliários, a mais recente indicação de que os credores estão atendendo ao impulso do governo para apoiar o mercado imobiliário em crise. Até agora, os estímulos já anunciados fizeram pouco para conter a queda no mercado de real estate, com as vendas de imóveis diminuindo ainda mais em fevereiro.

Em relação ao PIB do 4º trimestre de 2023 do Brasil, que será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) às 9h, o consenso LSEG projeta alta de 0,1% na base trimestral e de 2,2% na base anual.

Brasil

Ibovespa fechou a sessão de quinta-feira (29) em baixa de 0,87%, aos 129.020 pontos, impactado pela baixa das ações da Petrobras (PETR4), Ambev (ABEV3) e bloco de bancos.

Apesar disso, o indicador acumula alta de 0,99% em fevereiro. Mas, ainda que tenha subido, é o segundo mês do ano que o Ibovespa não conseguiu acompanhar o movimento do exterior. Nos EUA, os principais índices atingiram marcas históricas neste começo de 2024.

A Petrobras caiu 0,72%, ampliando a forte queda de anteontem, depois da interpretação do mercado financeiro a respeito da fala do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, sobre dividendos.

O dólar, por sua vez, registrou leve alta de 0,05% no mercado à vista, negociado a R$ 4,9725.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta, com atenção voltada para dados de inflação na zona do euro. O dado divulgado mostra alta anual de 2,6%, um pouco acima da previsão de economistas em pesquisa da Reuters, que projetava que o índice de preços ao consumidor teria subido 2,5% na base anual.

O BCE (Banco Central Europeu) traça o rumo para futuros cortes nas taxas de juros, com o crescimento econômico a permanecer estagnado em grande parte do bloco. O mercado espera que o BCE comece a cortar os juros em junho, juntamente com o Fed.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,76%

DAX (Alemanha): +0,63%

CAC 40 (França): +0,18%

FTSE MIB (Itália): +0,98%

STOXX 600: +0,50%

Estados Unidos

Os índices futuros operam majoritariamente no positivo hoje, acompanhando o movimento da véspera depois da divulgação do PCE em linha com as expectativas.

O Nasdaq teve o melhor desempenho em fevereiro, com um ganho de 6,1%. O S&P 500 subiu 5,2%, enquanto o Dow avançou 2,2% em sua primeira seqüência de vitórias consecutivas de quatro meses desde maio de 2021.

Dow Jones Futuro: -0,03%

S&P 500 Futuro: +0,13%

Nasdaq Futuro: +0,32%

Ásia

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta hoje, com recordes em Tóquio e Sydney. As da China avançaram na expectativa de mais medidas de estímulos e após dados de atividade manufatureira.

O índice japonês Nikkei subiu 1,90% em Tóquio, a 39.910,82 pontos, novo pico histórico, com a ajuda de ações dos setores de eletrônicos e financeiro.

Shanghai SE (China), +0,39%

Nikkei (Japão): +1,90%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,47%

Kospi (Coreia do Sul): -0,37%

ASX 200 (Austrália): +0,61%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem na sessão de hoje, com os trades repercutindo a escalada do conflito na Faixa de Gaza, que complicam cada vez mais um cessar-fogo.

Petróleo WTI, +0,93%, a US$ 78,99 o barril

Petróleo Brent, +0,98%, a US$ 82,71 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem hoje o PMI de indústria de fevereiro, gastos com construção de janeiro, ISM de indústria e confiança do consumidor.

Por aqui, no Brasil, no campo político, em entrevista à imprensa na noite de ontem (29) no encerramento da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, em São Paulo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que não houve consenso entre os países do bloco para elaborar um comunicado conjunto sobre o evento. Segundo o ministro, houve entendimento em torno dos temas específicos trabalhados na trilha financeira, mas a falta de consenso recaiu quanto à referência sobre conflitos geopolíticos. Na seara econômica, sai hoje o PIB do 4º trimestre; consenso LSEG projeta alta de 0,1% na base trimestral e de 2,2% na base anual. Também será divulgado o PMI de indústria de fevereiro.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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